29 de maio de 2017

Lição 10: Maria, Irmã de Lázaro, uma Devoção Amorosa


Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 4 de Junho de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
Então, Maria, tomando uma libra de unguento de nardo puro, de
muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento.(Jo 12.3)
Verdade Prática
Maria, de Betânia, é exemplo do crente que dá prioridade a Jesus em sua vida, e lhe oferece o melhor em gratidão por seu amor.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 6,33: Em primeiro lugar, o Reino de Deus
Terça - Hb 13.2: O valor da hospitalidade
Quarta – Sl 100.2: Servindo ao Senhor com alegria
Quinta - Mt 4.4: A Palavra do Senhor alimenta
Sexta - Lc 8.41 Prostrado aos pés de Jesus
Sábado - Jo 13,5: A humildade de Jesus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 12. 1-11
1 FOI, pois, Jesus seis dias antes da páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera, e a quem ressuscitara dentre os mortos.
2 Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.
3 Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento.
4 Então, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, o que havia de traí-lo, disse:
5 Por que não se vendeuu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?
6 Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava.
7 Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto;
8 Porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
9 E muita gente dos judeus soube que ele estava ali; e foram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dentre os mortos.
10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro;
11 Porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus.

HINOS SUGERIDOS: 118,177, 390 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Apresentar Maria como exemplo do crente que oferece a Deus sempre o melhor em forma de gratidão por seu amor.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Mostrar o exemplo de Maria de Betânia ao escolher a melhor parte;
- Saber que Maria foi a mulher que ungiu o Senhor Jesus;
- Apontar o caráter humilde de Maria.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, na lição de hoje estudaremos o caráter de Maria de Betânia. Maria foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade. Sua atitude de ficar aos pés do Salvador, ouvindo-o e aprendendo, revelou o seu desejo de querer estar mais perto do Filho de Deus, em íntima comunhão com Ele. Como está sua comunhão com o Pai e ò\Filho? Você tem alegria e prazer em estar em sua presença para adorá-lo pelo o que Ele é? Maria amava ao Senhor e sabia como demonstrar, em seus gestos e atitudes, seu amor altruísta. Ao ungir os pés de Jesus com um unguento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a Jesus e as pessoas do que os seus bens materiais. Que o nosso amor pelo Mestre seja maior do que por nossos bens materiais e ministérios.
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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Maria, irmã de Lázaro, ou Maria de Betânia, era uma mulher humilde e ao mesmo tempo cheia de energia e ousadia. Quando Jesus hospedou-se em sua casa, preferiu ficar ouvindo a palavra do Mestre, enquanto sua irmã envolvia-se nas tarefas domésticas (Lc 10.39). Foi reprovada por Marta, mas recebeu elogio de Jesus por ter escolhido "a boa parte" (Lc 10.41,42). Na mesma semana daquele acontecimento, vemos os fatos em que Maria, irmã de Lázaro, aparece protagonizando um dos momentos mais interessantes e polômicos do ministério de Jesus.

PONTO CENTRAL
Devemos oferecer a Deus sempre o melhor.

l- O EXEMPLO DE MARIA DE BETÂNIA

1. Maria "escolheu a boa parte".
Certa vez, acompanhado de seus discípulos, Jesus entrou em Betânia. Ali, foi recebido na casa de Lázaro, por sua irmã, Marta. Aquela não era uma ocasião comum. Jesus só passava por aquela aldeia, chamada Betânia, quando ia para Jerusalém. Maria,
irmã de Marta, teve a percepção de que aquele era um momento que deveria ser aproveitado plenamente por várias razões.

a) Jesus na casa de Maria.
O texto de Lucas 10 diz que Marta, sua irmã, recebeu Jesus em sua casa (10.38). Havia muitas casas em Betânia. Mas receber Jesus e seus discípulos no lar era motivo de muita alegria e orgulho para uma família piedosa. Certamente, a casa não era pequena, pois tinha lugar para Jesus e seus discípulos.

b) Maria prefere ficar aos pés de Jesus.
Lucas diz que Marta recebeu Jesus, e que se assentou aos pés de Jesus e ouvia a sua palavra (10.39). Marta demonstrou que não soube aproveitar aquele momento, e ainda criticou a irmã, julgando que esta não estava agindo bem, ficando aos pés de Jesus. "Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude" (10.40).

