26 de abril de 2017

102 anos do genocídio turco contra os cristãos armênios



102 anos do genocídio turco contra os cristãos armênios  


O Papa Francisco, em um momento de lucidez chama de genocídio, o massacre dos turcos  muçulmanos contra os quase 2 milhões de cristãos armênios há 102 anos. 

A organização mundial Conselho Nacional Armênio (CNA Brasil) que luta mundialmente pelo reconhecimento do Genocídio Armênio ocorrido em 1915, fechou uma parceria com o rapper Crônica Mendes para desenvolver uma música sobre os 100 anos do Genocídio Armênio. 

"Hoje, nos lembramos e honramos a memória dos que sofreram durante o Meds Yeghern, uma das piores atrocidades em massa do século XX,” Trump disse numa declaração. “Eu me junto à comunidade armênia nos EUA e no mundo inteiro para lamentar a perda de vidas inocentes e o sofrimento que muitos passaram.” 

"Até agora reconheceram o genocídio armênio apenas 23 países, entre os quais França, Alemanha, Itália, Canadá, Grécia, Rússia, Uruguai, Brasil, Argentina, Venezuela, Chile e Bolívia. Um número estimado de 1,5 milhão de armênios em 66 cidades e 2.500 vilas foram massacrados; 2.350 igrejas e monastérios foram saqueados e 1.500 escolas e colégios foram destruídos. Contudo, os muçulmanos na Turquia e outras nações atenuam os números e negam que os cristãos armênios sofreram um genocídio, exatamente como grupos neonazistas atenuam os números e negam o Holocausto contra os judeus e católicos ultrarradicais atenuam os números e negam a Inquisição contra judeus e protestantes." (Trechos do blog de Julio Severo).

