18 de novembro de 2016

Lição 8 - Rute, Deus Trabalha pela Família


20 de novembro de 2016
TEXTO ÁUREO

"[...]  Bendito seja o SENHOR, que não deixou, hoje, de te dar remidor, e seja o seu nome  afamado em Israel." (Rt 4.14)
VERDADE PRÁTICA
Deus abençoa o trabalho, a fé e a persistência da família que o serve.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rt 1.1: A fome leva uma família a deixar Belém
Terça - Rt 1.3: Noemi enfrenta a morte em sua família
Quarta - Rt 1.6,7: O triste regresso de Noemi em meio à crise
Quinta - Rt 2.1,2: O trabalho de Rute em meio à crise
Sexta - Rt 2.8,9: Provisão divina e cuidado em meio à crise
Sábado - Rt 4.13: A bênção do casamento em meio à crise

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Rute 1.1-14
1 - E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; pelo que um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele, e sua mulher, e seus dois filhos.
2 - E era o nome deste homem Elimeleque, e o nome de sua mulher, Noemi, e os nomes de seus dois filhos, Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e vieram aos campos de Moabe e ficaram ali.
3 - E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos,
4 - os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos.
5 - E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim esta mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.
6 - Então, se levantou ela com as suas noras e voltou dos campos de Moabe, porquanto, na terra de Moabe, ouviu que o SENHOR tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão.
7 - Pelo que saiu do lugar onde estivera, e as suas duas noras, com ela. E, indo elas caminhando, para voltarem para a terra de Judá,
8 - disse Noemi às suas duas noras: Ide, voltai cada uma à casa de sua mãe; e o SENHOR use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo.
9 - O SENHOR vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a sua voz, e choraram,
10 - e disseram-lhe: Certamente, voltaremos contigo ao teu povo.
11 - Porém Noemi disse: Tornai, minhas filhas, por que iríeis comigo? Tenho eu ainda no meu ventre mais filhos, para que vos fossem por maridos?
12 - Tornai, filhas minhas, ide-vos embora, que já mui velha sou para ter marido; ainda quando eu dissesse: Tenho esperança, ou ainda que esta noite tivesse marido, e ainda tivesse filhos,
13 - esperá-los-íeis até que viessem a ser grandes? Deter-vos-íeis por eles, sem tomardes marido? Não, filhas minhas, que mais amargo é a mim do que a vós mesmas; porquanto a mão do SENHOR se descarregou contra mim.
14 - Então, levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra; porém Rute se apegou a ela.
OBJETIVO GERAL
Ressaltar que Deus abençoa o trabalho, a fé e a persistência da família que o serve.
HINOS SUGERIDOS: 58, 83, 400 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.      Apontar a crise econômica pela qual Belém estava passando;
II.     Mostrar  como Noemi e Rute superaram as crises;
III.    Enfatizar que a fé e o trabalho nos ajudam a superar as crises.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
A família de Elimeleque teve que deixar Belém devido a uma grave crise econômica. Era tempo de escassez. A crise era resultado da desobediência dos israelitas para com o Senhor no tempo dos juízes. Um tempo difícil, onde cada um fazia aquilo que parecia ser bom aos seus próprios olhos. A falta de temor e observância da lei trouxe sérios prejuízos espirituais e financeiros para Israel. A família de Elimeleque muda-se para Moabe na esperança de ter dias melhores. Mas, ali Elimeque morre e é enterrado. Seus dois filhos também vieram a falecer em Moabe. Noemi, a esposa de Elimeleque teve que enfrentar a perda do marido e dos filhos. Mas crises ainda piores estavam por vir. Todavia, Deus lhe concedeu um escape; uma nora que a amou e a acolheu em tempos de amargura. Noemi e Rute voltam para Belém, trabalham, mantém a fé em Deus e são grandemente abençoadas. Todos nós enfrentamos momentos de dor e aflição. Mas a nossa fé nos faz avançar, trabalhar e ver o impossível sendo realizado. Diante das adversidades, não desanime, não pare.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a história de uma família que enfrentou a crise da fome, do luto e da desesperança. É a história de três viúvas: Noemi, Orfa e Rute. Elas enfrentaram momentos terríveis. Porém, duas delas não se deixaram abater pelas dificuldades. Com fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança, venceram dificuldades. É uma história de trabalho, provisão e resgate.
PONTO CENTRAL
Deus trabalha em favor da família.

I - A CRISE ECONÔMICA
1. Fome na "casa do pão".  
Belém de Judá estava enfrentando uma terrível crise econômica. A fome tomou uma proporção gigantesca, obrigando as pessoas a deixarem a região. A escassez era resultado do mau governo dos últimos juízes de Israel. Estes haviam abandonado ao Senhor. Belém, que significa "casa de pão",  estava com fome. A cidade deixou de ser um celeiro de grãos para ser um lugar de escassez. Neste caso, a fome era resultado da disciplina divina (Lv 26.18-20). Israel afastou-se da comunhão com Deus, adorando ídolos pagãos. Nem todos agiam de modo pecaminoso, mas a disciplina era para todos.