2. Maria deu prioridade a Jesus.
Maria tinha tarefas domésticas a realizar como sua irmã. Mas entendia que, se Jesus estava ali, naquela ocasião, a prioridade era ouvir sua palavra, e não ficar "distraída em muitos serviços". Ao ser questionado por Marta, que cobrava de Jesus que determinasse que Maria se levantasse de sua presença e fosse ajudá-la, Jesus respondeu de forma amorosa mas cheia de ensino precioso, que Maria escolhera "a boa parte, a qual não lhe será tirada" (10.41, 42). A "boa parte" que Maria escolheu foi ouvir e aprender de Jesus, ficar a seus pés, em atitude de reverência e adoração.

3. Mais "Martas" do que "Marias".
Podemos afirmar que, no mundo atual, há muito mais "Martas" do que "Marias". A vida moderna tem exigido que a mulher deixe de ser apenas dona de casa, esposa e mãe, e assuma posições profissionais. Além dos excessos de atividades, em casa, na escola, e na igreja, homens e mulheres estão sendo dominados e até escravizados por redes sociais, no uso excessivo das tecnologias da informação e da imagem, a ponto de não haver mais tempo para a maior parte das famílias estar nos cultos de oração, nos cultos de doutrina e na Escola Dominical.
Jesus respondeu de forma amorosa mas cheia de ensino precioso, que Maria escolhera "a boa parte, a qual não lhe será tirada.

SÍNTESE DO TÓPICO l
O crente deve seguir o exemplo de Maria de Betânia que preferiu ficar aos pés de Jesus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Maria
"A hospitalidade é uma arte. Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado, requer criatividade, organização e trabalho de equipe. Sua capacidade de alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta, uma das melhores equipes de hospitalidade da Bíblia. Seu hóspede era Jesus Cristo.
Para Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta, cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era, principalmente, uma pessoa 'que responde'. Ela realizava poucos preparativos — seu papel era a participação. Diferentemente de sua irmã, que tinha que aprender a parar e ouvir, Maria precisava aprender que agir é, frequentemente, necessário e apropriado. Nós vemos Maria, pela primeira vez, durante uma visita que Jesus fez à sua casa. Ela simplesmente se sentou aos seus pés e ouviu. Quando Marta se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava, Jesus declarou que a decisão de Maria de desfrutar da sua companhia era a reação mais adequada, na ocasião. Na última vez em que vemos Maria, ela havia se tornado uma mulher de ação ponderada mesclada com adoração. Novamente, ela estava aos pés de Jesus, lavando-o com perfume e secando com seus cabelos. Jesus disse que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes, como um exemplo de serviço custoso" (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1437).

II - MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR

1. Maria ungiu os pés de Jesus.
"Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos" (Jo 12.1). Para o ministério de Jesus, aquela família tinha significância. Sempre que ia a Jerusalém, ou a seus arredores, hospedava-se na
casa de Lázaro e suas irmãs. Betânia estava situada a três quilómetros de Jerusalém, na estrada que leva a Jericó.      

a) Uma ceia para Jesus.
Embora o texto não diga que a ceia foi na casa de Lázaro, Marta, certamente, foi a organizadora da refeição a ser oferecida a Cristo. Mais uma vez, ela demonstrava especial cuidado com a hospitalidade, com a recepção do ilustre visitante. "Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele" (Jo 12.2). Ela fez o melhor que sabia para atender bem ao grande amigo da família.

b) Maria unge os pés de Jesus.
Maria surpreendeu a todos, "[...] tomando uma libra de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento" (Jo 12.3). O gesto, considerado extravagante, de Maria provocou grande reboliço entre os presentes, principalmente em Judas Iscariotes. O perfume derramado de "nardo puro" equivalia a cerca de "trezentos denários", como acentuou Judas, ou seja, quase o salário de um trabalhador durante um ano inteiro. Judas, além de traidor, era mentiroso e hipócrita. Seu cuidado não era com os pobres, com a assistência social, mas em roubar o dinheiro das ofertas (Jo 12.4-6).

