26 de março de 2018

“Unicórnio de gênero” quer ensinar crianças que sexo biológico não existe

“Unicórnio de gênero” quer ensinar crianças que sexo biológico não existe

 “A ideologia de gênero é completamente insana", denuncia intelectual conservador.

Unicórnio de Gênero
O Dr. Jordan Peterson é um dos intelectuais conservadores mais influentes do momento. Seu livro “12 Regras Para a Vida: Um antídoto para o caos” ainda não está disponível em português, mas ele já tem público cativo por aqui devido a seus vídeos legendados disponíveis nas redes sociais.
Psicólogo clínico, o canadense Peterson tem influenciado a compreensão moderna sobre a personalidade, sendo considerado um dos maiores defensores da liberdade de expressão, opondo-se continuamente ao discurso da “política da identidade”.
Recentemente ele condenou a doutrinação dos alunos nas escolas, onde são expostos à ideologia de gênero, o que ele classifica de “doutrina completamente insana”.
Em um podcast, publicado recentemente, ele denunciou o uso de personagens como “Unicórnio de Gênero” ou o “ursinho de pelúcia assexuado” ​​para ensinar às crianças que o sexo biológico não existe, sendo prevalente apenas o sentido psicológico do sexo.
O psicólogo disse que na América do Norte o novo experimento social em sala de aula é a ficha de “identidade de gênero”, onde as crianças são convidadas a repensar o que seus pais lhe ensinaram a vida toda. Todos os alunos recebem instruções sobre como podem escolher o “gênero” que quiserem, ou nenhum, se preferirem.
Sendo um animal mítico, o unicórnio pode ser visto como masculino, feminino, ambos ou mesmo sem sexo (neutro). Algumas escolas chegam a fazer “testes” para sabes com quais dessas opções os alunos se identificam.
Unicórnio de Gênero
“Isso é basicamente direcionado para prepará-los antes do ensino médio e superior. Eles estão incutindo cada vez mais cedo essa tal filosofia de identidade”, destacou, deixando claro que vê “sérios problemas com essa doutrinação”.
“O primeiro problema é ignorar que existem diferenças biológicas entre homens e mulheres. A grande maioria das pessoas sabem o seu sexo biológico e agem de acordo com ele. Então, a ideia de que identidade e biologia são independentes é completamente insana”, conclui Peterson.
“Outro problema é tentar reimaginar o sexo biológico, descrevendo-o como “gênero”, e dizer que orientação sexual é “fluída” é algo completamente ilógico”, acredita. O psicólogo apontou que todo esse discurso se contradiz toda vez que se alguém fala sobre deixar de ser gay ou procurar terapia para isso.
“O lobby LGBT está totalmente armado contra qualquer coisa que cheire à terapia de conversão e a ideia que você poderia abandonar uma identidade primariamente homossexual”, lembrou. “Isso é ilegal em muitos Estados [do Canadá e dos EUA]. Mas se há uma completa independência entre a biologia, a identidade, a expressão e a preferência sexual, então não há razão para supor que uma pessoa não possa mudar”.
“Se o gênero é fluido e depende apenas de uma escolha subjetiva, por que criar leis que regulem isso? E por que esse mesmo argumento não pode ser usado pelos conservadores para falar sobre gays que desejam ser hetero?”, questionou.
Para o intelectual, não seria incômodo ver tantas pessoas defendendo um discurso incoerente se elas não tivessem tamanha influência na sociedade contemporânea e apoio midiático.
Parte da fama de Peterson veio em 2016, depois que ele se opôs publicamente ao governo que passou a incluir na Lei dos Direitos e no Código Penal do Canadá a chamada “expressão de gênero” e a “identidade de gênero” (transexualidade). Com informações deLife Site News
Fonte: Gospel Prime

24 de março de 2018

Lição 12 - Exortações Finais na Grande Maratona da Fé


Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 25 de Março
Reverberaçãowww.sub-ebd.blogspot.com
TEXTO ÁUREO
"Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta."(Hb 12.1)
VERDADE PRÁTICA
Assim como um atleta, o cristão corre a grande maratona da fé.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 12.1: O exemplo dos antigos em correr a maratona da fé
Terça - Hb 12.2: O exemplo de Jesus, autor e consumador de nossa fé
Quarta - Hb 12.3,4: O exemplo da igreja em resistir à perseguição
Quinta - Hb 13.17: A necessidade de se valorizar os líderes espirituais
Sexta - Hb 13.9: A necessidade de se valorizar a doutrina bíblica
Sábado - Hb 13.18: A necessidade de se cultivar os valores espirituais
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 12.1-8; 13.15-18
1 PORTANTO nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta,
2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
4 Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
6 Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.
7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
Hebreus 13.15-18
15 Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
16 E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.
17 Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.
18 Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente.

