29 de junho de 2017

A Noite de São Bartolomeu

A Noite de São Bartolomeu

70.000 crentes foram massacrados

Catarina de Médici mãe do rei francês Carlos IX ficou conhecida por ter influenciado o filho a perseguir e matar milhares de protestantes. Essa perseguição religiosa ganharia destaque no dia 24 de agosto de 1572 quando por intermédio da rainha mãe o rei mandou massacrar todos os seguidores do protestantismo no território francês.


A Noite de São Bartolomeu
A queda do Império Romano em 476 após a invasão dos povos bárbaros colocou um ponto final na Idade Antiga e deu início a uma nova era: a Idade Média. Se antes a Europa se curvava diante o poder do imperador romano, agora ela passaria a se curvar para a poderosa Igreja Católica. Quando os povos bárbaros invadiram, a população fugiu rumo aos campos, essa ruralização fragmentou não só a sociedade europeia como também o poder. A autoridade dos nobres ficou restrita aos feudos (direito que alguém adquire sobre um bem, geralmente a terra), a terra passa a ser o centro de todas as relações sociais e econômicas. Como a Europa não possui mais um indivíduo com o poder centralizado em suas mãos, a Igreja ganha papel de destaque nessa função. As demais instituições ficam enfraquecidas ou simplesmente desaparecem com a queda do Império Romano do Ocidente e nesse contexto o clero passa a dominar, pois a única instituição que se manteve organizada foi a Igreja Católica Apostólica Romana.
O Papa por sua vez, acumula poderes econômicos e religiosos, a sociedade doutrinada pelos católicos incorpora aos seus costumes a preocupação com a salvação, os novos fieis obedecem rigorosamente as leis impostas pelos clérigos. Essa submissão aos clérigos expande cada vez mais o seu poder e as suas posses, se a terra era a maior riqueza desse período era com ela que os cristãos compravam o perdão e a salvação, dessa forma a Igreja se tornou a instituição que mais detinha terras na Idade Média.
O clero monopoliza a religião, a política, a cultura e o saber, como era o único grupo social que tinha o conhecimento suficiente e permissão para decifrar as sagradas escrituras, os demais católicos se tornaram reféns ideológicos, nem sempre aquilo pregado nos sermões pelo Papa e os padres estava realmente escrito na Bíblia, a Igreja usava as páginas do livro sagrado para manipular a sociedade e não media esforços para alcançar os seus objetivos. Aqueles que iam contra essa doutrinação era considerados hereges e sofriam os mais terríveis castigos, através do Tribunal do Santo Ofício os crimes de heresias eram julgados. Castigos, torturas, prisões e até mesmo assassinatos fizeram parte das penas aplicadas a aqueles que discordavam da Igreja.
A partir do século XVI os abusos cometidos pelo clero passaram a ser condenado por alguns grupos pertencentes à Igreja. O estopim para esse descontentamento foi o aumento da venda de indulgências. O poder papal começa a ser contestado, era o início do episódio conhecido como Reforma Protestante, os reformadores cristãos liderados principalmente por Martinho Lutero buscam denunciar as práticas erradas cometidas pela Igreja e popularizar os conhecimentos bíblicos. Os líderes da Reforma pregam que a salvação só é obtida a partir da fé, diferentemente daquilo que era pregado pelo alto clero, estes diziam que a salvação era garantida através das boas obras e principalmente das doações que eram feitas a Igreja. Muitos cristãos desiludidos com os crimes cometidos pelo Papa passam a migrar para as novas Igrejas criadas pelos protestantes, como: a Igreja Luterana, a Igreja Anglicana e a Igreja Calvinista. Os reformadores contariam também com o apoio da burguesia e da nobreza, os grupos sociais mais descontentes com o poder do clero.
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A Reforma Protestante foi responsável pela diminuição do poder do Papa e da Igreja, à medida que o número de católicos diminuía o de protestantes aumentava. Esses novos cristãos foram vistos como uma ameaça para a monarquia dos reinos europeus, a grande maioria dos reis da Europa eram católicos, seu poder era legitimado e apoiado pelo clero e o crescente aumento da influência política dos protestantes preocupava a nobreza. Instaurou-se na sociedade uma verdadeira disputa entre católicos e protestantes, esse eram também conhecidos como huguenotes. O auge dessa disputa ocorreu na França no ano de 1562, tudo começou com um casamento arranjado pela rainha Catarina de Médici. Naquela época os casamentos representavam mais uma aliança política e econômica do que um enlace matrimonial, quando um casal se unia era a representação da união do poder entre duas famílias.
Quem governava a França nesse período era o rei Carlos IX, mas como era uma pessoa de pulso fraco quem realmente exercia o poder era sua mãe Catarina de Médici. A rainha via com preocupação o crescimento do número de huguenotes na França e para neutralizar a influência política desse grupo ela arquiteta um plano que consistia no casamento de sua filha Margarida Valois, princesa da França e Henrique, rei de Navarra e chefe da dinastia dos huguenotes. Milhares de protestantes foram convidados para o casamento que aconteceria às margens do rio Sena, esse convite nada mais era do que uma tentativa de mostrar a sociedade o falso desejo da rainha em pacificar as relações entre huguenotes e católicos através da permissão do casamento de sua filha católica com um protestante.