c) Jesus aprova o gesto de Maria.
O traidor reprovou a generosidade de Maria. Mas Jesus reconheceu a grandeza das intenções do seu coração agradecido. "Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto" (Jo 12.7). Pela fé, de forma profética, Maria ungiu antecipadamente o corpo de Jesus para o seu sepultamento. Sua visão era mais ampla e mais profunda. Marta via o amigo e visitante ilustre. Maria via o seu Salvador que haveria de morrer em seu lugar (Jo 19.39). A repercussão da presença de Jesus na casa de Maria foi tão grande que os principais dos sacerdotes deliberaram matar Jesus e também Lázaro (Jo 12.9-11).

2. Maria ungiu a cabeça de Jesus.
Na mesma semana que lhe antecedeu a morte, Jesus saiu de Jerusalém e foi para Betânia: "Bem sabeis que, daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado" (Mt 26.2). Dali, dirigiu-se a Betânia, onde, na casa de "Simão, o leproso", lhe ofereceram outro jantar. Diz o texto que "uma mulher" ungiu a sua cabeça com unguento de grande valor. O contexto nos mostra que aquela mulher era Maria de Betânia (Mt 26.6,7; Jo 11.1,2). A Bíblia de Estudo Cronológica, Aplicação Pessoal, em nota sobre Mateus 26.7, confirma esse entendimento.

3. Devemos oferecer o melhor a Jesus.
Maria poderia ter oferecido um unguento de menor preço. Mas ungiu Jesus "com unguento de grande valor, e derramou-lho sobre a cabeça". Ela foi criticada, mas o importante na adoração a Jesus é saber se Ele aceita nosso louvor. E Jesus, solenemente, declarou sua aprovação ao gesto de Maria, dizendo: "Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua" (Mt ;6.13; Mc 14-9).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Maria foi a mulher que em um gesto de adoração ungiu os pés de Jesus.
CONHEÇA MAIS
A oferta de Maria
"A oferta que provavelmente representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (gregos), era uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. O motivo é simples, porém profundamente significativo. Maria queria oferecer o melhor para Jesus." Para conhecer mais leia, Cuia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 689.

Ill - O CARÁTER HUMILDE DE MARIA

1. Maria, uma mulher humilde.
Com base nos textos citados, podemos concluir que Maria, irmã de Lázaro, era uma mulher humilde, mesmo sendo possuidora de ótima condição financeira, a ponto de poder oferecer a Jesus valiosa oferta como verdadeiro sacrifício de louvor e adoração. No episódio em que ela ficou assentada aos pés de Jesus (cf. Lc 10.39), revelou um profundo senso de valor diante do Mestre, considerando prioridade maior ouvir seus valiosos ensinos.

2. Maria não revidou as críticas da irmã.
Mesmo ouvindo sua irmã, Marta, reclamar diante de todos que ela deveria sair da presença de Jesus para ajudá-la nas tarefas domésticas, ela não revidou, criticando a atitude da irmã. Ficou em silêncio, e deixou Jesus falar. E foi compensada por Jesus, que a defendeu dizendo que ela escolhera "a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lc 10.42).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Maria demonstrou ter um caráter humilde e fiel a Deus.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, para tornar a aula mais dinâmica, interativa e introduzir o terceiro tópico da lição, faça as seguintes perguntas: "Como Maria reagiu diante da queixa e incompreensão de sua irmã em relação a sua atitude de ficar aos pés de Jesus ouvindo-o?" "Como devemos agir quando as pessoas, até mesmo da nossa família, não compreendem nossas atitudes em relação a Jesus e ao serviço cristão?" Enfatize que assim como Maria, nem sempre somos bem compreendidos pelas pessoas. Mas é diante das incompreensões e julgamentos que temos de revelar o nosso caráter cristão. Ao que tudo indica Maria não tentou se defender ou retrucou sua irmã. Porém, o próprio Senhor Jesus a defendeu e procurou valorizar suas atitudes. Depois de conversar com os alunos a respeito das atitudes de Maria, distribua as cópias do quadro abaixo. Utilize para refletir com os alunos as características do caráter de Maria e as lições que podemos aprender com suas atitudes.