2. A crise alcança uma família (Rt 1.1,2). 
Elimeleque, Noemi e seus filhos, Malom e Quiliom são atingidos pela crise. A escassez obrigou Elimeleque a deixar, juntamente com a família, a sua terra. Naquele momento de crise, eles fizeram o que parecia ser o melhor para toda a família, ou seja, seguiram para Moabe. Ao chegarem a Moabe, ao invés de encontrar pão, encontraram a doença e a morte. Elimeleque e seus dois filhos morreram em Moabe. Noemi ficou sozinha com suas duas noras. Naquele tempo não havia previdência social. As viúvas eram sustentadas pelos filhos, em especial o primogênito. Logo, perder o marido e os filhos era uma situação terrível.

3. Três viúvas. 
Essas mulheres, desprotegidas, sofreram enormes dificuldades para sobreviver. Mas Deus não abandona seus filhos nem os desampara. O Senhor já tinha um plano de redenção e bênção preparado para Noemi e Rute. Em momentos de crises, muitas vezes achamos que Deus está silencioso e distante. Parece não haver saída, mas Ele está trabalhando em nosso favor. Por isso, não tenha medo. Deus não vai desamparar você.

SÍNTESE DO TÓPICO I
A crise econômica em Belém fez Elimeleque e sua família buscarem melhores condições de vida em Moabe.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias, havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra.
Embora Noemi fosse uma fiel seguidora do Senhor, experimentou grande adversidade. 
(1) Ela e  a sua família sofreram os efeitos  da fome, e tiveram que  abandonar sua própria casa. Além disso, ela perdeu seu marido e seus dois filhos. Parecia que o Senhor a abandonara e até mesmo se voltara contra ela. 

(2) A história de Rute, no entanto, revela que Deus continuava cuidando dela, inclusive agindo através de terceiros, para socorrê-la em suas necessidades. Como no caso de Noemi, o crente fiel  e leal a Cristo pode experimentar grandes adversidades na sua vida. Tal fato não significa que Deus o abandonou ou que está castigando. As Escrituras frisam, repetidas vezes, que Deus continua, com todo o amor, a fazer todas as coisas cooperarem para o nosso bem em tempos de aflição" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 422).

CONHEÇA MAIS
Nos dias dos juízes
A história de Rute desenrola-se durante o período dos juízes. Ela revela que durante a deplorável apostasia moral e espiritual daqueles dias, havia um remanescente fiel que continuava a amar e obedecer a Deus. O livro salienta o fato de que Deus opera na vida daqueles que permanecem fiéis a Ele e à sua Palavra." Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.422.

II - SUPERANDO AS CRISES
1. Noemi enfrenta a crise. 
Noemi tornou-se uma mulher amarga, triste e sem esperança. Parecia não existir solução para a crise que estava vivendo. As dificuldades podem embaçar a nossa visão e tirar toda a nossa expectativa. Se você está enfrentando uma situação que não parece ter solução, não se desespere. Tenha fé no Deus de toda a provisão. Noemi foi dominada pela amargura e dor. Seus sentimentos tornaram-se amargos. Ela não esperava mais nada da vida, senão a morte.

2. O retorno para sua terra. 
Noemi tomou a decisão de retornar para Belém,  a sua terra natal. Porém, antes ela decidiu liberar suas noras, Orfa e Rute, para que voltassem às suas famílias. Orfa aceitou a liberação de sua sogra e retornou para sua família.  Mas Rute não quis abandonar a sogra. Talvez, Noemi estivesse pensando que Deus a estava castigando com todos aqueles sofrimentos. Ela não podia imaginar o plano de Deus em todas aquelas adversidades. Aprendemos com a Palavra de Deus que [...]"todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus [...]" (Rm 8.28).

3. Rute e o Deus de Israel. 
Rute declarou: "[...] O teu Deus é o meu Deus"(Rt 1.16). Sua sogra, embora atravessando um momento difícil, deu um excelente testemunho. A convivência com Noemi levou Rute a ter uma experiência pessoal com Deus. Rute se apegou à sua sogra. Tal gesto de amor e generosidade nos mostra que é possível o bom relacionamento entre noras e sogras.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Noemi e Rute com fé e trabalho superaram as crises.

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO
A declaração de Rute (1.16,17)
A famosa expressão de compromisso de Rute à sua sogra não somente demonstra lealdade a uma amiga, mas também esclarece um aspecto teológico. Rute disse 'seu povo será o meu povo' antes de dizer 'e seu Deus será o meu Deus'. Nos tempos do Antigo Testamento, Deus tinha um relacionamento de aliança somente com Israel. Ao identificar-se com o povo da aliança, Rute qualificou-se ao proclamar o Deus de Israel.
Em lugar de fazer Noemi feliz, os envolvimentos familiares e velhos amigos tornaram a aflição de Noemi mais intensa. Podemos entender porquê. Voltar para casa depois da morte de um ente querido é igualmente fazer-nos sentir nossa perda. Nosso lar parece vazio, o silêncio é escurecedor. De repente somos esmagados pela aflição, pela ausência. Nossos queridos é que fazem de nossa casa o 'lar'. Aos olhos de Noemi, que deixara Belém com um marido e dois filhos, o retorno trouxe-lhe à consciência a brutal extensão de sua perda" (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 175).