25 de abril de 2017

Refutando o texto BALEIA AZUL E SUICÍDIO

Refutando o texto BALEIA AZUL E SUICÍDIO

Pr. Jorge Nilson

Estive analizando este artigo, BALEIA AZUL E SUICÍDIO - Como prevenir e como lidar com o fato já consumado - Por Hermes C. Fernandes e fiquei procupado com a visão bíblica tosca deste pastor em relação ao suicidio. Faço uma anti-tese deste assunto.
Utilizando os desafios macabros dessa última onda “ A Baleia Azul”, este artigo introduz um tema importante porém, questionável nas bases que é proposto. Primeiro que suicídio é assassinar a si mesmo. Não podemos fazer juízo de valor naquilo que as Escrituras não faz. Mas, não podemos nos calar diante do que é ensinado nas páginas sagradas.
Mexer sentimentalmente com os leitores para aceitar suas “doutrinas”, é uma covardia e persuação perigosa. Falar da dor de uma  família, inserindo a dificuldade de dizer o que a Bíblia diz sobre o suicídio, para não aumentar o sofrimento da mesma é fugir com a verdade e com o verdadeiro amor cristão. Se realmente isso aconteceu com uma menina de 15 anos e uma pastora falou sobre o destino da alma desta adolescente no velório, ela faltou com a sensibilidade, mas não com a verdade. Bom seria que, em momento como esse,  mostrar a esperança da ressurreição dos mortos de maneira generica, sem especificar oocorrido e fazer juízo de valor sobre o destino da alma. Ou calar-se sobre o assunto.
Em um momento de lucidez, o articulador disse: ”Estou convencido de que a melhor maneira de prevenir o suicídio não é condenando suicidas ao inferno, e sim, nos oferecendo para ouvi-los e acolhê-los em sua luta interna. Há várias razões que levam alguém a desistir de viver. Antes de julgá-lo e sentenciá-lo, deveríamos considerar seus motivos, tentando nos imaginar em seu lugar”.
Ao relatar suas experiências em contato com alguns suicidas, ele mostra um preparo para lidar com estes acontecimentos. Ainda bem que Deus  usou-o para impedir que vidas fossem destruídas pelo suicídio.
Quanto à ouvinte  do programa de rádio, e do jovem homossexual que acusam a igreja de ser legalista, rejeitá-los, julgá-los, pode haver uma questão de insubordinação aos mandamentos bíblicos, ou uma aparente religiosidade. Sei que tudo pode ser verdade e tenho visto durante a minha caminhada cristã casos semelhantes. Mas o texto indica ser uma regra. E não é assim. Conheço casos de pessoas com essas práticas semelhantes que foram bem recebidas e apoiadas na igreja. Apoiamos sim as pessoas, não o seu comportamento, pois a Bíblia diz que devemos reprovar as obras das trevas.
Devemos dar palavras de vida e não de morte e condenação às famílias que passam por infortúnios como estes.
Quando o autor do texto passa a tratar sobre a Bíblia em relação ao suicídio, mostra realmente que sua teologia sobre a verdade bíblica, é confusa e fraca. Talvez o mesmo pensa que princípios é o mesmo que mandamentos. Onde tá na Bíblia que é proibido fumar? Em lugar nenhum. Mas, fala que somos templo do Espírito Santo, fala que devemos ser santos, que devemos manter o nosso vaso (corpo) puro e santo. 1 Co 3.17: “Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado. O suicídio, sim, está no mesmo pacote de NÃO MATARÁS.
Poderia eu, sim,  utilizar pensamentos comuns e verdadeiros como este: “Tirar uma vida é errado, mesmo que seja a nossa. O suicídio é um ato de ódio contra o “eu”, assim como o homicídio é um ato de ódio contra outrem. O suicídio é tão errado quanto o homicídio porque viola o mandamento de amar a si mesmo, assim como o assassinato viola o mandamento de amar aos outros. O amor se opõe a ambos. O suicídio é um ato egoísta para terminar nossos problemas sem preocupação em ajudar os outros que também têm problemas”. Se essas palavras servirem, sim, utilizarei.
Agora vejamos os exemplos bíblicos de suicídios tratados por este artigo, verdadeiras tragédias, contadas como se fossem algo normal, para muitos  sofredores e insipientes de conhecimentos bíblicos:
 Tratar o caso de Abimeleque como exemplo de suícidio honroso, é uma desonra e merece nossa repugnância. Que honra tem um assassino, presunçoso, egoísta, rebelde? O mesmo matou 70 irmãos para reinar sozinho. Deus o castigou ao matá-lo por mão de uma mulher. Não aceitando o castigo de Deus, o mesmo se matou. Abimeleque não figura como heróis da fé.
Saul estava endemoninhado, lutando contra a vontade de Deus. Buscou uma feitiçeira para ajudá-lo na conversa com o espírito de  Samuel. I Cr 10:14 - e não buscou o SENHOR, pelo que o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé. Também não há honra nesta morte e nem depois dela.
Simplesmente,  um resumo bem feito das desobediências de Saul: “Como resultado do coração impenitente de Saul (note Romanos 2:5), Deus afastou Seu espírito de Saul, e um espírito mau entrou nele. Dai em diante, a vida de Saul foi torturada e arruinada pela culpa. Ele se tornou paranóico, suspeitando de seu genro, Davi, e tramando matá-lo (veja Samuel 20:30-33). Ele assassinou 85 sacerdotes de Deus (1 Samuel 22) e resolveu consultar uma feiticeira (1 Samuel 28). Finalmente, ele se suicidou (1 Samuel 31). Saul demonstra o que acontece a uma pessoa que se recusa a confessar e arrepender-se do pecado. A culpa não confessada e abandonada, leva à insanidade”.
Aitofel “jogou” dos dois lados. Bate-Seba era neta de Aitofel e o mesmo ficou magoado por Davi matar o seu genro e tomar a sua filha como esposa, de um jeito vergonhoso. Mudou de lado, ficando com Absalão. Se matou de desgosto duplo: Não conseguiu se vingar de Davi, e o seu conselho foi rejeitado. Suicidou-se. Qual foi a honra dele?
Zinri, outro assassino, violento e egoísta. “E Zinri, seu servo, capitão de metade dos carros, conspirou contra ele, estando ele em Tirza, bebendo e embriagando-se em casa de Arsa, mordomo em Tirza. Entrou, pois, Zinri, e o feriu, e o matou, no ano vigésimo sétimo de Asa, rei de Judá; e reinou em seu lugar. E sucedeu que Zinri, vendo que a cidade era tomada, foi ao paço da casa do rei e queimou-a sobre si; e morreu”, 1 Reis 16:181 Reis 16:9,10, 18.
O ponto culminante da insipiência bíblica deste artigo “BALEIA AZUL E SUICÍDIO - Como prevenir e como lidar com o fato já consumado - Por Hermes C. Fernandes”, vem agora, quando o assunto tratado é “o mais famoso caso registrado na Bíblia..., suicídio heróico. Sansão agiu como os camicazes...
O que diz a BÍBLIA:
“Então Sansão clamou ao SENHOR, e disse: Senhor DEUS, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos”. Juízes 16:28.
Alguns consideram a morte de Sansão um exemplo de suicídio (Juízes 16:26-31), mas o seu objetivo era matar os filisteus e não a si mesmo. De fato Sansão morreu, mas não se suicidou. Matou-se porque dele veio a decisão de derrubar o Templo e morrer no desastre. Entretanto, sua motivação era de vida e esperança de libertação — pois cria que aquele ato poderia trazer livramento para o seu povo por algum tempo. Não foi uma decisão egoísta, presunçosa, e desprovida de temor a Deus. Observem, a oração de Sansão:
Então Sansão clamou ao SENHOR, e disse: Senhor DEUS, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos. Juízes 16:28. Ele pediu a Deus força para vingar-se dos inimigos de Deus e não força para suicídar-se.  A sua morte seria consequência da destruiçao do templo de Dagon e não por suicídio. Ele deu a sua vida pelo seu povo. Isto é bem diferente de um suicída. Deus respondeu a sua oração dando-lhe o poder, pois os dons de Deus são sem arrependimento Rm. 11:29. Quanto tempo durou até Sansão resolver derrubar o templo?
Alguém disse com muita propriedade que “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos.” Jo:15.13; Zwínglio morreu combatendo o bom combate literalmente, deu a vida em favor da Reforma protestante na Suíça; Lutero arriscou o pescoço na Alemanha; Calvino foi perseguido na França, refugiando-se na Suíça; Knox escapou da morte nas galés para reformar a Escócia; Policarpo preferiu morrer queimado do que negar a Cristo; e tantos outros que não se importaram em perder seus bens e a própria viva em favor do evangelho e em defesa de seus irmãos!”.
 Sansão não diz: “morra eu para os filisteus”, e tampouco diz; “morra os filisteus para mim”, mas; “morra eu com os filisteus”. Sansão estava escravizado, mas tornou-se livre pela morte.
Qual destes relato bíblico de suicídios foi por ato de amor e obediência a Deus? Todos foram por abandono do temor a Deus.