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O casamento entre Margarida Valois e Henrique de Navarra não poderia ser celebrado no interior da Catedral de Notre Dame, visto que o noivo não era católico. Assim foi construído um altar sobre o rio Sena onde o casamento foi realizado. O rei Carlos IX tinha como um dos seus conselheiros o líder dos huguenotes o almirante Coligny, essa proximidade gerava preocupação em Catarina de Médici, ela temia que o chefe dos protestantes franceses influenciasse o seu filho. A partir dai a rainha começa a colocar em prática o seu plano de eliminar os huguenotes, Coligny sofre um atentado planejado por Catarina, no entanto ela diz ao rei que o incidente foi liderado por católicos e que a vítima apesar de ter sofrido apenas ferimentos leves estaria esperando o momento certo para se vingar da população católica. Carlos IX manipulado pela mãe autorizou no dia 24 de agosto de 1562 a perseguição e morte a todos os huguenotes do território francês, inclusive ordenou a morte de Coligny que foi torturado e morto com requintes de crueldade.

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O episódio de perseguição e morte aos huguenotes se prolongaria por vários meses, a matança ficaria conhecida na história como O Massacre de São Bartolomeu ou A Noite de São Bartolomeu. Os historiadores não conseguem chegar a um acordo sobre o verdadeiro número de mortos. A contagem varia entre dois mil huguenotes assassinados e setenta mil, o lançamento de corpos no rio Sena dificultaria a chegada em um resultado mais preciso. O rei Henrique de Navarra conseguiu sobreviver ao massacre, pois aceitou abandonar os princípios protestantes e aderir ao catolicismo. Quando subiu ao poder na França assinou um documento que concedia aos huguenotes os mesmos direitos políticos e a liberdade de culto, o Édito da Tolerância de Nantes. Com essa atitude o rei impediu que a França fosse dividida em dois reinos, um comando pelos protestantes e outro pelos católicos.
Lorena Castro Alves
Graduada em História e Pedagogia

Os 20 mandamentos mortais do “diabólico” Maomé, o fundador do Islã

Os 20 mandamentos mortais do “diabólico” Maomé, o fundador do Islã

No Brasil, os dados do IBGE mostram que há atualmente cerca de 1,5 milhões de muçulmanos, número que cresceu muito desde o ano 2000, quando existiam por aqui cerca de 27 mil muçulmanos. 
Veja abaixo, que os grupos radicais muçulmanos, dentre eles o “Estado Islâmico”, seguem ao pé da letra todos os mandamentos do Islamismo, ou seja, o que grupos terroristas como esses fazem é colocar em prática a Sharia (Lei Islâmica) como ela é realmente, sem inventar nada, ou seja, Lei Islâmica, guerra e morte aos não muçulmanos da terra:

  1. Tu deves estuprar, casar e divorciar meninas na pré-puberdade. Alcorão 65:4, 4:3
  2. Tu deves ter relações sexuais com escravas sexuais e trabalhadoras escravas. Alcorão 4: 3, 4:24, 5:89, 33:50, 58: 3, 70:30
  3. Tu deves bater nas escravas sexuais, nos trabalhadores escravos, e nas esposas. Alcorão 04:34
  4. Tu deves ter quatro testemunhas masculinas muçulmanas para comprovar um estupro. Alcorão 24:13
  5. Tu deves matar aqueles que insultam o Islão ou Maomé. Alcorão 33:57
  6. Tu deves crucificar e amputar não-muçulmanos. Alcorão 8:12, 47: 4
  7. Tu deves matar os não-muçulmanos para garantir receber as 72 virgens no céu. Alcorão 9: 111
  8. Tu deves matar quem deixar o Islã. Alcorão 2: 217, 4:89
  9. Tu deves decapitar não-muçulmanos. Alcorão 8:12, 47: 4
  10. Tu deves matar e morrer por Alá. Alcorão 9: 5
  11. Tu deves aterrorizar os não-muçulmanos. Alcorão 8:12, 8:60
  12. Tu deves roubar e furtar os não-muçulmanos. Alcorão Capítulo 8 (Saque / Espólios de Guerra)
  13. Tu deves mentir para fortalecer o Islã. Alcorão 3:28, 16: 106
  14. Tu deves lutar contra os não-muçulmanos, mesmo que você não queira. Alcorão 2: 216
  15. Tu NÃO deves tomar os não-muçulmanos como amigos. Alcorão 05:51
  16. Tu deves chamar os não-muçulmanos de porcos e macacos. Alcorão 5:60, 7: 166, 16: 106
  17. Tu deves tratar os não-muçulmanos como as criaturas mais vis, que não merecem misericórdia. Alcorão 98: 6
  18. Tu deves tratar os não-muçulmanos como inimigos jurados. Alcorão 4: 101
  19. Tu deves matar os não-muçulmanos por não se converterem ao Islão. Alcorão 09:29
  20. Tu deves extorquir não-muçulmanos para manter o Islão forte. Alcorão 09:29.
Duas frases abaixo que valem dependendo da sua convicção:
  • Uma pessoa religiosa – Caros muçulmanos: Eu oro para que o Senhor Jesus Cristo abra os olhos e os corações, e você possa conhecer a luz do Evangelho em Seu Nome Poderoso. Amén.
ou:
  • Uma pessoa atéia/agnóstica – Caros muçulmanos: Estes 20 mandamentos são um crime contra a humanidade e os Direitos Humanos. Largue-os fora, e se torne um ser humano. 
Agora, para mim, basta uma frase muito simples:
EU NÃO QUERO SHARIA NO BRASIL         
E, para completar, os políticos e simpatizantes que estão dando cobertura para islamismo se instalar e criar raízes no Brasil são traidores da pior espécie.

Fonte – Rodrigo Cézar Limeira – Portal de Notícias Ciência em Foco (www.cienciaemfoco.com) e Blog: Perigo Islâmico 

Lição 1- Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia


Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 2 Julho de 2017
Trimestre: 3° de 2017 – Reverberação:Subsídios EBD
Texto Áureo
"Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." (2 Pe 1.21)
Verdade Prática

Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão.
LEITURA DIÁRIA
- Segunda: Jr 36.1,2 - Deus mandou que suas palavras fossem escritas em um rolo
- Terça: 2Pe 3.2 - As Escrituras inspiradas por Deus dizem respeito ao Antigo e ao Novo Testamento
- Quarta: Mc 7.13 - O Senhor Jesus disse que a Bíblia é a Palavra de Deus
- Quinta: Jo 10.35 - As Escrituras Sagradas jamais falharão
- Sexta: Hb 4.12 - A Palavra de Deus é viva, poderosa e capaz de transformar vidas
- Sábado: Js 1.8 - A Bíblia é o manual de Deus para o
nosso bem

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.14-17
14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
HINOS SUGERIDOS: 306, 322, 499 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Conscientizar a respeito da inspiração divina, verbal e plenária da Bíblia Sagrada.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico com os seus respectivos subtópicos.

(I) Reconhecer a revelação e inspiração da Bíblia Sagrada;
(II) Mostrar a inspiração divina na Bíblia Sagrada;
(III) Explicar a inspiração plena e verbal da Bíblia Sagrada;
(IV) Saber que a Bíblia Sagrada é a nossa única regra de fé e prática.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste terceiro trimestre do ano estudaremos as principais doutrinas da fé cristã. O comentarista do trimestre é o pastor Esequias Soares, autor de diversos livros, graduado em Letras, Mestre em Ciência da Religião, presidente da Comissão de Apologética Cristã da CCADB (Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil) e líder da Assembleia de Deus em Jundiaí, SP.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A Bíblia é a revelação de Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana. O enfoque da presente lição é sobre a importância e o significado dessa inspiração divina.

I - REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

1. Revelação.
A palavra "revelação", apocalipsis, em grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela a si mesmo, a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele "não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Am 3.7). Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21).
2. Inspiração.
É o registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1Co 2.10-13). Divinamente inspirados são os 66 livros da Bíblia.
Os escritores sagrados foram os receptáculos da revelação: "homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21, ARA). Eles receberam os oráculos divinos de forma especial, exclusiva, única e milagrosa. Ninguém mais, além deles, foi usado por Deus dessa maneira específica.
Obs. ARA – Almeida Revista Atualizada
PONTO CENTRAL
Cremos na inspiração divina e autoridade da Bíblia Sagrada.

3. A forma de comunicação.
O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jr 1.11-13). A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2 Pe 1.16-18; 13o 1.3) e do Espírito Santo (Ef 3.4,5).

A frase "veio a palavra do SENHOR a", "veio a mim a palavra do SENHOR" ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma única vez no ministério de João Batista: "veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias" (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação da lei (Lc 16.16).
SÍNTESE DO TÓPICO l
A Bíblia é a revelada e inspirada Palavra de Deus.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"[...] Um resumo a respeito do que a Bíblia alega sobre si mesma pode ser encontrado em duas passagens principais, Pedro disse que os autores foram impelidos pelo Espírito Santo, e Paulo declarou que seus escritos foram soprados pelo próprio Deus. Portanto, a Bíblia alega que autores movidos pelo Espírito Santo expressaram as palavras inspiradas por Deus (2 Pé 1.20,21), Em suma, os escritos proféticos (do Antigo Testamento) não tiveram sua origem nos homens, mas em Deus, que agiu por meio de alguns homens chamados de profetas de Deus" (GEISLER, Norman. Teologia Sistemática: Introdução à Teologia Sistemática, a Bíblia, Deus, a Criação, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp. 213,214).

II-A INSPIRAÇÃO DIVINA

1. A inspiração divina.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus" (v.16, ARA). A palavra grega, aqui traduzida por "inspirada por Deus" ou "divinamente inspirada", é theopneustos. Ela só aparece uma única vez na Bíblia, vinda de duas palavras gregas: theos, "Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso significa que o texto sagrado foi "soprado por Deus".

A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia". Segundo oDicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caudas Aulete, o termo quer dizer "inspiração divina que presidiu à redação das Sagradas Escrituras". Josefo, o historiador judeu, e Fílon de Alexandria, disseram que as Escrituras são divinamente inspiradas, mas usaram outros termos.

2. Uma avaliação exegética.
Estamos acostumados com duas traduções: "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa" e "toda Escritura é divina inspirada e proveitosa". Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega.

Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega kai, "e", aparece entre os dois adjetivos "inspirada" e "proveitosa". Isso significa que o apóstolo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que "toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa" pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.

3. Autoridade.
A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como "assim diz o SENHOR" (Êx 5.1; Is 7.7); "veio a palavra do SENHOR" (Jr 1.2); "está escrito" (Mc 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13; 1Pe 1.23-25).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Toda a Bíblia é inspirada por Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Existem muitas palavras ou frases que a Bíblia utiliza para se auto-descre-ver e que sugerem uma reivindicação de autoridade divina. Jesus disse que a Bíblia é indestrutível e que ela jamais passará (Mt 5.17,18); ela é infalível, ou 'não pode ser anulada' (Jo 10.35); ela tem a autoridade final (Mt 4.4,7,10); e ela é suficiente para a nossa fé e prática (Lc 16.31)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 218).
Ill - INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL

1. Inspiração plenária.
Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
O apóstolo Paulo deixa isso muito claro quando afirma que "toda a Escritura é divinamente inspirada". A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade.

A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lc 24.44).

O termo "Escritura" ou "Escrituras" que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia. Cabe ressaltar que o apóstolo Paulo, ao afirmar que "toda a Escritura é divinamente inspirada", se referia também aos escritos apostólicos.