CONCLUSÃO
Podemos concluir afirmando que Maria, a irmã de Lázaro, foi uma mulher humilde e que demostrou liberalidade ao oferecer a Jesus uma oferta valiosa. Ajamos da mesma forma, para que Cristo seja glorificado em toda a maneira de agir, pensar e ver.

MARIA

QUALIDADES E REALIZAÇÕES

Talvez a única pessoa que entendeu e aceitou a morte iminente de Jesus, e dedicou seu tempo para ungir seu corpo enquanto Ele ainda estava vivo. Aprendeu quando ouvir e quando agir.

LIÇÕES DE VIDA

As tarefas de servir a Deus podem se tornar uma barreira para conhecê-lo pessoalmente. Pequenos atos de obediência e serviço tem efeitos amplos.

ESTATÍSTICAS VITAIS

Local: Betânia. Parentes: Marta e Lázaro.

VERSÍCULO-CHAVE

"Ora, derramando ela este unguento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento, Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para memória sua" (Mt 26.12,13).

PARA REFLETIR
A respeito de Maria, irmã de Lázaro, uma devoção amorosa, responda:
• De que tipo de crente Maria é exemplo?
Do crente que prefere ouvir as palavras de Jesus.
• Com que Maria ungiu os pés de Jesus?
Com unguento de nardo puro, de muito preço.
• Como Jesus viu o gesto de Maria?
Ele aprovou e disse que ela o ungira para a sepultura.
• Que disse Jesus, quando Maria ungiu sua cabeça?
Que, onde o evangelho for pregado, seu gesto será lembrado.
• O que representa a oferta de Maria?
As economias de todo uma vida.
Fonte: CPAD
Divulgação:www.escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br

Lição 9: Hulda, a Mulher que Estava no Lugar Certo

Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 28 de Maio de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá." (2 Cr 34.24)
Verdade Prática
Quando o povo se corrompe, Deus levanta homens e mulheres como instrumentos de advertência contra o pecado.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 16.18: A soberba precede a ruína
Terça - Dn 4.17: Deus tem domínio sobre os reinos dos homens
Quarta - Jn 4.2: Deus é longânimo e grande em benignidade
Quinta – Nm 14,l8b: Deus não tem o culpado por inocente
Sexta – Sl 51.17: Deus não despreza um coração quebrantado
Sábado - 2 Cr 7.14:Quando a Igreja ora, Deus sara a terra
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2Crônicas 34.22-28:
22 Então Hilquias, e os enviados do rei, foram ter com a profetiza Hulda, mulher de Salum, filho de Tocate, filho de Harás, guarda das vestimentas ( e habitava ela em Jerusalém na segunda parte ); e falaram-lhe a esse respeito.
23 E ela lhes disse: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim:
24 Assim diz o SENHOR: Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá.
25 Porque me deixaram, e queimaram incenso perante outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos; portanto o meu furor se derramou sobre este lugar, e não se apagará.
26 Porém ao rei de Judá, que vos enviou a consultar ao SENHOR, assim lhe direis: Assim diz o SENHOR Deus de Israel, quanto às palavras que ouviste:
27 Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as suas palavras contra este lugar, e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante mim, e rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o SENHOR.
28 Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar e sobre os seus habitantes. E tornaram com esta resposta ao rei.
OBJETIVO GERAL
Ressaltar que quando o povo se corrompe. Deus levanta homens e mulheres como instrumentos de advertência.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Mostrar quem era a profetisa Hulda;
- Saber que Hulda viu o tempo do avivamento;
- Explicar que Hulda foi levantada e usada por Deus.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, procure dar ênfase ao fato de que os israelitas estavam vivendo um período de grande apostasia quando Josias foi levantado como rei. O povo de Deus buscava os ídolos com entusiasmo, por isso. Ele levantou Hulda com uma mensagem contundente. O fato de Hulda ter sido levantada, pelo Senhor, como profetisa, nos mostra que, embora Israel fosse uma sociedade patriarcal. Deus também usava as mulheres em f unções de liderança. O Senhor usou Miriã como profetisa (Êx 15.20), Débora para julgar Israel no tempo dos juizes (Jz 4.4) e mais uma vez levantou uma mulher, Hulda, para chamar a atenção dos israelitas a respeito dos pecados que vinham cometendo. Com ousadia e coragem ela confrontou a nação sobre as consequências de seus pecados afim de que se arrependessem e se voltassem para Deus. O Senhor amava seu povo, por isso iria discipliná-lo. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá escapasse do juízo iminente, o arrependimento sincero. Mas, Hulda não profetizou somente o juízo de Deus contra a rebeldia e o pecado, ela também anunciou um tempo de restauração e prosperidade que se daria no reinado de Josias (2 Rs 22.18-20).