HINOS SUGERIDOS: 25, 320, 539 da harpa cristã

OBJETIVO GERAL
Mostrar que, assim como um atleta, o cristão corre a grande maratona da fé.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Discutir a respeito da corrida que nos foi proposta por Deus; Mostrar que precisamos ser corredores bem treinados;

Saber que estamos na reta final da nossa corrida da fé.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), pela graça do Senhor Jesus Cristo, chegamos ao final de mais um trimestre. Estudamos a Epístola aos Hebreus, uma carta que revela a superioridade de Cristo, do seu ministério e da Nova Aliança. Ela foi escrita em um tempo e em um contexto bem diferente do nosso, mas seu conteúdo é atual e nos ajuda a enfrentarmos os "tempos trabalhosos" pelos quais estamos passando. Nesta última lição estudaremos os dois últimos capítulos, esses nos exortam a correr a maratona da fé sem recuar ou olhar para trás, pois em breve o nosso Salvador virá.

INTRODUÇÃO
Os dois capítulos finais da Carta aos Hebreus constituem-se como um dos mais fortes apelos exortativos de toda a epístola. A exortação, que começa no capítulo 12, é que cada um corra a "maratona da fé" que está proposta. A palavra grega agon traduzida como "carreira" tem o sentido de luta, conflito, esforço e corrida. No capítulo 11 o autor havia falado das promessas de Deus como o alvo a ser alcançado, agora ele coloca o cristão dentro da maratona da fé, correndo rumo a essa meta. Como toda corrida, é preciso fazer os preparativos necessários. E isso tem uma razão de ser — toda corrida, especialmente a maratona, demanda algum tipo de esforço e sofrimento. O sofrimento aparece como algo intrínseco da corrida, já que ela exige uma vida disciplinada. Todavia, nada disso deve servir de desmotivação, já que estamos numa pista onde outros, bem antes de nós, também já trilharam.
PONTO CENTRAL
Precisamos de fé para correr a grande maratona que nos está proposta.
I - A CORRIDA PROPOSTA

1. O exemplo dos antigos.
Muito embora o autor fale sobre o futuro, ele o faz com um olhar no passado. A "grande nuvem de testemunhas" (Hb 12.1) é uma referência aos heróis da fé aos quais ele se referira no capítulo 11. Aqueles homens e mulheres de Deus do mundo antigo também entraram na corrida. Eles correram, e correram tão bem, que por essa razão tinham agora suas vidas como exemplos. Suas vidas e exemplos devem servir de motivação a todo que se propõe a entrar na corrida.

2. O exemplo de Jesus.
O autor faz um apelo para que os crentes olhem "para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus" (Hb 12.2). Essas palavras devem ser lidas a partir do contexto do primeiro século. O judaísmo, como uma religião milenar, possuía um sistema cerimonialista muito rígido. Esse ritualismo quando contrastado com a fé cristã, ainda embrionária, gerou fortes conflitos. Muitos crentes não demonstravam convicção suficiente para suportar essa pressão e, por isso, esses crentes abandonavam a nova fé ou voltavam para o antigo sistema que haviam abandonado. O autor apela então para o exemplo de Jesus, que mesmo suportando a afronta, a vergonha e a ignomínia, não abandonou a carreira que lhe fora proposta.

3. O exemplo da Igreja.
A visão do autor em relação a seus companheiros de caminhada é a mais realista possível. Ele não nega em nenhum momento desconhecer a realidade pela qual eles estão passando. O sofrimento é uma realidade implacável que os cerca. Contudo, o seu apelo é que eles vejam o sofrimento por outro ângulo. Longe de ser um sinal de reprovação divina, o sofrimento é tido pelo autor como um instrumento pedagógico usado por Deus. O escritor volta-se para o Antigo Testamento onde esse ensino é bem claro (Hb 12.5,6). Por isso, ninguém na jornada da fé, quando surpreendido pelo sofrimento, deve esmorecer e abandonara corrida.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Estamos em meio a uma corrida que nos foi proposta por Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O chamado a perseverar como filhos (12.1-13)
O vinculo entre a fé e a perseverança (ou paciência) no capítulo 11 torna-se a plataforma para o chamado à perseverança em 12.1-13, Em 11,40, duas frases sinalizam o retorno à aplicação pessoal para os leitores originais e para nós: Alguma coisa melhor a nosso respeito' e 'para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados'. Tendo descrito a história e os triunfos espirituais dos antigos santos, que se tornaram possíveis causas de sua fé e perseverança, o autor novamente enfoca o desafio que seus leitores têm de serem firmes na fé e perseverantes para suportar as provas (cf. 12,1-3,7 com 10.32,36). Ele desenvolve três incentivos principais que deveriam inspirar seus leitores a perseverarem como crentes no Senhor:
O incentivo do exemplo de seus antepassados (21.1);
O incentivo do exemplo de Cristo (21.2,3);
O incentivo do relacionamento do Pai-Filho que tinha com Deus (12.4-11) (ARRINGTON, Frendi L; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1630).

II - CORREDORES BEM TREINADOS

1. Respeitam limites.
O autor lembra a seus leitores: "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14). Certo autor ressalta que a santificação, como usada na Epístola, é principalmente um termo ritual (Hb 10.14,22). Da mesma forma que, sob a Antiga Aliança, a pessoa impura não poderia entrar num recinto sagrado para adorar, assim também sem santidade a visão final de Deus será impossível (cf. Mt 5.8). O pensamento se volta aqui, porém, para a prática da santidade e da moral. "Corredores" bem treinados respeitam limites.