III - FÉ E TRABALHO
1. Noemi e Rute chegam à terra do pão. 
A chegada de duas mulheres viúvas à cidade deve ter chamado a atenção das pessoas, especialmente daquelas que haviam conhecido Noemi antes de sua partida. Noemi agora se encontrava com a alma amargurada.  Por isso, pede para ser chamada não mais de Noemi, que significa "agradável", mas "Mara", isto é, "amarga". Noemi retornou à sua cidade sem marido, sem filhos e sem bens. Ela acreditava que todo aquele sofrimento vinha de Deus, como uma forma de punição (Rt 1.21).

2. Rute ajuda Noemi. 
Elas chegaram a Belém no "principio da sega das cevadas" (Rt 1.22), ou seja, quando a colheita estava começando. Se em Moabe a situação era precária, agora em Belém, havia esperança, pois havia trabalho na colheita da cevada. Vencemos as crises com a ajuda de Deus e com muito trabalho. O trabalho é bênção de Deus, pois é do nosso salário que tiramos a provisão para nossas famílias.

3. Rute trabalha apanhando espigas. 
Rute vai para um campo de cevada que pertencia a um parente de Elimeleque. Ali, ajunta as espigas que os segadores deixavam para trás. Essa prática era permitida pela Lei Mosaica para ajudar os necessitados (Dt 24.19-21). 
Nosso país vive um momento de crise econômica, e a falta de emprego é uma realidade que tem atingido milhões de pessoas. Muitos que perderam seus empregos buscam qualquer serviço que lhes dê condições de sobrevivência. Siga o exemplo de Rute, não fique de braços cruzados.  Ela trabalhou todo o dia no campo até ajuntar cevada suficiente para si e sua sogra. Sua diligência no trabalho chamou a atenção do dono do campo, Boaz. O trabalho dignifica o trabalhador, e Rute demonstrou sua lealdade e beneficência para com sua sogra.
Ao dispor-se a trabalhar no campo, Rute descobriu que Boaz era parente de Elimeleque e, por lei ele poderia se casar com ela e redimi-la. Boaz fez tudo conforme orientava a lei. Ele é um tipo de Cristo, o nosso Redentor, que sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas (2 Co 8.9). Boaz casa com Rute e ela dá à luz a um filho, o qual recebeu o nome de Obede. Mais tarde Obede se tornou o avô de Davi. Deus honrou a decisão, a atitude e o trabalho de Rute.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Fé em Deus e trabalho são fundamentais para vencer as crises.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Uma reputação merecida
Em uma pequena comunidade, a história de Rute e Noemi seria de domínio público, o alvo das atenções. Agora, os eventos mostravam Rute trabalhando arduamente (Rt 2.7): reverenciosa (Rt 2.10), recatada, bem-agraciada (Rt 2.13). A reputação que construímos abre, ou fecha, portas para a oportunidade.
A declaração de Boaz abençoando Rute pode ser considerada uma oração (Rt 2.12). 'Recompensa' aqui é maskoret, uma palavra com sentido de 'salários'. Boaz credita a Rute o melhor, por sua piedade e escolha do Deus de Israel, e está convencido de que um Deus justo providenciar-lhe-á a justa recompensa. Disse tudo isso saber que seria ele próprio o instrumento para esta resposta. Deus, frequentemente, usa como seu agente aquele que ora para responder tal oração" (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 176).

CONCLUSÃO
Rute teve algumas perdas em sua vida; perdeu o sogro, o cunhado e o marido. Além dessas perdas, teve que cuidar de uma sogra triste e desamparada. Mas o Deus da provisão não desamparou Rute nem Noemi. Temos um Deus que nos ajuda e abençoa-nos com o trabalho e a sua provisão. Confie!

PARA REFLETIR
A respeito de Rute, Deus trabalha pela família, responda:
· A escassez em Belém era resultado de quê?
A escassez era resultado do mau governo dos últimos juízes de Israel. Estes haviam abandonado ao Senhor.
· Para onde Elimeleque e sua família foram para escapar da fome?
Eles foram para Moabe.
· No tempo de Noemi quem deveria sustentar uma viúva?
Os filhos e parentes mais próximos.
· Qual o significado dos nomes Noemi e Mara?
Noemi significa agradável, mas Mara, amarga.
·  Boaz é um tipo de quem?
Boaz é um tipo de Cristo, o nosso Redentor que sendo rico se fez pobre para nos fazer herdeiros das suas riquezas (2 Co 8.9).