O caso de Judas é sem comentário.
“Suicídio altruísta, heróico... Paulo... Este tipo de suicídio...” o que será que esse pastor comeu ou bebeu antes de escrever este artigo?
Como está escrito:”Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;Somos reputados como ovelhas para o matadouro”. Romanos 8:36. Isto não é suicídio. É amor a Deus ao morrer, pelas mãos de outros. É diametralmente oposto do suicídio. E apenas um número muito pequeno, em comparação ao número de cristãos existentes no mundo.
Colocar o romance de “Romeu e Julieta” como justificativa para esse ato, é ridículo.  Não sou “suicída num certo sentido” e nem em qualquer outro sentido. Comparar Freud a Paulo igualando no mesmo sentimento em relação ao suicídio, a que devo chamar isso? Mente vazia? Desvio doutrinário? Apelação?
Podemos chamar as orações de Elias e Jonas de orações suicídas? Elias estava  fugindo de Jezabel; e Jonas, fugindo de quem? São momentos diferentes na vida deles. A mente humana realmente é complexa, vamos complexá-la mais ainda?
O que será que você quis dizer com: “Para a família do suicida, digo: Há esperança. Entre a tentativa do suicídio e a morte pode haver um tempo de arrependimento. Mesmo que em milésimos de segundo, alguém pode se arrepender. Entre o décimo andar do edifício até o chão é tempo suficiente para o Espírito Santo trabalhar na consciência de alguém. E ainda que não haja, Deus é justo e misericordioso”.
Acredito sim que o Espírito Santo pode trabalhar na vida do suicída mas, será isso um incentivo? Uma recomendação? Uma desculpa? Acredito na misericórdia de Deus também, mas se não houver o trabalho de arrependimento, o que quer dizer com Deus é justo e misericordioso?
O impacto moral do suicídio deve ser avaliado segundo a compreensão bíblica da vida humana: Deus criou a vida, e nós não a possuímos para usá-la e descartá-la como bem entendermos. O sexto mandamento também tem alguma coisa a dizer sobre o assunto. Um cristão, portanto, não deveria considerar o suicídio como solução moralmente válida para o infortúnio de viver num mundo onde existe dor física e moral.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. João 10:10


Estudo Bíblico Hipnose - Porta Para o Ocultismo

Estudo Bíblico Hipnose - Porta Para o Ocultismo


A Popularidade da Hipnose

       Durante estes dias de um suposto grande estresse e pressão, (alega-se que) a hipnose estaria pronta a oferecer cura para as massas. A hipnose... (seria) uma ferramenta terapêutica que os profissionais de saúde (poderiam) tirar do baú para lutar contra o vício do fumo ou problemas de obesidade; para administrar os problemas de ansiedade, medos e fobias; para curar dor; superar depressão; melhorar a vida sexual das pessoas; para curar males tais como a asma e a febre; enfrentar quimioterapia sem sentir náuseas; para curar ferimentos mais rapidamente; e para aumentar as notas na escola. Além disso, ...a hipnose (poderia ser usada) como parte do processo terapêutico para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos, para acelerar a recuperação do paciente, e para reduzir o desconforto pós-operatório. Dentistas (poderiam) usar técnicas hipnóticas em conjunto com óxido nitroso com o propósito de relaxar os pacientes, minimizar dor e hemorragia, e controlar a rejeição do paciente ao anestésico durante as intervenções.
       A parte mais triste disso tudo é que alguns cristãos desavisados estão dispostos a "tentar" a hipnose. Uma propaganda em um jornal, publicada por uma Clínica Hipnoterápica (existe até uma "Sociedade Americana para Hipnose Clínica"), fez algumas afirmações incríveis que indicam como a técnica de hipnose realmente não é bíblica (i.e., da Nova Era):
       A hipnose é o método mais efetivo de mudar a sua maneira de pensar, sentir e agir. Quando você alinha a sua mente subconsciente – sua voz interior – com sua mente consciente, você apaga crenças conflitantes que o restringem. Você pode então avançar, sem sabotar a si mesmo. As técnicas da clínica hipnótica guiam você a um estado de mente relaxado e pacífico. Você mantém total controle enquanto aprende a usar o poder de toda a sua mente a fim de criar um desejo forte de atingir o seu alvo. Você pode mudar a sua vida.
       A hipnose não é algo novo. Ela já tem sido usada durante milhares de anos por feiticeiros, médiuns espíritas, xamãs, hindus, budistas e iogues. Mas a popularidade crescente do uso da hipnose para a cura no mundo secular tem influenciado muitos na Igreja a aceitarem a hipnose como um meio de tratamento. Há médicos, dentistas, psiquiatras e psicólogos, não-cristãos e cristãos professos, que recomendam e usam a hipnose.