2. Mantêm a mente limpa.
Com o texto de Deuteronômio 29.18 em mente, o autor fala em tom exortativo do "cuidado" que deveriam ter a fim "de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem" (Hb 12.15). Moisés havia advertido o antigo Israel sobre os males da idolatria e seu fruto amargo, a apostasia. Alguém contaminado com a erva daninha da apostasia sem dúvida contaminaria toda a comunidade. A única forma de se manter livre desse mal era manter uma mente sóbria, limpa pela Palavra de Deus. Dessa forma era possível não permitir que o grupo fosse contaminado. Ninguém com raiz de amargura no coração consegue fazer com êxito a caminhada da fé. "Corredores" bem treinados mantêm a mente limpa.

3. Valorizam as coisas espirituais.
O autor exorta seus irmãos de fé a valorizarem as coisas espirituais. Se alguém está regredindo e voltando atrás é porque não está dando o real valor a salvação recebida. O exemplo vem de Esaú, filho de Isaque e irmão de Jacó: "E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura" (Hb 12.16). De acordo com o livro de Gênesis, Esaú era um indivíduo mais preocupado com as coisas terrenas do <|iie com as celestiais (Gn 25.29-34; 27.33,38). Não hesitou em trocar o seu preito de primogenitura por uma simples refeição. Esse fato revela a mente mundana que ele possuía. A indiferença religiosa conduz à apostasia espiritual e, muitas vezes, fica tarde para se arrepender! "Corredores" bem treinados valorizam as coisas espirituais.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Para vencermos a corrida que nos foi proposta pelo Senhor precisamos, de treino.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
A santidade na vida prática (12.14)
A santidade não é algo opcional ou extra na vida cristã, mas algo que pertence à sua essência. Somente aqueles que têm o coração puro verão a Deus; ninguém mais (Mt 5.8), Aqui (Hb 12.14), como no verso 10, trata-se da santidade na vida prática. Deste modo, 12.14 começa exortando os crentes a procurarem verdadeiramente a paz e a santidade como estilo de vida. Fazer todo o esforço possível (dioko) transmite a ideia da diligência na busca da paz e da santificação, e não um esforço que produz obras mortas e justiça própria.
Muitos intérpretes entendem a busca da 'paz' em 12,14 como se referindo à paz com todos (como na NVI), A preposição grega neste verso, é meta com o genitivo, que traz um sentido de 'junto com' (cf. 11.9; 13.23). Deste modo, o termo 'todos' significa especialmente junto com 'todos os outros crentes' (cf, 13.24), que também estão sendo exortadas a procurar a paz de Cristo na comunidade. Corno um objeto direto do verbo dioko, a paz é vista como uma realidade objetiva ligada a Cristo e à sua morte redentora na cruz, que torna possível a harmonia e a solidariedade na comunidade cristã (cf. Cl 1.20).

Semelhantemente, a 'santidade' é essencial para a comunidade cristã (cf, 12.15), O pecado divide e contamina o Corpo de Cristo (a Igreja), da mesma maneira que o câncer faz com o corpo humano. Procurar a santidade sugere um processo de santificação no qual a nossa vida e nossa maneira de viver são separadas para Deus como santas e como instrumentos de honra a Ele, Somos transformados conforme a semelhança de Deus quando nos aproximamos e nos mantemos no Lugar Santíssimo de sua presença. Na união e na comunhão com Deus no Lugar Santíssimo, reside o poder da 'paz' e da 'santidade' (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004  P-1634).

CONHEÇA MAIS
Correr
1. Trecho, correr, usado:
(a) Literalmente (por exemplo, Mt 27.48); dramõn, particípio aoristo, proveniente de um verbo obsoleto drama, mas suprindo certas formas ausentes do verbo trecho, literalmente, 'tendo corrido, correndo', expressivo da determinação do ato; a mesma forma no indicativo é usada, por exemplo, em Mt 28.8; nos Evangelhos, só é usado o significado literal; em outros lugares, ocorre em 1 Co 9.24 (duas vezes na primeira parte); Ap 9.9;
(b) metaforicamente, para ilustrar corredores  numa corrida, acerca da rapidez ou esforço em atingir um fim (Rm 9.16) [...]; 1Co 9.26; Hb 12.1, alude à atividade perseverante no trajeto cristão com vistas a obter recompensa".
Para conhecer mais leia "Dicionário Vine", CPAD, p.512.