Os escritos dos apóstolos se revestiam da mesma autoridade dos livros do Antigo Testamento já desde a Era Apostólica. Inclusive, "profetas e apóstolos", às vezes, aparecem como termos intercambiáveis (2 Pé 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escrituras (2 Pe 3.15,16). O apóstolo Paulo ensinava:

"Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário" (1Tm 5.18). O apóstolo aqui coloca lado a lado citações da lei de Moisés (Dt 25-4) e dos Evangelhos (Mt 10.10; Lc 10.7), chamando ambas de "Escritura". Outras vezes, ele deixa claro que seus escritos são de origem divina (2 Co 13.3; 1Ts 2.13). Isso nos permite afirmar que a frase "Toda Escritura é divinamente inspirada" se refere à Bíblia completa, aos 66 livros do Antigo e Novo Testamento.

2. Inspiração verbal.
Essa característica bíblica significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1 Co 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2 Pé 1.21).
O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada escritor em sua geração e em sua cultura, com seus diversos graus de instrução. Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus "soprou" nos escritores sagrados. Uns produziram som de flauta e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A inspiração da Bíblia Sagrada é plena e verbal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Apesar do mistério que ronda o modo como Deus fez com que sua palavra fosse fiel sem destruir a liberdade e a personalidade dos autores humanos, existem algumas coisas que ficam muito claras. Os autores humanos não eram simplesmente secretários que anotavam algo que estava sendo ditado a eles; a sua liberdade não foi suspensa nem negada. Eles não foram autômatos. As suas palavras correspondiam ao seu desejo, no estilo em que estavam acostumados a escrever. Na sua providência, Deus promoveu uma concordância divina entre as palavras deles e as suas" (HORTON, Stanley M, Teologia Sistemática: Uma perspectiva Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 222).
A Septuaginta (LXX)
A versão padrão em grego [do Antigo Testamento], produzida em Alexandria, é conhecida como Septuaginta (LXX), que é a palavra latina para 'setenta'. Essa tradução foi, sem dúvida, realizada durante os séculos III e II a.C.," e "não foi projetada para ter as mesmas finalidades funcionais do AT hebraico, pois seu propósito era para ser lida publicamente nas Sinagogas, ao contrário dos propósitos educativos daqueles que precisavam do texto hebraico". Para conhecer mais, leia ,      Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, pp.1994-95.

IV - ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA

1. "Proveitosa para ensinar".
O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tm 3.15). São ensinos espirituais que não se encontram em nenhum lugar do mundo. A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gn 2.1-4; Is 46.10; Lc 21.25-28).

2. A conduta humana.
A Bíblia corrige o erro e é útil para orientar a vida sendo "proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (v.16b). Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia, o "manual do fabricante".

3. As traduções da Bíblia.
A autoridade e as instruções das Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra (Mt 28.19; At 1.8).
Em que idioma essa mensagem deve ser pregada? Hebraico? Grego? Aramaico? Não! Na língua do povo.
Os apóstolos citam diversas traduções gregas da Septuaginta no Novo Testamento. Isso mostra que a mesma inspiração do Antigo Testamento hebraico se manteve na Septuaginta. A citação de Salmos 8.4-6 em Hebreus 2.6-8 é um bom exemplo. A inspiração divina se conserva em outras línguas. Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma.
SÍNTESE DO TÓPICO IV
A Bíblia Sagrada é a nossa única regra de f é e prática.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Através do mundo inteiro, qualquer crente, ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como se esta fora escrita diretamente para ele. Nenhum crente tem a Bíblia como livro alheio, estrangeiro, como acontece aos demais livros traduzidos. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão sua.

Por exemplo, ao lermos 'O Peregrino' sabemos que ele é inglês; ao lermos 'Em seus passos que faria Jesus?' sabemos que é norte-americano, porque seus autores são oriundos desses países. É assim com a Bíblia? Não! Nós a recebemos como 'nossa'. Isso acontece em qualquer país onde ela chega. Ninguém tem a Bíblia como livro 'dos outros'. Isto prova que ela procede de Deus — o Pai de todos" (GILBERTO, António. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros. 14.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 46).

Conclusão
Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil). Que cada um possa receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a Palavra de Deus em qualquer língua em que vier a ser traduzida.

PARA REFLETIR
A respeito da inspiração divina e a autoridade da Bíblia, responda:
• Qual o significado da palavra teopneustia?
A palavra teopneustia significa "inspiração divina da Bíblia".
• De onde deriva a autoridade das Escrituras?
A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina.
• O que significa a expressão "inspiração plenária"?
Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus.
• O que significam as palavras "inspiração verbal"?
Significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13).
• Segundo a lição, qual é o propósito das Escrituras?
O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus.