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Hulda entrou na história do povo de Judá, mas logo desapareceu, após cumprir a missão árdua que Deus lhe confiara. Ela entrou em cena quando o rei Josias tomou conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor. Ao ouvir a leitura do livro da Lei e as maldições que cairiam sobre seu povo, o rei mandou consultar ao Senhor sobre tamanha desgraça, causada pela desobediência de Judá. E Hulda, usada por Deus, proferiu terrível profecia contra Judá, mostrando que Deus iria derramar terrível juízo sobre a desobediência do povo.

PONTO CENTRAL
Deus levanta homens e mulheres como instrumentos de advertência.

I- QUEM FOI HULDA

1. Hulda.
Ela foi uma serva de Deus que demonstrou um caráter firme, decidido e discreto, num tempo em que os lis e os profetas haviam se desviado dos caminhos do Senhor. O texto em estudo diz que ela era esposa de Salum, filho de Tocate, que era guardador das vestimentas, e habitava em Jerusalém, "na segunda parte" da cidade, ou na "cidade baixa" (2 Rs 22.14).

2. Atividade que exerceu.
Ela exerceu a atividade de profetisa, num tempo em que esse ofício era predominantemente confiado aos homens. Hulda testemunhou a ascensão e queda do reino de Ezequias, e decadência de Judá, nos tempos de Manassés e Amom (2 Cr 33.11-25). Ela entrou em cena num momento dramático da história do reino de Judá (639-609 a.C).

3. Deus ouviu Hulda.
Se os outros reis não tomaram conhecimento de seu ministério profético, ela viu Deus trabalhar de forma evidente para ouvir suas orações e levantou um menino para promover mudanças impactantes no reino Judá.

SÍNTESE DO TÓPICO l
Huldafoi escolhida pelo Senhor para trazer uma mensagem de arrependimento em um tempo de apostasia.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Hulda
"Mulher de Salum, guarda das roupas da corte de Josias, que viveu na cidade baixa de Jerusalém como uma reconhecida profetisa. Quando Josias sentiu-se condenado pelo livro da lei, encontrado durante a reforma do Templo, enviou oficiais para inquirirem de Deus quanto ao seu significado. Embora Jeremias fosse comtemporâneo, eles foram até Hulda, que profetizou o juízo contra a nação, mas a paz para Josias; ele, então iniciou as reformas (2 Rs 22.14-20)" (Dicionário Bíblico Wycliffe.l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 940).

II-HULDA VÊ O TEMPO DO AVIVAMENTO

1. Josias promove verdadeiro avivamento.
Aos oito anos de idade, Josias foi posto no trono pelo povo, em resposta aos inimigos de seu pai, permanecendo durante trinta e um anos à frente de Israel (639-609 a.C). Tornou-se o décimo sétimo rei de Judá, cuja capital era Jerusalém. Contrariando a sequência perversa de idolatria, corrupção e apostasia, com o apoio de conselheiros reais, Josias "[... ] fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a esquerda" (2 Cr 34.2).