2 de novembro de 2016

Lição 6 - Deus: O Nosso Provedor


TEXTO ÁUREO 
"E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser." (Gn 26.2)
VERDADE PRÁTICA

Em tempos de crises financeiras não se volte às coisas deste mundo, mas busque a suficiência do Pai Celeste.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 26.3,4: A promessa de Deus em meio à crise
Terça - Gn 26.5: Obedecendo a voz de Deus e os seus preceitos em meio à crise
Quarta - Gn 26.19: Encontrando águas vivas em meio à crise
Quinta - Gn 26.21: Cavando poços em meio à crise
Sexta - Gn 26.22: A bênção do Senhor em meio à crise
Sábado - Gn 26.24: Em meio à crise não temas, confie em Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 26.1-6
1 - E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso, foi-se Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar.
2 - E apareceu-lhe o SENHOR e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;
3 - peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e à tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai.
4 - E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra,
5 - porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis.
6 - Assim, habitou Isaque em Gerar.

OBJETIVO GERAL
Ressaltar  a suficiência divina em tempos de crise
HINOS SUGERIDOS: 52, 385, 427 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.      Apontar o porquê de Isaque ter descido ao Egito;
II.     Ressaltar  a crise que Isaque teve que enfrentar com seus vizinhos;
III.    Explicar porque é preciso "cavar poços" em tempos de crise.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da ida de Isaque para o Egito e as crises que o filho da promessa teve que enfrentar ali. Deus tinha feito uma promessa a Abraão e seus descendentes, mas isso, não significava que eles não enfrentariam obstáculos e crises. Isaque também teve que enfrentar a tensão da esterilidade de sua esposa. 

Enfrentou a crise da falta de alimentos e de água; além de vizinhos invejosos e perversos. Mesmo enfrentando problemas com seus vizinhos, Isaque não deixou de trabalhar, de investir e crer na provisão divina. Seus inimigos, por diversas vezes entulharam seus poços, mas ele continuou crendo. A fé fez com que ele cavasse vários poços.  Em tudo Isaque pode ver a suficiência divina. Se você está atravessando uma crise, seja ela financeira, familiar, ministerial ou espiritual; não desista! Continue "cavando seus poços"; trabalhando e crendo.  Pois você também verá a provisão de Deus.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos, que assim como no tempo de Abraão, a terra estava enfrentando novamente um período de escassez. Então Isaque, o filho da promessa, foi buscar pastagem no território de Abimeleque, perto da fronteira com o Egito. Porém, Deus apareceu ao seu servo e disse-lhe que não deveria descer ao Egito. O Senhor também renovou-lhe as promessas dadas a Abraão. Canaã deveria ser a casa de Isaque e não o Egito. Canaã celestial é a nossa casa, estamos indo para lá. Por isso não se deixe seduzir pelas riquezas deste mundo.

PONTO CENTRAL
Em meio às crises o crente pode ver a suficiência divina.

I - ISAQUE VAI PARA GERAR POR CAUSA DA FOME
1. A intenção de Isaque. 
A decisão de descer ao Egito parecia ser a melhor opção. Em tempos de fome e escassez, as pessoas tendem a tomar decisões que envolvem mudança. Querem mudar de localidade, de país, de emprego, tentando escapar da crise. Não existe nada de errado em querer mudar e livrar-se das dificuldades. Porém, toda mudança deve ser feita com a orientação de Deus. Nunca tome decisões sem antes orar e consultar ao Senhor. Ouça a voz do Pai Celeste. Temos um Deus que fala e que tem prazer em nos orientar. Ele não nos quer andando de um lado para o outro sem direção.
2. Promessas em tempos de crises. 
Havia fome na terra. A crise estava instalada, mas os céus não estavam e não estarão jamais em crise. O Senhor apareceu a Isaque e  renovou-lhe as promessas que haviam sido feitas ao seu pai. Mesmo em tempos de escassez, o filho da promessa ouve a voz de Deus que lhe assegura: "Serei contigo e te abençoarei" (Gn 26.3). O Deus de Isaque é o nosso Deus. Ele não mudou e também deseja abençoar sua vida. Não importa se um país está em meio a uma crise política e econômica. Para Deus não existem impossíveis. 

3. A obediência de Isaque. 
Assim como seu pai, Isaque era obediente. Se Deus estava dizendo que não era para descer ao Egito, ele obedeceu. A obediência a Deus nos faz prosperar, mesmo em tempos de crises. As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21). Se você deseja contar com a provisão divina até chegar à Canaã Celestial, seja obediente. Não se importe com o que as pessoas dizem a seu respeito; obedeça a Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Fugindo da fome, Isaque tenciona descer ao Egito, acreditando que essa era a saída para a crise, contudo não era. Fugindo da fome, Isaque tenciona descer ao Egito, acreditando que essa era a saída para a crise, contudo não era.

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO
O concerto de Deus com Isaque
Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão' (Gn 17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai a Abraão; ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: 'Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente' (Gn 26.24). Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos. 

Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse. Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face. Isaque tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: [...] confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai' (Gn 26.3)" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.73).
CONHEÇA MAIS
Fome
Uma condição de extrema escassez de comida. A história bíblica menciona vários casos de fome durante os dias de Abraão (Gn 12.10), Isaque (Gn 26.1), José (Gn 41.56,57), Elimeleque e Noemi (Rt 1.1), Davi (2 Sm 21.1), Elias (1 Rs 18.2), Eliseu (2 Rs 6.25) e do cerco final de Jerusalém (2 Rs 25.3). Em seu sermão do monte das Oliveiras, o Senhor Jesus predisse que haverá fome durante o período de tribulação no final dos tempos (Mt 24.7), e o Apocalipse faz alusão à fome que virá sobre a Grande Babilônia (Ap 18.8)." Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe CPAD, p.815
II - CRISE COM OS VIZINHOS
1. Crise em Gerar. 
Depois de ouvir a voz de Deus dizendo-lhe para não descer ao Egito, Isaque se estabeleceu em Gerar. Os homens daquele lugar se encantaram com a beleza de Rebeca (Gn 26.7), e perguntaram a Isaque quem era ela. Com medo de ser morto, Isaque disse que ela era sua irmã (Gn 26.7). A atitude de Isaque foi semelhante à de seu pai (Gn 12.13).  Parece que a confiança que Isaque tinha em Deus falhou nesse momento. Isso nos mostra que somos humanos, imperfeitos. Estamos sujeitos a errar nos momentos de crises. Isaque errou. Abimeleque  mostrou a Isaque o perigo que ele havia corrido, pois qualquer um daquele lugar poderia ter tomado Rebeca como mulher, cometendo um grande delito.

2. Isaque semeou em Gerar. 
Isaque semeou em sua terra até mesmo em tempos de fome, tendo que lidar com a inveja de seus vizinhos (Gn 26.12).  Semear envolve esforço, fé, e Isaque fez sua parte. Muitos querem prosperar, mas não querem semear no Reino de Deus. Pessoas que já não dão seus dízimos nem suas ofertas, mas querem colher. Mesmo em tempos de crise econômica, não deixe de semear, pois ao seu tempo você colherá. Deus abençoou as sementes de Isaque e a colheita foi farta (Gn 26.12).

3. A inveja dos vizinhos. 
Os filisteus, ao verem a prosperidade de Isaque, o invejaram. Muitas pessoas não suportam ver a prosperidade alheia. A Palavra de Deus nos ensina que a inveja é a podridão dos ossos: "O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos" (Pv 14.30). O crente não pode se deixa levar pela inveja e pela maldade. Isaque teve de lidar com a  maldade e a inveja de seus vizinhos. Mas, em meio ao ódio e a inveja, ele sempre demonstrou uma atitude correta. Não queira vingar-se dos invejosos. Coloque tudo diante do Senhor e aja como um servo do Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Isaque teve que enfrentar uma crise com seus vizinhos

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Deus manteve sua promessa de abençoar Isaque. Os vizinhos filisteus ficaram enciumados porque tudo que Isaque fazia parecia dar certo, e assim tentaram livrar-se dele. A inveja é uma força divisória, potente o suficiente para despedaçar a mais poderosa nação ou os amigos mais íntimos.

A desolada área de Gerar estava localizada na extremidade de um deserto. A água era tão preciosa quanto o ouro. Se  alguém cavasse um poço, estava reivindicando aquela terra. Alguns poços possuíam trancas para que os ladrões não roubassem água. Encher o poço de água com sujeira era um ato de guerra, e também considerado um dos crimes mais sérios que poderiam existir. Isaque tinha razão em revidar quando os filisteus arruinaram seus poços, mas ele escolheu manter a paz. Ao final, os filisteus o respeitaram por sua paciência" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 26).

III - CAVANDO POÇOS EM TEMPOS DE CRISE
1. Isaque usa os poços de Abraão. 
A água nessa região era escassa, por isso, tinha um grande valor, pois era essencial para a agricultura, para o rebanho e para as famílias. Ter um poço d'água era como ter um poço de petróleo ou uma mina de ouro. Isaque, a princípio, utiliza os poços que foram cavados por seu pai e que os filisteus haviam tapado (Gn 26.18). Logo os pastores daquela região contenderam com os pastores de Isaque, reivindicando aquelas águas. 

2. O poço de Eseque. 
Isaque não se intimida com a oposição de seus vizinhos, e cava outro poço. Porém, mais uma vez os pastores de Gerar contendem, dizendo que a água era deles. Isaque dá ao poço o nome de Eseque, que significa contenda.  Isaque não queria contender com os homens de Gerar. Suas atitudes demonstram seu temperamento manso. Mansidão é uma das qualidades do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Contudo, ser manso não é ser covarde ou passivo.  Ser manso é ser controlado, guiado pelo Espírito Santo.