Fonte: Lições Bíblicas de Adultos – CPAD – 3° Trimestre de 2017
Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br/

Lição 13: Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter


Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 25 de Junho de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"[...] E o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." (Is 9.6)
Verdade Prática

Como Homem, Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito, suportando as fraquezas humanas, sem dar lugar ao pecado.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1,2: Jesus, o Verbo de Deus
Terça - Gn 3.15: Jesus, a semente da mulher
Quarta - Jo 1.14: Jesus, o Unigénito do Pai
Quinta - At 10.38: Jesus, ungido por Deus
Sexta - Jo 14.6: Jesus, o caminho, a verdade e a vida
Sábado - Mt 24.30: Jesus voltará "com poder e grande glória"

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 1.18, 21-23; 3.16,17
18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
21 E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz;
23 Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
MATEUS 3.16,17:

16 E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
HINOS SUGERIDOS: 3,41, 412 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jesus encarnou e demonstrou ter um caráter perfeito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Apresentar Jesus de Nazaré como Filho do Homem;
Apontar o ministério e caráter supremo de Jesus;
Explicar a respeito da morte, ressurreição e volta de Cristo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, vamos concluir o trimestre estudando a respeito do Ho-mais importante de todos os tempos — Jesus. Sua vinda a este mundo se deu deforma sobrenatural e foi tão significativa e marcante que a História foi dividida em duas partes: antes de Cristo e depois. Como Homem, Jesus teve um desenvolvimento e um caráter perfeito que refletia a sua natureza divina. Até os 30 anos, Ele viveu como todo judeu. Foi apresentado no Templo por seus pais, participou das festas judaicas, trabalhou como carpinteiro, pagou impostos e teve uma vida sociável, indo a jantares na casa dos amigos e a festas de casamento. Por isso, Jesus deve ser nosso modelo e referência como Homem e servo. Que possamos seguir sempre os seus passos, glorificando o seu nome.
PONTO CENTRAL
Como Homem, Jesus demonstrou ter um caráter perfeito.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, refletiremos a respeito de Jesus, o Homem de caráter perfeito. É impossível descrever a grandeza de lua personalidade e do seu caráter com palavras meramente humanas. Sua entrada no seio da raça humana, que se achava em miséria espiritual, não somente significou Deus entre nós, o Emanuel (Mt 1.23), mas o cumprimento da promessa do Criador de redimir o homem no Éden. Ele se humanizou como "a semente da mulher" que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15).

I - JESUS DE NAZARÉ, O FILHO DO HOMEM

1. Sua origem humana.
Jesus se fez homem a fim de remir o homem perdido, através do mistério da encarnação. Ele, o Verbo Divino se fez carne "e habitou entre nós" (Jo 1.14). Ele nasceu como homem no tempo (gr. Kairós) de Deus. Diz Paulo: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5).

2. Sua entrada no mundo.
Foi marcada por eventos de caráter espiritual e humano de grande significado. O anjo Gabriel foi enviado à pequena cidade de Nazaré, na Galileia, para anunciar à jovem Maria que ela seria mãe do Salvador do mundo, e que Ele seria gerado pelo Espírito Santo (Lc 1.30,31; 34,35). Ao ser concebido Jesus se fez Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.

3. Seu desenvolvimento humano e espiritual.
Seu caráter singular é modelo e referência para todos os homens em todos os lugares e em todos os tempos. Em sua infância e adolescência, sua criação foi esmerada: "E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa" (Lc 2.40,41). Dos doze aos trinta anos, Jesus exerceu o ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério terreno em prol da salvação da humanidade. Seu caráter humano refletia a sua natureza divina.
Ele foi apresentado ao mundo como "O Verbo" que "era Deus", sendo Criador de todas coisas, pois "Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1.1-3).

SÍNTESE DO TÓPICO l
Jesus de Nazaré foi e é o Filho do Homem.

SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
Filho do Homem
De todos os seus títulos, 'Filho do Homem' é o que Jesus preferia usar a respeito de si mesmo. E os escritores dos evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O termo 'filho do homem' tem dois possíveis significados principais. O primeiro indica simplesmente um membro da humanidade. E, neste sentido, cada um é um filho do homem. Tal significado era conhecido nos dias de Jesus e remonta (pelo menos) aos tempos do livro de Ezequiel, onde é empregada a fraseologia hebraica bem' adam, com significado quase idêntico. Essa expressão, na realidade, pode até mesmo funcionar como o pronome da primeira pessoa do singular, 'eu' (cf. Mt 16.13).
Por outro lado, a expressão é usada também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na literatura apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos tempos com uma intervenção dramática, a fim de trazer a este mundo a justiça de Deus, o seu Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para esse conceito apocalíptico"! (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 310).

II - SEU MINISTÉRIO E CARÁTER SUPREMO

1. O caráter exemplar de Jesus.
Em seu ministério, Jesus demonstrou aspectos do seu caráter que são referência e modelo para todos os que o aceitam como Senhor e Salvador. Suas ações revelam tanto o lado divino como o lado humano de sua personalidade marcante e singular.

a) Humildade e mansidão.
Para iniciar o seu ministério, foi até o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Este sentiu-se constrangido, dizendo que Jesus é que deveria batizá-lo. Mas Jesus insistiu com João para que o balizasse, a fim de cumprir "toda a justiça" (Mt 3.13-15). Ele implantou a "escola da mansidão e da humildade", convidando a todos para aprenderem com Ele (Mt 11.28-31). Sendo Deus, Criador e Senhor, despojou-se de seus atributos divinos, tornou-se homem e servo, humilhando-se "até à morte" (Fp 2.6-8). Jesus surpreendeu os discípulos quando fez um trabalho de escravo, lavando os pés de todos eles (Jo 13.3-5). Mansidão e humildade são requisitos indispensáveis para quem quer ser discípulo de Jesus.

b) Misericórdia e compaixão.
Ele teve compaixão das multidões, que andavam desgarradas como ovelhas sem pastor (Mt 9.36). Curou muitos que sofriam com enfermidades (Mt 14.14). Ele se compadeceu das pessoas famintas (Mt 15.32). Na parábola do Bom Samaritano, Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos religiosos que não tinham compaixão pelos caídos à beira do caminho (Lc 10.30-37). Hoje, infelizmente, muitos que se dizem cristãos têm mais preocupação com riquezas, posições e prestígio pessoal do que com as almas atacadas pelo Maligno.

c) Espírito pacificador.
Jesus conhecia bem a natureza humana sujeita as desavenças e desentendimentos, mesmo entre os irmãos. Por isso, Exortou: "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, vai reconciliar-te primeiro com teu Irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta" (Mt 5.23,24). De forma mais prática, ele reproduziu a mensagem do salmo 133, tão esquecida nos dias atuais. Paulo aconselha-nos a ter paz com todos, sempre que possível (Rm 12.8; Hb 12.14).

2. Na prática, Ele demonstrou o leu imenso amor pelos pecadores.
Os fariseus queriam matar a mulher adúltera. Jesus a perdoou e ordenou que não pecasse mais (Jo 8.11). Aos seus discípulos, ensinou: "Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor" (Jo 15.9). Ele declarou ao doutor da lei que o maior dos mandamentos é amar a Deus acima de tudo, e o segundo, é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40). O amor é "a marca do cristão" (Jo 13.34,35).

3. Seu caráter é referência para a Igreja.
Ele disse: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.15). Em seu aspecto espiritual, como corpo de Cristo, a Igreja não tem defeito. Ela é "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). No aspecto humano, porém, como organização existem as "igrejas", formadas por homens mortais, falíveis e sujeitos a erros e pecados. Jesus é "o caminho, e a verdade, e a vida" (Jo 14.6).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Como Filho do Homem, Jesus teve um ministério e caráter supremo.

SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
O Ministério Terreno de Cristo
Cristo se fez Homem e Servo. Sendo rico, fez-se pobre; sendo santo, foi feito pecado (2 Co 5.21). Fez-se maldição (Gl 3.13) e foi contado com os transgressores. Sendo digno, consideraram indigno. Foi, ainda, feito menor que os anjos, que devem ter ficado espantados ao verem Deus encarnado, como servo, sendo tentado, sofrendo escárnio e crucificado. Mas, depois de tudo, viram entronizado e glorificado.