2. Aboliu a idolatria.
Ainda moço, tomou medidas drásticas e corajosas contra a idolatria que tomou conta de Jerusalém e de cidades vizinhas, no oitavo ano de seu reinado (2 Cr 34.3-7).
Para um jovem rei, tomar tais medidas não seria possível se não fosse com respaldo de Deus, e com apoio de homens sérios, que trabalhavam no reino, como parte de um "remanescente fiel", que buscava o bem do seu povo e não os interesses mesquinhos dos que se aproveitavam do reino para satisfação de seus interesses pessoais, carnais e diabólicos.

3. Resgatou a Lei do Senhor.
Aos vinte e seis anos de idade, Josias mandou reparar a Casa do Senhor, que tinha sido desprezada pêlos seus antecessores idólatras (2 Cr 34.8-11). Em meio à restauração física do Templo, o sumo sacerdote Hilquias, através de Safa, fez ciente ao rei que o livro da Lei, que se achava perdido, na casa do Senhor, fora encontrado. Ao ouvir o conteúdo do livro, o rei rasgou suas vestes, chamou seus assessores, incluindo Safa, que era escrivão, e deu ordem, dizendo: "Ide, consultai ao Senhor, por mim e pêlos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste livro que se achou, porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme tudo quanto está escrito neste livro" (2 Cr 34.21).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Hulda também profetizou um tempo de avivamento.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Josias foi o último dos reis justos de Judá. Já em tenra idade começou a buscar o Senhor com toda a dedicação e, quatro anos mais tarde, começou a expurgar de Judá a religião falsa. Enquanto o Templo estava sendo restaurado, Hilquias achou o livro da Lei escrito por Moisés. Surgiu daí um novo compromisso com a Palavra de Deus, todo o país experimentou uma renovação espiritual.
Os profetas Jeremias, Sofonias e Habacuque ajudaram Josias no seu esforço de reconciliar o povo com Deus; quanto à condição espiritual do povo nos tempos de Josias.

O 'livro da lei' que Hilquias achou, tratava-se da lei que fora dada 'pelas mãos de Moisés'; era, sem dúvida, um exemplar do Pentateuco, ou seja: os cinco livros da Bíblia. Essa descoberta dá testemunho da mão previdente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pêlos idólatras e apóstatas. Realmente, a inspirada Palavra de Deus escrita é indestrutível" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 609).

III - HULDA É USADA POR DEUS

1. A dura mensagem de Deus.
Recebendo a consulta do rei, Hulda foi usada por Deus para profetizar com relação a dois eventos. O primeiro, prevendo a destruição de Judá por causa da idolatria (2 Rs 22.14-17); o segundo, prevendo restauração e prosperidade, no reinado de Josias (2 Rs 22.18-20). O sumo sacerdote Hilquias e os demais assessores do rei foram procurar a profetisa Hulda para saber o que iria acontecer com Judá. "E ela lhes disse: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes [...]" (2 Cr 34.23). Era o prenúncio do cativeiro de Judá, o que aconteceu em 586 a.C.