3. O poço de Sitna. 
Isaque não desiste dos seus poços. Ele cava outro poço e mais uma vez é bem-sucedido, pois Deus o estava abençoando. Quando o Senhor está conosco e decide nos abençoar, ninguém pode nos impedir. Os vizinhos de Isaque mais uma vez reivindicam aquelas águas. Então o poço foi chamado de Sitna, inimizade. A inveja gera contenda e inimizades. A Palavra de Deus nos exorta a evitar as contendas: "E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor" (2 Tm 2.24).
Abimeleque deve ter ficado impressionado com as atitudes de Isaque e com sua força e prosperidade. Ele foi até Isaque com mais dois amigos, Ausate e Ficol, e publicamente reconhece que Deus estava com Isaque (Gn 26.26-28). Isaque, diplomaticamente, prepara um banquete para aqueles homens, selando assim um acordo de paz.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Mesmo enfrentando crises, Isaque continuou cavando seus poços.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Por três vezes Isaque e seus homens cavaram novos poços. Quando as duas primeiras disputas surgiram, Isaque partiu. Finalmente, houve espaço suficiente para todos. Ao invés de dar início a um grande conflito, Isaque comprometeu-se com  a paz. Você estaria disposto a abandonar uma importante posição ou possessão valiosa para manter a paz? Peça a Deus sabedoria para saber quando se retirar e quando ficar e lutar.
Com seus inimigos tentando fazer um tratado de paz, Isaque foi rápido em responder, tomando a oportunidade uma celebração" (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p.27).

CONCLUSÃO
Isaque é um exemplo de homem obediente a Deus, humilde, gentil e manso. Não ter ido para o Egito foi um ato de obediência e fé. Ele mostrou confiar na provisão divina, mesmo em tempos de escassez. Isaque confiou em Deus, fez a sua parte, semeou a terra, cavou poços e experimentou a bênção e o milagre em sua vida.

PARA REFLETIR
A respeito de Deus, nosso provedor, responda:
1. Para fugir da fome para onde Isaque pretendia ir?
Ele pretendia descer ao Egito.
2. Segundo a lição, as escolhas erradas e a desobediência geram o que?
As escolhas erradas e a desobediência geram maldição (Dt 29.21).
3. O que Isaque fez com medo dos habitantes de Gerar?
Ele mentiu dizendo que Rebeca era sua irmã.
4. O que envolve o semear?
Semear envolve esforço e fé. 
5. Cite o nome de dois poços de Isaque e o seu significado. 
Eseque (significa contenda) e Sitna (inimizade).

Fonte: Lições Bíblicas adultos – CPAD / Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br/

Lição 5 - As Consequências das Escolhas Precipitadas


30 de outubro de 2016 
TEXTO ÁUREO
"O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura." (Pv 14.29)
VERDADE PRÁTICA

Não sejamos precipitados em nossas escolhas, pois a precipitação gera crises e erros irreparáveis.
SUBSÍDIO DA LIÇÃO DA SEMANA 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 29.20: A precipitação é loucura e gera crise
Terça - Gn 13.10: A escolha precipitada de Ló leva à crise
Quarta - Gn 14.16: A escolha precipitada de Ló e o seu resgate
Quinta - Jó 12.13: Os conselhos de Deus nos livram das crises
Sexta - Sl 1.1-3: Meditar nos conselhos de Deus nos faz prosperar
Sábado - Pv 16.1: A resposta certa vem de Deus e nos livra das crises
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 13. 7-18
7 - E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló; e os cananeus e os ferezeus habitavam, então, na terra.
8 - E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos.
9 - Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda.
10 - E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem-regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar.
11 - Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu Ló para o Oriente; e apartaram-se um do outro.
12 - Habitou Abrão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma.
13 - Ora, eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o SENHOR.
14 - E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente;
15 - porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre.
16 - E farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada.
17 - Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei.
18 - E Abrão armou as suas tendas, e veio, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao SENHOR.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que as escolhas precipitadas podem gerar crises em nossa vida.

HINOS SUGERIDOS: 136, 151, 440 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.      Especificar que é necessário ter cuidado com as escolhas;
II.     Compreender que Ló foi traído por aquilo que viu;
III.    Explicar porque Ló é um exemplo de prosperidade e perdas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Você pede a orientação de Deus antes de tomar suas decisões e fazer suas escolhas? Então não terá dificuldade em trabalhar com seus alunos o tema da lição.
Uma escolha errada pode trazer prejuízos irreparáveis para a nossa vida. Ló, sobrinho de Abraão, é um exemplo bíblico dessa verdade. Ao se separar de seu tio ele escolheu um caminho que a seus olhos parecia ser o melhor. Ele não perguntou a vontade de Deus e não honrou Abraão, o chefe do clã, ao escolher primeiro as suas terras. Ló foi precipitado e seduzido pelo seu olhar. Não aja sem pensar e acima de tudo sem oração, pois Deus conhece todas as coisas. Ele sabe aquilo que é melhor.
Aproveite o tema da lição para ressaltar que as escolhas erradas podem trazer crises econômicas, espirituais e em diferentes áreas da nossa vida.