III - A CORRIDA FINAL EXORTAÇÕES FINAIS

1. Valorizar a liderança.
Uma das exortações e advertências que mais se repete nesse capítulo é feita em relação ao respeito devido aos líderes da comunidade cristã. A expressão grega no texto de Hebreus para o exercício  da liderança é traduzida como pastor, chefe ou líder e ocorre seis vezes nessa carta, sendo três delas neste capítulo (Hb 13.7,17,24). Essa palavra é igualmente usada em Atos 7.10 para falar sobre José como governador do Egito. O autor pede que os cristãos não se esqueçam do trabalho que os líderes espirituais realizaram em prol deles (Hb 13.7). A natureza da missão a eles confiada pertence a outra dimensão, isto é, a espiritual (Hb 13.17). Onde não há respeito pela liderança, prevalece a anarquia. Os líderes não são intocáveis nem tampouco perfeitos, mas devem ser honrados pelo trabalho que realizam (1Ts 5.12,13), bem como devem ser lembrados por isso (Hb 13.24).

2. Valorizar a doutrina.
Desde os primórdios a Igreja foi tentada a se desviar da verdade. Doutrinas falsas sempre estiveram à espreita. Aqui não foi diferente (Hb 13.9). É impossível precisarmos que tipo de doutrina associada ao uso de alimentos o autor estivesse falando, mas o contexto do Novo Testamento revela que esse fato não era estranho para os cristãos (Rm 14.1-4; 1 Co 8.1; Cl 2.21). O certo é que o autor exorta os crentes a firmarem-se na Palavra de Deus para se manterem e não se enredarem para aquilo que era de natureza meramente material, ritual e externa.

3. Valorizar a adoração.
O autor havia falado à exaustão nos capítulos anteriores sobre o sistema de sacrifício levítico. A Nova Aliança tornara totalmente dispensável tal sistema. Em Cristo, sob a Nova Aliança, os sacrifícios são de outra natureza e acontecem em outra dimensão (Hb 13.15). Louvor, adoração e ação de graça são formas legítimas de sacrifícios na Nova Aliança. O serviço a favor dos santos e a comunhão são também lembrados como uma poderosa forma de adorar a Deus (Hb 13.16). Adorar não é apenas "cantar", mas "sacrificar". Infelizmente, possível termos muita música e não lermos nenhuma adoração.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Estamos na corrida final, por isso, precisamos estar atentos as exortações do Senhor.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Apegar-se ao ensino sadio do evangelho (13.7-12)
Os próximos três versos devem ser vistos como uma unidade de pensamento, sendo 13.8 a ponte entre 3.7 e 13.9. Jesus Cristo é o enfoque invariável da mensagem do evangelho (13.8), que foi fielmente pregado por seus líderes originais (13.7) e que deve permanecer de acordo com o padrão a verdade, pelo qual todos os ensinos serão julgados (13.9).

Lembrai-vos (uma ênfase na continuidade no tempo presente, isto é, continue lembrando) dos vossos pastores, que vos falaram (no passado, isto, antigos líderes) a Palavra de Deus' (13.7). Por três vezes neste capítulo o escritor menciona os líderes espirituais dos leitores (13.7, 17,24). Em todas, é utilizado o termo begoumenoi, que se refere a homens de autoridade em uma posição de liderança. Em 13.7, os leitores devem obedecer aos seus líderes, e em 13.24, o autor envia suas saudações a todos os líderes; em ambos os versos o autor se refere aos líderes atuais. Em 13.7, porém, são seus antigos líderes que devem ser lembrados. São recordados dois fatos importantes a respeito destes antigos líderes.

1) Proclamaram 'a palavra de Deus' (13.7); isto é, eram homens de autoridade espiritual em virtude de se manterem enfocados na Palavra de Deus. É mais provável que a igreja, que reunia em uma casa, à qual a carta aos Hebreus foi enviada tenha sido fundada como resultado da pregação e do ministério de ensino destes líderes.
2) Eram homens de 'fé' (13.7), cuja qualidade de fé e modo de vida exemplar os colocaram ao lado dos heróis da fé, sob a antiga aliança (veja 11.4-38). Sua vida e fidelidade a Cristo eram tão exemplares que o autor agora exorta os leitores a 'imitarem' sua fé. Existe mais poder no testemunho de uma pessoa que conhecemos ou vimos do que quando apenas lemos ou ouvimos a seu respeito. A advertência a considerar o resultado de suas vidas também aponta para o seu falecimento; agora a totalidade de sua vida pode ser vista juntamente com seu triunfo final de fé, na partida para estar com o Senhor (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1645).

CONCLUSÃO
Nesta lição vimos que o autor se vale de uma metáfora — a maratona praticada no mundo antigo, para através dela contrastar a grande corrida da fé. Quando alguns crentes davam sinais de cansaço e fadiga espiritual, o autor de Hebreus exortava-os a imitar os grandes campeões da fé. Ninguém vence uma corrida sem que para isso não tenha de se sacrificar. O sofrimento é inevitável, mas o resultado alcançado por aqueles que ousam perseverar é infinitamente recompensador.