2. Hulda profetiza para o rei Josias.
Na crise espiritual de Judá e Jerusalém, Deus mostrou à profetisa Hulda que o rei Josias não seguiu os maus caminhos de seus pais, mas humilhou-se diante de Deus. Disse Hulda, aos mensageiros do rei que Deus viu como Josias se humilhou, quando ouviu a leitura do livro da Lei, e o juízo de Deus sobre Judá. E que Deus lhe daria livramento e ele desceria ao sepulcro em paz (2 Cr 34.26-28). Deus teve misericórdia do jovem rei de Judá. A resposta de Deus a Josias foi altamente confortadora para ele.
3. O efeito da profecia sobre Judá e Jerusalém.
Após ouvir a mensagem profética de Hulda, Josias tomou de pronto algumas medidas que demonstram o seu cuidado e zelo em ouvir a voz de Deus.
Observe:
a) Josias fez uma convocação urgente "a todos os anciãos de Judá e Jerusalém". As mudanças numa nação, ou numa igreja, só têm efeito se começarem pela liderança.
b) Ele "subiu à Casa do Senhor com todos os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor". Depois de reunir todo o povo, "e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se tinha achado na Casa do Senhor" (2 Cr 34.30).
c) Ele fez um concerto com Deus. "E pôs-se o rei em pé em seu lugar e fez concerto perante o Senhor [...] com todo o seu coração e com toda a sua alma, cumprindo as palavras do concerto, que estão escritas naquele livro" (2 Cr 34.31).
d) Em seguida, ele levou o povo a fazer o concerto com Deus. "E fez estar em pé a todos quantos se acharam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais" (2 Cr 34.32). O verdadeiro líder vai na frente e influencia seus liderados.
e) Aboliu por completo a idolatria. Por fim, Josias usou da autoridade que Deus lhe concedera e determinou que "todas as abominações" fossem tiradas do meio de Israel (2 Cr 34.33). Depois das reformas necessárias, Josias cumpriu o que Deus determinara, e celebrou a Páscoa do Senhor, em Jerusalém (2 Cr 35.1-19).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Hulda foi usada por Deus para advertir o rei e os israelitas do pecado de apostasia.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"O grupo designado por Josias procurou a profetisa Hulda. É difícil explicar porque eles desconsideraram servos de Deus como Sofonias, Jeremias ou possivelmente Habacuque, que viviam naquele tempo. Ela era rara exceção, já que os homens normalmente ocupavam o cargo de profeta. Hulda, presumivelmente, havia se estabelecido como uma confiável porta-voz de Deus. A sua inspiração profética nesta ocasião é justificativa suficiente para os servos do rei a terem procurado.
A palavra do Senhor através de Hulda consistia de dois pontos principais: (a) A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras; Josias, o rei de Judá não viveria para ver a destruição e a desolação resultante da ira de Deus.
A importância das Escrituras tanto na vida pessoal como nacional é realçada nos versículos de 2 Reis 22.8-20. O tema desta passagem é 'trazendo o livro de volta',
(1) A lei estava perdida dentro do próprio Templo;
(2) Sua repercussão levou ao arrependimento;
(3) O arrependimento leva ao reavivamento;
(4) O reavivamento possibilita a prorrogação da pena, e inclina os corações à busca do perdão" (Comentário Bíblico Beacon. l.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 385).

CONHEÇA MAIS
Josias
"A intenção de Deus em trazer desastre sobre Judá como punição é confirmada pela profetisa Hulda. Porém, a Josias é prometido que o julgamento não acontecerá em seu tempo. Josias responde a essa palavra de graça ao redobrar seus esforços em direção ao Senhor. Nesse mesmo ano, Josias conclama seu povo para novamente celebrar a Páscoa, com cerimonia sem igual desde o tempo de Samuel. Com a idade de 39 anos, o reinado devoto de Josias finaliza subta-mente. Ele é morto lutando contra o faraó Neco que, aparentemente, está correndo para ajudar as forças assírias presentes a serem esmagadas pêlos babilónios." Para conhecer mais leia. Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 301.

CONCLUSÃO
A profetisa Hulda foi uma mulher de Deus, que teve um papel significante para a história de seu povo, ainda que de modo muito passageiro. Seu papel foi coadjuvante, mas o que importa é a qualidade de seu trabalho e não a extensão de seu ministério. Soube colocar-se no lugar que Deus lhe reservou, com discrição e humildade. Mas, no momento certo, entregou a mensagem de condenação de Deus ao povo de Judá, que de modo contumaz, se afastara dos caminhos do Senhor.

PARA REFLETIR
A respeito de Hulda, a mulher que estava no lugar certo, responda:
• Quando Hulda exerceu o papel de profetisa?
Num tempo em que esse ofício era predominantemente confiado a homens.
• Hulda foi contemporânea de que reis?
Ezequias, Manassés, Amom e Josias.
• Onde estava o livro da Lei, no tempo de Josias?
Estava perdido, na casa do Senhor.
• Que previu Hulda em sua profecia?
A destruição de Judá por causa da idolatria e a sua restauração, no reinado de Josias.
• Que fez Josias em relação à idolatria?

Determinou que todas as abominações fossem tiradas do meio de Israel.
Fonte: Revista Lições Bíblica de Adultos – CPAD 
Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br