INTRODUÇÃO
Deus chamou Abraão enquanto ele vivia em Ur dos Caldeus. O Senhor prometeu ao patriarca que sua descendência seria grande. Abraão pela fé partiu rumo à terra Prometida. Talvez ele devesse partir sozinho, mas levou seu pai e o seu sobrinho, Ló. Estes o acompanharam levando mulheres, filhos, servos, servas, gado e tudo quanto podiam carregar. Durante um bom tempo, Abraão e Ló caminharam juntos e unidos. Porém, as confusões e as brigas começaram a surgir entre os servos de Abraão e Ló. Na lição de  hoje, veremos a discussão que levou Abraão a se separar do seu sobrinho Ló. Veremos também que o sobrinho de Abraão, Ló, em um gesto precipitado, tomou uma decisão que acabou por gerar uma crise terrível. 

PONTO CENTRAL
A crise pode ser uma consequência das escolhas erradas que fazemos.

I - O CUIDADO COM AS ESCOLHAS
1. A prosperidade de Abraão.
Deus fez de Abraão um homem próspero. Sua riqueza era resultado da sua obediência e confiança em Deus. Se Abraão não tivesse deixado Ur, obedecendo à voz divina, certamente não teria experimentado a provisão e a prosperidade do Senhor. A obediência a Deus nos faz prosperar. É importante ressaltar que o servo do Senhor não era um viajante solitário. Ele era o líder de um grande clã. Possuía muitos recursos e servos e servas. 

2. Abraão fez a escolha certa. 
Abraão deixou sua terra e sua parentela porque decidiu obedecer ao chamado de Deus. Embora não tivesse noção de para onde iria, decidiu confiar em Deus. Muitos estão enfrentando crises porque tomaram decisões sem consultar ao Senhor. 

Outros estão enfrentando dificuldades financeiras e familiares por desobediência a Deus. Contudo, é importante ressaltar que nem sempre as crises que enfrentamos são resultados da desobediência ou de escolhas precipitadas. Jó era um homem íntegro, obediente, porém experimentou terríveis crises em sua vida (Jó 1.1). Ele perdeu seus bens, seus filhos, sua saúde. Suas crises não foram resultado de decisões precipitadas.

3. Abraão passa pelo Egito. 
Abraão também enfrentou algumas crises em sua vida. Porém, manteve sua fé em Deus. Ele não permitiu que as adversidades da vida matassem a semente da promessa que havia sido plantada em seu coração. Na vida, enfrentamos adversidades, contudo a nossa fé nos faz ter esperança e vencer os obstáculos. Abraão teve que descer ao Egito devido à fome, mas depois retornou com muitos bens (Gn 13.2). 

O Senhor fez Abraão prosperar mesmo estando no Egito. Ele ainda não estava na terra da promessa. Isso nos mostra que não importa o lugar em que estamos, o Senhor nos faz prosperar. A nossa prosperidade vem do Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Precisamos ter cuidado com as escolhas que fazemos.

SUBSÍDIO  BÍBLICO TEOLÓGICO
Professor, procure enfatizar neste tópico que "Deus disse a Abraão que deixasse a sua parentela e fosse para Canaã (Gn 12.1), mas o patriarca levou consigo seu sobrinho Ló. Entretanto, a separação de Ló foi necessária para assegurar as bênçãos materiais e espirituais prometidas por Deus a Abraão. Seus rebanhos cresceram bastante. Com isso, compartilhar pasto e água passou a gerar conflitos familiares. Logo fez-se necessária a separação entre tio e  sobrinho. Deus convida Abraão a peregrinar por toda a terra e declara: 'toda esta terra que vês te hei de  dar a ti e à tua semente, para sempre' (Gn 13.14-18)" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 34).

CONHEÇA MAIS
Sodoma, região escolhida por Ló
A tradição localiza Sodoma na extremidade sul do Mar Morto. A desolação e a esterilidade dessa região fornecem um testemunho do julgamento pelo 'fogo e enxofre' sofrido por este local. Evidências geológicas nessa região de formações de sal, asfalto, enxofre e petróleo confirmam o registro bíblico. A parte oeste da região está dentro das fronteiras da moderna Israel. A cidade de Sidom funciona como um resort de saúde e um campo de repouso. Uma montanha peculiar quase exclusivamente de puro sal identifica Sodoma, e os guias locais referem-se a ela como 'a mulher de Ló'."Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1846.

II - LÓ É ATRAÍDO POR AQUILO QUE VÊ
1. Briga entre os pastores de Abraão e Ló. 
Ao deixar o Egito, Abraão seguiu com sua família para o norte. Ele acampou próximo a Betel e ali encontrou o altar que havia construído para o Senhor (Gn 13.3,4).
Naquele lugar, Abraão invocou o nome do Altíssimo, pois era um homem grato a Deus. A ingratidão nos impede de ver as maravilhas de Deus. Tanto Abraão como Ló haviam prosperado, possuindo servos, ovelhas e gado. Mas aquela prosperidade gerou uma crise entre o tio e o sobrinho, pois não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais, e em pouco tempo, os pastores de Abraão e Ló começaram a brigar. A contenda estava instalada na família, e era preciso tomar uma decisão.