PARA REFLETIR
A respeito de Exortações Finais na Grande Maratona da Fé, responda:
• A quem o autor se refere ao falar da "grande nuvem de testemunhas"?
A "grande nuvem de testemunhas"(Hb 12.1) é uma referência aos heróis da fé aos quais ele se referia no capítulo 11.
• Como o autor de Hebreus vê o sofrimento?
Ele vê o sofrimento como um instrumento pedagógico usado por Deus.   
• Qual texto o autor tinha em mente ao falar de "raiz de amargura".
Ele tinha em mente o texto de Deuteronômio 29.18.     
• De acordo com o livro de Génesis, como era Esaú?
De acordo com o livro de Génesis, Esaú era um indivíduo mais preocupado, com as coisas terrenas do que com as celestiais.
• Quais são as formas de adoração apresentadas pelo escritor aos Hebreus?
Louvor, adoração e ação de graça são formas legítimas de sacrifícios na Nova Aliança.

SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
• Texto Bíblico: Hebreus 12.1-8; 13.15-18
2. l. A Corrida Proposta
• 1. O exemplo dos antigos.
• 2. O exemplo de Jesus.
• 3. O exemplo da Igreja.
3. II. Corredores Bem Treinados
• 1. Respeitam limites.
• 2. Mantêm a mente limpa.
• 3. Valorizem as coisas espirituais.
4. III. As Responsabilidades da Nova Aliança
• 1. Valorizar a liderança.
• 2. Valorizar a doutrina.
• 3. Valorizar a adoração.
5. Conclusão
Prezado professor, prezada professora, chegamos ao final de mais um trimestre. Eis uma excelente oportunidade para uma avaliação das ações pedagógicas, didáticas na classe em que atuamos. Algumas perguntas abaixo podem servir de norte para essa autoavaliação:
1. Os instrumentos pedagógicos usados pelo professor são satisfatórios ao processo ensino-aprendizagem?
2. O professor conseguiu mostrar clareza e eficácia ao expor o conteúdo?
3. O aproveitamento das aulas pelos alunos tem sido satisfatório?
4. Qual nota o professor dá ao próprio desempenho?
5. Qual nota o professor dá ao desempenho da classe?
Sugestão Pedagógica
Para a aula final deste trimestre, recomendamos que você faça uma revisão geral do tema abordado ao longo do trimestre. Como a carta de Hebreus é altamente teológica, a revisão de conteúdo é importante para o aluno não perder de vista o assunto da epístola. Assim, siga adiante o conteúdo da última lição trimestral.
Para a última lição do trimestre, sugerimos que você deixe a classe bem ciente sobre a estrutura da presente lição:
(1) A lição aponta a corrida proposta na carta;
(2) A lição propõe que os corredores estejam bem treinados para essa corrida;
(3) A lição versa sobre a corrida final e nos propõe últimas exortações. Boa aula!
Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br

16 de março de 2018

A maçonaria nunca deixará CCB-BRAS SP FAZER UMA REFORMA ECLESIÁSTICA

Lição 11 - Os Gigantes da Fé e o seu Legado para a Igreja


Classe: Adultos
Lições Bíblicas: CPAD
Trimestre: 1° de 2018 – 18 de Março
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TEXTO ÁUREO
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem." (Hb 11.1)
VERDADE PRÁTICA
A fé é a confiança irrestrita nas promessas de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 11.4: O sacrifício de Abel e a fé que ainda fala
Terça - Hb 11.5: O testemunho de Enoque e sua trasladação
Quarta - Hb 11.7: A confiança de Noé que o fez herdeiro da justiça
Quinta - Hb 11.8: A obediência de Abraão em sair para um lugar desconhecido
Sexta - Hb 11.22: A fidelidade de José e a ordem acerca de seus ossos
Sábado - Hb 11.24,25: A determinação de Moisés em se recusar a ter o gozo do pecado
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 11.1-8, 22- 26,30 - 34
1 ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.
2 Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
3 Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4 Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.
7 Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
8 Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
22 Pela fé José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos.
23 Pela fé Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24 Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado;
26 Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
30 Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
31 Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.
32 E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
33 Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões,
34 Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.

HINOS SUGERIDOS: 107,126, 459 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Apresentar os gigantes da fé segundo Hebreus 11 e o seu legado para a Igreja.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Discutir a respeito da fé que gera confiança em Deus;
Mostrar que a fé nos faz ver o impossível;

Compreender que a fé dá poder para avançar.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professaria (a), estudaremos um dos capítulos mais conhecidos da Epístola aos Hebreus, a galeria dos heróis da fé que se encontra no capítulo 11. Esses heróis e heroínas eram pessoas comuns, sujeitos as intempéries da vida, mas a fé deles em Deus fez com que superassem grandes obstáculos, fazendo com que o nome do Senhor fosse exaltado. O estudo dessa galeria nos mostra que a fé, embora sendo algo subjetivo, traz sempre resultados práticos.

É importante que você ressalte, no decorrer da lição, que estes heróis da fé, não tinham as Escrituras Sagradas como temos hoje, o que tomava o conhecimento deles a respeito de Deus, se comparado a nós, limitado.