Violentação da Vontade

       Ainda que um hipnotizador possa produzir somente um transe leve ou médio, ele não pode impedir alguém hipnotizado de entrar espontaneamente na zona de perigo, a qual pode incluir um senso de separação do corpo, uma aparente clarividência, alucinação, estados místicos similares aos descritos pelos místicos orientais, e até o que o pesquisador de hipnotismo Ernest Higard descreve como "possessão demoníaca". Nós argumentaríamos que a hipnose pertence ao oculto em qualquer nível de transe, mas quando ela se aprofunda em seus níveis, a hipnose está indubitavelmente ligada ao ocultismo.
       Há controvérsias sobre se um hipnotizador pode ou não levar uma pessoa a fazer alguma coisa contra a sua própria vontade. Muitos hipnotizadores dizem categoricamente que a vontade não pode ser violada. Mas a evidência aponta em outra direção. A hipnose aumenta a capacidade de uma pessoa ser sugestionada a tal ponto que o sujeito crerá quase qualquer coisa que o hipnotizador lhe disser – até mesmo ao ponto de ter uma alucinação mediante a sugestão do hipnotizador. Durante a hipnose, as habilidades críticas de uma pessoa são reduzidas de tal forma a ponto de criar o que tem sido chamado de "transe lógico", o que aceita, sem discernimento, aquilo que normalmente pareceria irracional, ilógico e incompatível.
       Pelo fato de quase qualquer coisa parecer plausível para alguém no estado de transe, é possível para uma pessoa hipnotizada agir contra a sua vontade, ou seja, fazer o que não faria se estivesse fora do estado hipnótico. A hipnose passa por cima da vontade ao colocar a responsabilidade do lado de fora da escolha objetiva, racional e crítica. Com as habilidades normais de avaliação submergidas, a sugestibilidade aumentada, e as restrições racionais reduzidas, a vontade estará seriamente impedida e, no mínimo, aberta para ser violada.

"Memórias" do Passado e Previsões do Futuro

       Um uso popular da hipnose tem sido o da procura da memória para "voltar até a infância". Alguns pacientes inclusive descrevem suas experiências do que eles crêem ser sua vida no ventre da mãe e seu nascimento subseqüente (isto é impossível, entretanto, por causa do fato científico neurológico de que a mielina do cérebro pós-natal é incapaz de guardar tais memórias). Outros ainda descrevem algum tipo de estado desincorporado e, então, o que eles identificam como sendo suas vidas passadas e antigas identidades. Quanto disso é criado pelo aumento da sugestibilidade, imaginação irrestrita, transe alucinógeno ou intervenção demoníaca não pode ser determinado! Além disso, a Bíblia claramente contradiz a noção de vidas passadas e reencarnação – "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez" (Hb 9.27).
        A hipnose nem mesmo é confiável para recordar coisas recentes. O que é "lembrado" sob o efeito da hipnose tem sido muitas vezes criado, reconstruído ou melhorado durante o estado de alta sugestibilidade. Pesquisas indicam que depois de hipnose, a pessoa é incapaz de distinguir entre uma recordação verdadeira e o que imaginou ou criou sob o efeito da sugestão. Muito provavelmente, a hipnose trará à luz falsas impressões como se fossem eventos verdadeiros do passado (indivíduos podem e muitas vezes mentem durante a hipnose!). É mais provável então que a hipnose mais contamine a memória do que ajude a pessoa a lembrar o que realmente aconteceu.
       Além da terapia hipnótica das vidas passadas, alguns praticantes estão fazendo agora terapia hipnótica da vida futura. A pessoa hipnotizada supostamente vê os futuros eventos, resolve assassinatos, revela os destinos futuros de personalidades bem conhecidas, etc. Alguém envolvido nessa viagem hipnótica deve perguntar a si mesmo: "Onde está a linha de demarcação entre o demoníaco e o divino, entre a esfera de Satanás e a da ciência? Em que ponto a porta das trevas se abre e o diabo conquista uma fortaleza na alma?"

Rótulos Científicos

       Pelo fato de alguns médicos e psicólogos usarem a hipnose, a maioria crê que ela seja algo médico e, portanto, científico. O rótulo de "médica" antes da palavra hipnose dá a impressão de que a hipnose é benevolente e segura. Até mesmo alguns cristãos famosos alegam que a hipnose pode ser de ajuda se praticada por médicos cuja intenção seja boa e não má (apesar da hipnose ter sido investigada através de meios científicos, e existirem alguns critérios mensuráveis sobre o transe em si mesmo, a hipnose não é uma ciência).
       Ninguém sabe exatamente como a hipnose "funciona", além do óbvio "efeito placebo" – o uso bem-sucedido do "falso feedback" (falsa realimentação) da mesma maneira como o "feedback" é usada em técnicas ocultas comuns à acupuntura, biofeedback e psicoterapia. Mas combinar a palavra hipnose com a palavra terapia não transforma essa prática oculta em científica. Um paletó branco pode ser uma roupa bem mais respeitável do que penas e caras pintadas, mas as coisas básicas permanecem as mesmas. A hipnose é hipnose, mesmo que seja chamada de hipnose médica, hipnoterapia, auto-sugestão, ou qualquer outra coisa. A hipnose nas mãos de um médico é tão científica quanto uma forquilha para procurar água nas mãos de um engenheiro civil.
       Transes que ocorrem mediante a ação de médicos não são significantemente diferentes da hipnose do ocultismo. Nos seus artigos sobre hipnose, os quais são usados em escolas de medicina, dois renomados pesquisadores afirmam categoricamente: "O leitor não deveria se confundir pela suposta diferença entre hipnose, zen, ioga e outras metodologias orientais de cura. Ainda que os rituais de cada uma difiram uns dos outros, eles são fundamentalmente a mesma coisa." Só porque a hipnose é usada por um médico não significa que ela esteja livre de sua natureza ocultista. Mais e mais praticantes de medicina estão sendo influenciados por essas antigas práticas médicas do ocultismo. O movimento de cura holística tem casado, com muito sucesso, a medicina ocidental com o misticismo oriental.