Após seu batismo, Jesus inicia seu ministério. João Batista não via necessidade de que Ele fosse batizado: sentiu-se inferior e sabia que Jesus não tinha pecado — Ele não precisaria passar por um batismo de arrependimento nem tinha de que se arrepender, mas Jesus fez questão de ser batizado, num ato de obediência e para cumprir toda a justiça, deixando-nos o exemplo (Mt 3.14,15). Seu ministério foi exercido na plenitude do Espírito. Após ter sido batizado por João, Jesus foi impelido pelo Espírito Santo, a fim de jejuar quarenta dias e quarenta noites no deserto. Nesta fase de jejum, oração e meditação num lugar solitário, preparado pelo Espírito Santo, Ele teve o seu preparo espiritual.

O ministério de Jesus durou cerca de três anos. O cálculo da duração é feito com base nas festas pascais em que Ele esteve. O início de seu ministério se deu na véspera de uma Páscoa; depois, participou de mais duas e morreu na véspera de outra. O primeiro ano foi o da obscuridade; o segundo, o do favor público e o terceiro, o da oposição" (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 142).

Ill - A MORTE, RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO

1. A morte de Cristo, exemplo supremo de amor.
O significado de sua morte pode ser resumido no que Ele próprio disse a Nicodemos: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que' deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Através de sua morte, Jesus, fiel Sumo Sacerdote, propiciou a reconciliação do homem com Deus (Hb 2.17). Na cruz, Ele revelou o auge de seu caráter amoroso e perdoador. Antes do último suspiro, clamou a Deus: "E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem [...]" (Lc 23.34).

2. A ressurreição de Jesus e a sua vinda em glória.
Na ressurreição, o caráter humano foi absorvido pelo caráter divino. Se para fazer-se homem despojou-se de sua glória, na ressurreição retomou a plenitude de sua grandeza divina, e venceu todas as forças do mal, resultantes da Queda do homem (1Co 15.19-26).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus veio ao mundo, morreu, ressuscitou e voltará novamente para buscar aqueles que são seus.

CONHEÇA MAIS
Jesus
"O ministério terreno de Jesus começou na cidade de Belém, na província romana da Judeia. A ameaça à vinda do Rei Jesus, quando menino, levara José a reunir a família e fugir para o Egito, mas, ao retornarem. Deus recomendou que se estabelecessem em Nazaré, na Galiléia. Com aproximadamente 30 anos, Jesus foi balizado no rio Jordão e, logo depois, foi tentado por Satanás no deserto da Judeia. Então, Jesus principiou seu trabalho em Cafarnaum, e passou a ministrar por toda a Israel, proferindo parábolas, ensinando sobre o Reino e curando os enfermos." Para conhecer mais leia. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 1210.

SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO
A morte de Cristo foi voluntária
"Jesus não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humilhou-se até à morte, e morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo podia fazer para evitar tamanho suplício. Ele tinha o poder de entregar a sua vida e tornar a toma-la — e de fato fez isso. Sim, eterno Salvador não foi forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a Deus e à humanidade perdida.

Sua morte foi vicária e sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordeiro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo eleito. O sacrifício de Cristo foi duplo: morreu para nos salvar, e ressuscitou para nossa justificação. Cristo também é o Pão da vida, o nosso 'alimento diário'.

Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro, esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos.

José de Arimateia, conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos, levando quase cem arráteis dum composto de mirra, aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram Jesus (Jo 19.38-42). Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade. Também era comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a terra. Às seis horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução" (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 156).

CONCLUSÃO
Jesus é o maior e mais excelente personagem da História. Não é fácil descrevê-lo, não tanto por falta de dados e informações, mas por causa de sua grandeza, de sua personalidade singular e de seu caráter inigualável. Não poderia ser diferente. "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência" (Cl 1.16-18).

PARA REFLETIR
A respeito de Jesus Cristo, o modelo supremo de caráter, responda:
• Para que Jesus se fez homem?
Para remir o homem perdido.
• Que fez Jesus dos doze aos trinta anos?
Ele exerceu o ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério.
• Que revelam as ações de Jesus em seu ministério?
O lado divino e o lado humano de sua personalidade singular.
• Cite algumas características do caráter de Jesus como homem perfeito.
Humilde, manso, misericordioso, pacificador.
• Como Jesus demonstrou seu amor pelos homens?
Ele demonstrou seu amor na prática.