INTRODUÇÃO
O autor acabara de fazer sua longa exposição sobre a supremacia de Cristo, seu sacerdócio e a superioridade da Nova Aliança em relação à Antiga. Essa exposição começou no capítulo primeiro e se estendeu por quase todo o capítulo dez. Aqui, ele faz um apanhado histórico sobre a jornada de fé dos homens e das mulheres de Deus no Antigo Pacto e como isso deveria ser tomado como exemplo para os cristãos do Novo Concerto. Essa fé, diferentemente do conceito de justificação dado por Paulo, aparece aqui com o sentido de ousadia, perseverança e confiança nas promessas de Deus. A fé demonstrada por eles em diferentes momentos da história, e em diferentes situações, foi o que garantiu as suas inserções na galeria dos heróis bíblicos. Essa mesma fé, que garantiu que eles sempre avançassem e nunca recuassem, devemos imitar.
Ponto central
A confiança em Deus fez com que pessoas comuns se tornassem gigantes da fé.

I- A FÉ QUE GERA CONFIANÇA EM DEUS

1. O sacrifício de Abel.
O autor dá início a sua galeria dos heróis da fé com Abel, o primeiro exemplo de homem de fé (Hb 11.4). Abel foi um homem, que nos primórdios da humanidade,          ousou confiar em Deus. A Bíblia mostra que seu sacrifício, feito com fé, agradou a Deus. O culto prestado por ele foi verdadeiro! Há muitas especulações sobre a natureza do sacrifício oferecido por Abel, mas o texto sagrado nada diz sobre o assunto. O fato é que a fé de Abel foi uma fé operante, diferentemente da fé de Caim, seu irmão. Para o autor de Hebreus, os cristãos, assim como fora Abel, deveriam ser em tudo confiantes porque o Cristo a quem seguem é, em tudo, superior a Abel (Hb 12.24).

2. O testemunho de Enoque.
Há pouquíssimas referências à pessoa de Enoque no registro bíblico. Mas o pouco que há é suficiente para inspirar fé e confiança (Hb 11.5). Somente duas pessoas são citadas na Bíblia que não experimentaram a morte, um é Elias, o profeta de Tisbe, o outro é Enoque. A Bíblia diz que esse traslado de Enoque se deu por causa deste "andar" com Deus. Ninguém se aproxima do Pai, nem muito menos anda com Ele, se não demonstrar fé. Deus é soberano age como quer, mas o fato é que Deus chamou Enoque para perto de si
Por causa do seu andar na fé. Sem fé ninguém agrada a Deus.
3. A confiança de Noé.
No seu sermão escatológico, Jesus se referiu aos dias de Noé como uma época de insensibilidade espiritual. Foi uma geração, á semelhança da nossa, imediatista! FoI aqui e agora. Nos dias de Noé já se vivia uma espécie de hedonismo, porque todos se preocupavam apenas com aquilo que dava prazer imediato (Mt 24.37-39). Eles não "perceberam", mas Noé, sim. Quando ninguém conseguia ouvir Deus, Noé o ouviu: "Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas ainda não se viam, temeu, e, para alvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo  fé" (Hb 11.7).
SÍNTESE DO TÓPICO l
A fé produz confiança irrestrita em Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Três coisas são mencionadas a respeito da fé de Abel:

(1) Ele é elogiado por ser um adorador de Deus. A Escritura somente diz que pela fé, Abel ofereceu a Deus maior [melhor] sacrifício do que Caim, porque o sacrifício de Abel era uma expressão de adoração que envolvia toda a sua vida e fé. Apresentou toda a sua fé a Deus, não manteve qualquer reserva. Isto representou total devoção ao Senhor, não simplesmente uma cerimônia religiosa. Pela fé adentrou a mais profunda realidade espiritual e interior do sacrifício ao Deus invisível.
(2) Alcançou testemunho de que era justo', Caim não era justo; Deus lhe disse que sua oferta somente seria aceitável se fizesse o que era certo (Gn 4.3-7). Deus rejeito a adoração de Caim porque seu coração não era justo, Abel, por outro lado, demonstra a íntima relação entre a retidão e a fé em 10.38, Sua adoração agradou a Deus porque vivia e agia fé como um homem justo.

(3) Foi mencionado por seu testemunho. Abel morreu como o primeiro mártir profético da história (Lc 11.50,51); seu testemunho duradouro passou por sucessivas gerações e continua a falar da vida de fé que agrada a Deus, como homem fiel que adora a Deus de todo o seu coração (ARRINCTON, Frenth L; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, 2.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2004, p. 1012).

II - A FÉ QUE FAZ VER O INVISÍVEL

1. A obediência de Abraão.
Após ter falado sobre Abel, Enoque e Noé, o autor agora foca o seu argumento sobre a fé da pessoa de Abraão, o patriarca da nação hebreia. Todos os nomes citados anteriormente são tidos como exemplos de fé, mas nenhum deles havia se tornado um modelo para os judeus, como fora Abraão. Quando chamado por Deus, Abraão obedeceu e sua fé o guiou mesmo quando não sabia para onde ia (Hb 11.8). Mas Abraão não era apenas pai dos judeus, ele era pai de "todos os que creem" (Gl 3-7). Os cristãos deveriam seguir suas pegadas com a mesma obediência e a mesma fé do amigo de Deus.