Transes Hipnóticos Auto-induzidos

       Aqueles que poderiam se sentir um pouco nervosos com o fato de serem hipnotizados por outros, muitas vezes, tendem a se sentir seguros com a auto-hipnose (ainda que essas pessoas, em um transe hipnótico auto-induzido, possam ganhar um certo controle e exercitar algum grau de escolha, eles, mesmo assim, não retêm o seu meio normal de avaliação da realidade, e moderação racional). Mestres de auto-hipnose geralmente tentarão assegurar às pessoas que a hipnose é simplesmente a atenção enfocada, concentração aumentada, relaxamento, visualização e imaginação. No entanto, tais atividades são precisamente os meios para se entrar em transe. Além disso, eles continuam ligados em um nível diferente durante o transe. Ao imaginar que está deixando o corpo, a pessoa pode entrar em um transe com o tipo de alucinação e transe lógico de tal forma que realmente parece estar fora de seu corpo.
       Um médico, ao ensinar auto-hipnose em uma classe, instruiu seus estudantes a entrarem em transe hipnótico, deixarem seus corpos, e então voltarem-se para explorar várias partes dos seus corpos. O propósito de tal exercício era o auto-diagnóstico e a cura de si mesmo. O ocultista Edgar Cayce também usou auto-hipnose para diagnosticar enfermidades e prescrever tratamentos. Portanto, a auto-hipnose pode ser uma atividade tão ocultista e demoníaca como um transe dirigido por um hipnotizador.

Hipnose e Ocultismo

       Em seu livro Peace, Prosperity and the Coming Holocaust (Paz, Prosperidade e o Futuro Holocausto), Dave Hunt faz algumas observações interessantes a respeito do porquê ele classificaria hipnose como parte do ocultismo:
       Uma razão para chamarmos a hipnoterapia de um ritual religioso é o fato de que ela produz efeitos misteriosos que deixarão totalmente confundido um investigador que a analise como ciência; (1) sob hipnose administrada por psiquiatras, pessoas que nunca tiveram contato com OVNIs podem ser estimuladas a "lembrarem-se" de um rapto por um OVNI que coincide em detalhes com aqueles descritos por outros que supostamente foram raptados por eles; (2) a hipnose também leva a ter "memórias" espontâneas de vidas passadas e futuras, com mais ou menos um quinto delas envolvendo uma existência em outros planetas; (3) o transe hipnótico também duplica as experiências que são comuns sob o estímulo de drogas psicodélicas, meditação transcendental, e outras formas de ioga e meditação orientais; (4) a hipnose também cria poderes psíquicos espontâneos, clarividência, experiências fora do corpo, e todo um espectro de fenômenos ocultos; e (5) a experiência da chamada morte clínica (quase-morte) é também produzida sob hipnose.
       Duas conclusões que a maioria dos investigadores acha muito desagradáveis, mas que parecem ser inescapáveis são as seguintes: (1) há uma origem comum por detrás de todos os fenômenos ocultos, incluindo OVNIs, que parece estar hábil e deliberadamente orquestrando uma fraude inteligente para seus próprios propósitos; e (2) a hipnose, ou o poder da sugestão, está no coração desse esquema de fenômenos ocultos.
       A conexão entre a hipnose e o misticismo oriental é evidente. Nas várias profundidades do transe hipnótico, pacientes descrevem experiências que são idênticas a da consciência cósmica e auto-realização induzidas pelo transe da ioga. Eles primeiro experimentam uma paz profunda, depois a separação do corpo, depois a liberação de sua própria e pequena identidade a fim de fundirem-se com o Universo, e o sentimento de que eles são tudo e não têm qualquer limitação para o que podem experimentar ou se tornar. Por exemplo, uma consciência de ser deus "na qual o tempo, o espaço e o ego são supostamente transcendentes, mergulhando na pura consciência do nada primal do qual toda a criação existente tem sua origem."
       A hipnose começou como parte do ocultismo e da religião falsa. A Bíblia fala fortemente contra todas as práticas das falsas religiões e do ocultismo. Deus deseja que o Seu povo, com suas necessidades, se volte para Ele, e não para aqueles que praticam feitiçaria, adivinhação ou encantamento. Ele avisa Seu povo para não seguir médiuns, mágicos, encantadores, feiticeiros, e aqueles que consultam os mortos (Deuteronômio 18.9-14). A hipnose, tal como é praticada hoje, pode muito bem ser a mesma coisa que é identificada na Bíblia como "encantamento" (Levítico 19.26).
       No hipnotismo, a fé é transferida de Deus e de Sua Palavra para o hipnotizador e sua técnica. Deus fala ao Seu povo através da mente consciente e racional. Ele criou os indivíduos como criaturas que fazem escolhas conscientes e volitivas. Ele enviou o Seu Santo Espírito para habitar nos cristãos a fim de capacitá-los a confiar nEle e obedecer-Lhe através do amor e da escolha consciente. A hipnose, por outro lado, opera na base da imaginação, ilusão, alucinação e engano. Jesus alertou Seus seguidores contra o engano. Depois que uma pessoa abre a sua mente para o engano através da hipnose, ela pode se tornar muito mais vulnerável a outras formas de fraude espiritual.
       A hipnose pode gerar as imitações satânicas do exercício da verdadeira religião. Se a hipnose gera qualquer forma de fé e adoração que não é dirigida diretamente para o Deus da Bíblia, qualquer pessoa que se submete ao hipnotismo pode estar fazendo o papel de prostituta na esfera espiritual (veja Lv 19.26,31; 20.6,27; Dt 18.9-14; 2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6; Is 47.9-13; Jr 27.9).
       O hipnotismo é, na melhor das hipóteses, potencialmente perigoso, e, no pior dos casos, demoníaco. No pior caso, ele abre um indivíduo para experiências psíquicas e de possessão satânica. Quando os médiuns entram em transe hipnótico e contatam os "mortos", quando os clarividentes revelam informações que eles não poderiam conhecer de forma alguma, quando os prognosticadores, através de auto-hipnose, revelam o futuro, certamente Satanás está agindo.

Conclusão

       Devido a todas essas razões: porque a hipnose tem sempre sido uma parte integral do ocultismo, porque ela não é uma ciência, por causa dos seus conhecidos efeitos maléficos, e por causa de sua fraude espiritual, o cristão deve evitá-la completamente, até mesmo por motivos "médicos". É óbvio que a hipnose é letal se usada com propósitos maus. No entanto, nós argumentamos que a hipnose é potencialmente letal seja para qualquer propósito que for usada. No momento em que alguém se rende à porta do ocultismo, mesmo em nome da "ciência" e da "medicina", ele se torna vulnerável aos poderes das trevas. (Adaptação de trechos do livro "Hypnosis and the Christian" – Traduzido por Ebenezer Bittencourt.)

Autor:  Martin e Deidre Bobgan
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, novembro de 1997.

24 de abril de 2017

Lição 5- Jacó, Um Exemplo de um Caráter Restaurado


Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Data da aula: 30 de Abril de 2017
Trimestre: 2° de 2017
Texto Áureo
"Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú." (Rm 9.13)
Verdade Prática
Com base em sua presciência e propósitos, Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.

LEITURA DIÁRIA
 Segunda - Gn 27.11,12: A mentira traz maldição
 Terça - Gn 27.41: Quando o ódio se torna mortal
 Quarta - Gn 27.20: Jacó mentiu ao próprio pai
 Quinta - Cl 6.7: O que o homem planta, isso colherá
 Sexta - Rm 5.20: Onde abundou o pecado superabundou a graça de Deus

 Sábado - SI 133.1: Deus quer que os irmãos vivam em união
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 25.28-34; 32.24,28,30
28 E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.
29 E Jacó cozera um guisado; e veio Esaú do campo, e estava ele cansado;
30 E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom.
31 Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura.
32 E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura?
33 Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó.
34 E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura.
 Gênesis 32.24,28,30
24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um homem, até que a alva subiu.
27 E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó.
28 Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.
30 E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva.

HINOS SUGERIDOS: 46, 77, 432 DA HARPA CRISTÃ
 
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Apresentar a origem de Jacó;
• Mostrar a direção de Deus na vida de Jacó;
• Refletir a respeito de alguns aspectos do caráter de Jacó.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição deste domingo, estudaremos a respeito do caráter de Jacó. Ele nasceu agarrado ao calcanhar de seu irmão primogénito e recebeu o nome de "enganador". Todavia, Deus em seus desígnios já o havia escolhido e revelado aos seus pais que o primogénito serviria ao caçula. Jacó fez jus ao seu nome ao comprar a primogenitura de seu irmão e ao mentir e enganar seu pai. Seu engano e mentira levaram-no para longe de casa e fez com que ele também fosse enganado por seu tio Labão. Mas Jacó teve um encontro com Deus e foi transformado por Ele. Todo encontro com Deus é transformador. Ninguém sai da presença do Pai da mesma maneira que entrou. Atualmente, muitos apenas ouviram falar a respeito de Deus, mas na verdade nunca tiveram um encontro real e pessoal com Ele. Somente Deus, o Criador, pode transformar o nosso verdadeiro "eu".

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Isaque teve dois filhos gêmeos. Esaú tinha uma inclinação para o campo, para vida pastoril e também para a caça. Jacó, ao contrário, pelo seu temperamento e por sua personalidade, voltou- se para vida doméstica. Logo revelou ter um caráter oportunista e usurpador, que o levou a enganar o pai com apoio da mãe. As consequências foram duras em sua vida. O que plantou, colheu com grande sofrimento. Mas a misericórdia de Deus o alcançou e o Senhor o escolheu para ser o pai das doze tribos de Israel.

I- QUEM ERA JACÓ

1. O filho mais novo de Isaque.
Seu nome, em hebraico, é Yakoov e significa "Deus protege". Ele integra a lista dos três patriarcas hebreus, que marcaram a história de Israel: Abraão, Isaque e Jacó. Sua história foi pontilhada de episódios dramáticos desde o seu nascimento. Deus ouviu as orações de Isaque, pois Rebeca era estéril (Gn 25.21). O texto diz
que, no ventre, havia uma luta entre os bebés (Gn 25.22). Jacó nasceu agarrado ao calcanhar do seu irmão. Diante disso, o seu nome passou a ter o significado de "aquele que segura pelo calcanhar" ou "suplantador".