2. A fidelidade de José.
A Escritura testemunha sobre a fidelidade de José. Embora tenha sido vendido, ele mesmo nunca se vendeu (At 7.9,10). A fé o manteve vivo no Egito. Se a fé de Abraão fez com que conhecesse o desconhecido, por outro lado, a fé de José fez ele enxergar o invisível (Hb 11.22). José, pela fé, "viu" o Êxodo do povo judeu. De fato, a palavra grega "saída" (v.22) é a mesma usada para se referir ao Êxodo. É essa fé, que nos faz enxergar o desconhecido e acreditar no futuro, que o autor exorta os crentes a demonstrarem.

3. A determinação de Moisés.
A jornada do Êxodo, sob a liderança de Moisés, durou quarenta anos. Todavia, a jornada da fé de Moisés começou bem antes (Hb 11.24,25). Moisés foi um homem determinado, ousado, confiante e cheio de fé. A sua fé também permitiu que ele enxergasse o invisível, pois teve "por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito" (Hb 11.26). Ele "viu" Cristo, mesmo tendo vivido centenas de anos antes. Por que não seguir seu exemplo de fé na jornada espiritual?
SÍNTESE DO TÓPICO II
A fé nos f az ver o invisível e alcançar o impossível.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Fé no período patriarcal (11. 8-22)
O período patriarcal do Antigo Testamento se estende de Abraão a José. Abraão é como o centro das atenções; somente um verso é dedicado a Isaque (v. 20), Jacó (v. 21) e José (v, 22). Isto é compreensível Já que Abraão, o homem de fé por excelência no Antigo Testamento, desempenha um papel central no princípio da história hebraica e na obra do plano de salvação de Deus, No Novo Testamento, Abraão é mencionado mais extensivamente do que qualquer outra figura do Antigo Testamento. Aqui em Hebreus 11, três principais episódios da vida de Abraão são mencionados para ilustrar três importantes faces de sua jornada de fé.
1) Ao obedecer ao chamado de Deus para partir de Ur dos Caldeus para uma terra prometida desconhecida, Abraão demonstrou fé no futuro não visto (11.8-10).

2) Durante longos anos de espera pelo filho e descendentes prometidos em circunstâncias humanamente impossíveis, Abraão demonstrou fé na promessa impossível (11.11,12).

3) Quando Deus pediu que sacrificasse Isaque (seu único filho da promessa). Abraão demonstrou fé em meio à prova ou ao teste severo (11.17-19). Atém destes modos em que a fé está poderosamente ilustrada, um parêntese em 11.13-16 chama a atenção para uma linha comum de fé que percorre a vida de Abraão e dos outros patriarcas (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 1614).

Ill - A FÉ QUE DÁ PODER PARA AVANÇAR

1. A ousadia de Josué.
Moisés havia morrido e a Josué coube a missão de introduzir o povo na Terra Prometida. Contudo, o ingresso na terra não poderia ser feito enquanto Jericó permanecesse de pé. De nada adiantava ter saído do Egito para ficar fora de Canaã. O povo só ficaria de pé se Jericó caísse. Numa guerra a vitória pertence a quem for mais numeroso, bem armado e melhor treinado. Israel não possuía tais capacidades. O autor então mostra como eles venceram — pela fé (Hb 11.30). Sim, a fé foi a arma infalível nessa guerra! Se a fé os fez avançar na conquista da Canaã terrena, muito mais essa mesma fé pode fazer na jornada celestial.

2. A coragem de Raabe.
Na queda de Jericó, Raabe escapou com vida. Escapou, como afirma o texto bíblico, pela fé (Hb 11.31). Mas a sua fé fez mais — pela fé, Raabe, mesmo sendo gentia, entrou na linhagem do povo de Deus (Mt 1.5). A fé de Raabe deve servir de inspiração e motivação para quem está na jornada rumo à Canaã celestial.

3. O heroísmo de Gideão.
O autor fecha a sua lista dos heróis da fé citando vários personagens bíblicos. A lista é encabeçada por Gideão, um dos juízes durante o regime tribal israelita (Hb 11.32). Gideão foi desafiado por Deus buscar o livramento do seu povo por meio da fé. Em desvantagem numérica bélica, ele contava apenas com a fé na grandeza de Deus. Com apenas 300 homens, mas com a promessa divina recebida pela fé, ele deu grande livramento a seu povo. Deus não conta com númro, Ele conta com quem tem fé!