2. O preferido de sua mãe.
Isaque tinha preferência por Esaú, por que gostava da caça. Mas Rebeca amava mais Jacó, por ser "varão simples, habitando em tendas" (Gn 25.27,28). Quando Isaque quis dar a bênção a Esaú, o primogénito (Gn 27.1-5), Rebeca, numa demonstração clara do seu caráter astucioso, chamou Jacó e o induziu a enganar seu pai (Gn 27.11,12,14,15). Enganado, Isaque abençoou Jacó (Gn 27.27-29). Ao retornar da caça, Esaú descobriu que seu irmão tomara sua bênção. Desesperado, recebeu do pai uma bênção menor (Gn 27.39,40). Cheio de ódio, planejou matar seu irmão (Gn 27.41). Jacó teve que fugir ameaçado por Esaú. Isaque percebeu que Deus tinha um plano na vida de Jacó, e o despediu com uma bênção profética de grande significado (Gn 28.1-4).
PONTO CENTRAL
Deus escolhe pessoas para que cumpram seus desígnios.
 
3. O preferido de Deus.
A escolha de Jacó é um caso especial de presciência divina face aos desígnios de Deus. Deus não tem filhos privilegiados, nem escolhe uns para a salvação e outros para a condenação, pois tal atitude contrariaria frontalmente o seu caráter santo, justo e bom. Seria uma terrível discriminação por parte de Deus que condena quem faz acepção de pessoas (Tg 2.9; Pe 1.17). Mas, em sua soberania, em casos especiais, Ele escolhe pessoas para serem instrumentos de sua vontade diretiva. Jacó foi um desses escolhidos, ainda no ventre (Rm 9.9-13).
SÍNTESE DO TÓPICO l
Jacó foi escolhido por Deus ainda no ventre de sua mãe.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Abraão, Isaque e Jacó estão entre as mais importantes pessoas do Antigo Testamento. Isto não se deve ao seu caráter pessoal, mas ao caráter de Deus. Eles foram homens que conquistaram o respeito relutante e até mesmo o medo de seus colegas. Eram ricos e poderosos, e ainda assim, os três foram capazes de mentir, enganar e agir com egoísmo. Eles não eram os heróis perfeitos que poderíamos ter esperado; em vez disso, eram exatamente como nós; tentavam agradar a Deus, mas não conseguiram." (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 56).

II – A DIREÇÃO DE DEUS NA VIDA DE JACÓ

1. A visão da escada que tocava o céu.
Em sua fuga, no meio do deserto, Jacó teve um sonho dado por Deus. Ele viu uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus, e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E Deus reiterou a bênção que lhe prometera (Gn 28.13-15). Deus não aprovou seus arranjos e enganos, mas também não retirou a bênção prometida a seus pais. Naquela noite, ele descobriu a presença de Deus, que se apresentou como o Deus de Abraão e de Isaque. Ele ouviu Deus reiterar suas promessas e descobriu que onde Deus está, ali é sua casa, "a porta dos céus" (Gn 28.13-17). 2. A coluna em Betei. Jacó não buscou a Deus, mas Deus o buscou, e se revelou como o Deus de seus pais. Uma prova do quanto a graça de Deus é profunda. Sem dúvida alguma, a história de Jacó se divide em dois períodos. Antes de Deus encontrá-lo e depois daquele encontro especial. Tão impactante na sua vida foi aquele episódio, que ele chamou aquele lugar deserto de Betei, que significa "Casa de Deus". Ali, naquela madrugada, Jacó ouviu Deus lhe falar; sentiu a presença divina e teve uma mudança extraordinária em sua vida.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Depois de deixar a casa dos seus pais, Jacó buscou a direção de Deus para sua vida.

CONHEÇA MAIS
Jacó
"Era o terceiro no plano de Deus para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais 'apesar de' do que 'em razão da vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão gémeo, Esaú. Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas. Ao acompanharmos sua vida desde o nascimento até à morte, vemos a mão de Deus trabalhando." Para conhecer mais leia. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, p. 46.
"Jacó fazia tudo, o certo e o errado, com grande zelo. Ele enganou seu próprio irmão Esaú, e seu pai, Isaque. Ele lutou com Deus, e trabalhou catorze anos para se casar com a mulher que amava. Por intermédio de Jacó, aprendemos como um forte líder pode, também, ser um servo. Também vemos como ações erradas sempre voltam para nos perturbar.

Depois de enganar Esaú, Jacó correu para salvar sua vida, viajando mais de 640 quilómetros até Harã, onde vivia seu tio, Labão. Pelo caminho, ele recebeu uma mensagem do Senhor, em um sonho, e deu a esse lugar o nome de Betei. Em Harã, Jacó se casou e iniciou uma família" (Extraído de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p, 58).
Reproduza o mapa abaixo para mostrar aos alunos a rota feita por Jacó até Padã-Ara.
III - ASPECTOS DO CARÁTER DEJACÓ

1. Antes do seu encontro com Deus.
Até o encontro com Deus em Betei, ele era apenas um "homem natural", ou carnal (1Co 2.14). Naquela fase de sua vida, podemos ver alguns aspectos negativos de seu caráter.

a) Oportunista e egoísta.
Quando seu irmão chegou com fome e lhe pediu para comer do seu guisado, ele poderia ter-lhe oferecido de sua comida, compartilhando sua refeição. Mas, numa prova de oportunismo e ambição, disse logo: "Vende-me hoje a tua primogenitura" (Gn 25.31).

b) Interesseiro e calculista.
Jacó era frio, calculista e de temperamento fleumático. Além de propor a troca da primogenitura ao irmão, exigiu que Esaú fizesse um juramento que lhe garantisse que a troca seria respeitada por toda a vida: "Então, disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó" (Gn 25.33; Hb 12.16). Ele só esquecia uma coisa. O que ele estava plantando em sua juventude haveria de colher mais tarde (Cl 6.7). Em proporção muito maior.

c) Mentiroso e enganador.
Com seu caráter fraco e leniente, concordou com a sua mãe em enganar o velho pai. Ao chegar à presença de Isaque, mentiu três vezes. Este perguntou: "Quem és tu, meu filho?". Ele disse que era Esaú (Gn 27.19). A primeira mentira. Indagado porque chegara tão rápido com a caça, mentiu a segunda vez, dizendo: "Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro" (Gn 27.20). Ao abraçar Jacó, Isaque repetiu que era Esaú — "Eu sou" (Gn 27.24). Mentiu pela terceira vez.

2. Depois do seu encontro com Deus.
Observe a transformação no caráter de Jacó:

a) Um caráter agradecido.
Jacó passou a ver as coisas numa perspectiva espiritual de um novo relacionamento com Deus, e lhe fez um voto, dizendo que se Deus não lhe deixasse faltar nada, levantaria um altar e daria o dízimo "de tudo" (Gn 28.20-22). Neste fato, vemos que Jacó tinha consciência do valor do dízimo, como expressão sincera de gratidão a Deus, a exemplo do que fizera seu avô, Abraão, perante Melquisedeque (Gn 14.18-20). Ele não prometeu dar o dízimo do que lhe sobrasse (da "renda líquida"), mas "de tudo" como seu avô fizera (Hb 7.2).

b) Um caráter esforçado e sofredor.
Ao chegar à casa de Labão, seu tio, revelou-se um homem trabalhador. Ali, começou a colher o que semeara em engano e mentira. Na "lua de mel", foi enganado pelo sogro. Em lugar de casar com Raquel, teve de casar com Leia. Só depois, casou com sua amada, e para tanto, trabalhou "outros sete anos" (Gn 29.21-30). Não foi apenas esse o preço que Jacó teve que pagar por sua vida de enganos e mentiras. Labão mudou o seu salário dez vezes, durante vinte anos (Gn 31.7). O que o homem semeia, isso é o que colhe (Gl 6.7).

c) Um homem na direção de Deus.
Depois de ser enganado pelo sogro, Jacó reuniu sua família e fugiu de Harã. Mas não o fez apenas por medo do sogro. Sua saída de Harã foi por direção de Deus (Gn 31.3,13). Desse modo, Jacó empreendeu a fuga com a família, e logo foi perseguido pelo sogro. Este não pôde lhe fazer mal, porque Deus entrou em ação e lhe determinou que não falasse com Jacó "nem bem nem mal" (Gn 31.24).


3. No seu encontro com Esaú.
Ao se aproximar de Seir, onde seu irmão vivia, Jacó enviou mensageiros a Esaú, anunciando seu retorno. Os mensageiros voltaram e disseram que Esaú vinha ao seu encontro com quatrocentos homens. Jacó temeu grandemente (Gn 32.7-12). Mas, no Vale do Jaboque, teve um encontro que marcou o resto da sua vida. Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus "face a face" (Gn 32.22-30). Ao encontrar Esaú, reconciliou-se com ele e o abraçou com perdão e amor.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Antes de ter um encontro com Deus Jacó era oportunista, mentiroso e enganador.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o esquema do quadro. Utilize-o para enfatizar as características de Jacó antes do seu encontro com Deus e depois. Ressalte que somente Deus pode mudar o nosso caráter.
JACÓ ANTES DO SEU ENCONTRO COM DEUS

JACÓ DEPOIS DO SEU ENCONTRO COM DEUS

Oportunista

Verdadeiro

Mentiroso

Paciente

Enganador

Trabalhador

Confia em sua esperteza em vez de buscara Deus

Confia em Deus para o abençoar e busca sua direção


CONCLUSÃO
Em suas experiências com Deus, vemos que Jacó teve seu caráter transformado. De oportunista e enganador, passou a ser humilde, sofredor, paciente, longânimo, altruísta. Foi pela sua paciência e graça que Deus escolheu Jacó, em lugar de Esaú. Quando damos lugar ao Espírito Santo, Ele nos transforma radicalmente o caráter.

PARA REFLETIR                          
A respeito de Jacó, um exemplo de caráter restaurado, responda:
• Que significa o nome Jacó?
"Aquele que segura pelo calcanhar" ou "suplantador".
• Por que Esaú aborreceu a Jacó?
Por causa da bênção que seu pai deu a Jacó por engano.
• Quantas vezes Jacó mentiu a seu pai por ocasião da bênção?
Três vezes.
• O que Jacó prometeu a Deus se fosse abençoado em sua viagem?
Dar o dízimo de tudo.
• Que aconteceu com Jacó, no vau de Jaboque?
Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus "face a face".
Fonte: Revista Lições Bíblica de Adultos – CPAD 
Divulgação: escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br