SÍNTESE DO TÓPICO III
A confiança em Deus nos dá poder para avançar e vencer os obstáculos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Pela fé, Raabe, a meretriz, e sua família foram poupadas durante a destruição de Jericó (11.31: Js 6.23). Com exerção de Sara (Hb 11.11), Raabe é a única mulher mencionada pelo nome, na lista dos heróis da fé em Hebreus 11. Sua fé é revelada por ter acolhido e ocultado dois espiais enviados por Josué a Jericó antes da conquista. É também evidente em sua confissão — 'Bern sei que o Senhor vos deu esta terra' (Js 2.9) — uma fé baseada naquilo que ouviu e creu sobre o relatório do milagroso Êxodo de Israel do Egito, e das vitórias de Israel a leste do Jordão, antes de rodearem Jericó (Js 2.10-13). 'Pela fé' ela creu que o Deus de Israel era o Deus do céu e da terra. Além disso, Raabe demonstrou sua fé arriscando o 'presente por causa da perseverança futura. Deste modo, quando Jericó foi conquistada e seus habitantes destruídos, Raabe não pereceu com os incrédulos' (isto é, os desobedientes da cidade). Raabe foi poupada — uma mulher gentílica, prostituta secular, pecadora contumaz — este é um clássico exemplo, no Antigo Testamento pelo fato de Deus ser rico em misericórdia e abundante em graça, é salva pela graça através da fé (cf, Ef 2.3-9) (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Ed.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp. 1624,25).
CONHEÇA MAIS
No Novo Testamento o verbo pisteuõ (creio, confio) e o substantivo pistis (fé) ocorrem 480 vezes. Poucas vezes o substantivo reflete a ideia da fidelidade como no Antigo Testamento (por exemplo, Mt 23.23; Rm 3.3; Gl 5.22; Tt 2.10; Ap 13.10). Pelo contrário, normalmente funciona como um termo técnico, usado quase exclusivamente para se referir à confiança ilimitada (com obediência e total dependência) em Deus (Rm 4.24), em Cristo (At 16.31), no Evangelho (Mc 1.15) ou no nome de Cristo (Jo 1.12)". Para conhecer mais leia "Teologia Sistemática. Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, pp.369-70.

CONCLUSÃO
O autor de Hebreus contrasta o caminhar de várias personagens da história bíblica com a carreira proposta aos cristãos. Essas personagens tinham em comum um longo e desafiador percurso para fazer. Sem perseverança, ousadia e fé nenhum deles teria conseguido chegar ao seu destino final. A única forma de não retroceder é caminhar com fé. A fé derruba o obstáculo, abate o Inimigo e levanta o abatido.

PARA REFLETIR
A respeito de os Gigantes da Fé e seu Legado para a igreja, responda:
• Qual elemento o autor aos Hebreus cita para falar que Jesus é superior a Abel?
O sangue da aspersão (Hb 12.24).
• Noé foi lembrado em qual Sermão do Senhor Jesus?
No seu Sermão Escatológico de Mateus 24.
• Abraão não é pai unicamente dos judeus. Explique.
Segundo Gaiatas 3.7, pela fé ele era pai de "todos os que creem".
• Qual foi o pedido de José?
Que na saída dos filhos de Israel do Egito levassem seus ossos (Hb 11.22).
• Por que Jericó precisava ser destruída?
Porque o ingresso na terra não poderia ser feito enquanto Jericó permanecesse de pé.

SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
• Texto Bíblico: Hebreus 11.1-8,22-26,30-34
2. l. A Fé que gera confiança em Deus
• 1. O sacrifício de Abel.
• 2. O testemunho de Enoque.
• 3. A confiança de Noé.
3. II. A Fé que faz ver o invisível
• 1. A obediência de Abraão.
• 2. A fidelidade de José.
• 3. A determinação de Moisés.
4. III. A Fé que dá poder para avançar
• 1. A ousadia de Josué.
• 2. A coragem de Raabe.
• 3. O heroísmo de Gideão.
5. Conclusão
O capítulo 11 de hebreus é um dos mais conhecidos e mais ricos sobre o tema da fé. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, "o capítulo 11 demonstra a natureza do único tipo de fé aceita por Deus e que triunfará na pior das situações. É uma fé que crê nas realidades espirituais (v.1), que leva à justiça (v.4), que busca a Deus (v.6), que crê na sua bondade (v.6), que tem confiança na sua palavra (vv.7,11), que obedece aos seus mandamentos (v.8), que vive segundo as promessas de Deus (w. 13,29), que rejeita o espírito deste presente mundo mau (v.13), que busca um lar celestial (vv.14-16; cf.13.13,14), que abençoa a geração seguinte (v.21), que recusa os prazeres do pecado (v.25), que suporta a perseguição (v.27), que pratica poderosos atos de justiça (vv.33-35), que sofre por amor a Deus (vv. 25,35-38) e que não volta àquela pátria donde haviam saído, i.e., o mundo" (p.1916).

Com base nesse comentário, podemos destacar algumas características da fé que o autor aos Hebreus se refere no capítulo 11: a fé nos faz crê nas realidades espirituais (v.1); A fé nos leva à justiça (v.4); a fé nos leva crê na bondade de Deus (v.6); a fé nos leva a ter confiança na Palavra de Deus (vv.7,11); a fé nos leva a obedecer os mandamentos divinos (v.8); a fé nos leva viver segundo as promessas divinas (w.13,29); a fé nos leva a rejeitar o espírito do mundo (v.13); a fé nos levar a buscar um lar celestial (v. vv.14-16; cf.13.13,14); a f é nos leva a abençoar a nossa geração seguinte (v.21); a fé nos leva a recusar os prazeres do pecado (v.25); a fé nos leva a suportar a perseguição (v.27); a fé nos leva a sofrer por amor a Deus (v.25,35-38). Boa aula!