2. A decisão de Abraão. 
O patriarca logo tentou resolver a situação conflituosa. Ele não adiou o problema, mas chamou seu sobrinho para uma conversa. Abraão mostrou querer uma solução pacífica para a situação ao sugerir que cada um deveria escolher o próprio caminho.

3. A escolha precipitada de Ló. 
Abraão, em um gesto de bondade e mansidão, fez a seguinte proposta ao sobrinho: "Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda" (Gn 13.9). Parece que Ló não pensou muito. De forma precipitada, fez a sua escolha optando por aquilo que parecia ser melhor aos seus olhos (Gn 13.10). Ele não buscou a Deus para tomar a decisão. Também não honrou seu tio deixando que ele escolhesse primeiro. 
Ló foi seduzido pela aparência do lugar. Essa história nos deve servir de exemplo: Não tome decisões ou faça escolhas sem consultar ao Senhor. Não julgue as pessoas pela aparência. Parecia que Ló havia ficado com a melhor parte, mas ele não podia ver o coração perverso dos habitantes daquele lugar. O homem vê somente o exterior, mas Deus conhece o interior das pessoas.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Não seja atraído somente por aquilo que você vê.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abraão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse do círculo da família de Abraão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.

Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes seria visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pontilhados de muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do Senhor e a terra do Egito, foram as únicas expressões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa da Palestina.

Neste ponto, Ló não sabia do destino que se abateria sobre a terra que ele acabara de adotar. Mas a história recebe um clima de suspense com a observação de que Sodoma e Gomorra seriam destruídas. Sodoma é mencionada como cidade prejudicial à moral, pois eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1.Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 59,70).

III - LÓ, UM CASO DE PROSPERIDADE E PERDAS
1. Ló e suas riquezas. 
Ló também foi abençoado e se tornou um homem próspero. Certamente possuía muitos servos, servas e um grande rebanho. A separação entre Ló e Abraão era algo inevitável, porém a forma como se deu não foi das melhores. Tudo indica que Ló ficou deslumbrado com a fertilidade da terra, tomando uma decisão precipitada e não honrando seu tio. Não se deixe enganar pela beleza das coisas desse mundo passageiro. Não abra mão daquilo que é eterno.

2. A guerra dos reis. 
A terra que Ló havia escolhido era boa, mas seus vizinhos não eram. Não demorou muito e Ló teve que enfrentar uma grande crise, uma guerra. Decisões precipitadas podem nos fazer viver tempos conturbados. Quatro reis decidiram atacar Sodoma e Gomorra (Gn 14.8). Ló foi levado cativo e todos os seus bens e alimentos foram tomados como espólio de guerra. Ele agora era um prisioneiro e todos os seus bens foram perdidos.

3. Abraão socorre Ló. 
Quando a notícia de que Ló estava cativo chegou até Abraão, ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho. Abraão poderia ter se negado a ajudar Ló, pois ele mesmo tinha escolhido aquelas terras. Mas o amigo de Deus não tinha um coração rancoroso, vingativo. Ele reuniu seus criados, formando um pequeno exército, perseguiu o inimigo, o alcançou e o derrotou, libertando seu sobrinho e recuperando os seus bens. Tudo que pertencia a Ló foi recuperado (Gn 14.16). Embora Ló tivesse tomado uma decisão errada, o Senhor não permitiu que seus bens e sua família ficassem na mão do inimigo.

Mais tarde, a cidade de Sodoma foi destruída pelo fogo do julgamento divino, e Ló perdeu o que tinha.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Ló é um exemplo, para os crentes, de prosperidade e perdas.

SUBSÍDIO BÍBLICO TEOLÓGICO
Levantou Ló os seus olhos (Gn 13.10)
As Escrituras declaram que 'o SENHOR não vê como vê o homem' (1 Sm 16.7). Ló viu somente a campina bem regada de Sodoma. Deus viu os habitantes daquela cidade como 'grandes pecadores' que eram. Ló, ao deixar de discernir e aborrecer o mal, trouxe morte e tragédia a sua própria família.

A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma. 

(1) Se ele tivesse amado profundamente a retidão, isso o manteria separado dos maus caminhos e daquela geração ímpia. Ele, porém, tolerou o mal e optou por morar na cidade decaída de Sodoma. Talvez tenha raciocinado que as vantagens materiais, a cultura e  os prazeres de Sodoma compensariam os perigos, e que ele tinha forças espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isso em mente, ele juntamente com sua família, ficaram expostos à imoralidade e à impiedade de Sodoma. Só, então, ele aprendeu a amarga lição de que sua família não era forte o suficiente para resistir às influências malignas de Sodoma. 
(2) Os pais de família devem tomar cuidado para não se envolverem de igual modo, nem a seus filhos, com nenhuma 'Sodoma', para  não se arruinarem espiritualmente, como aconteceu à família de Ló" (Bíblia de Estudo Pentecostal.  Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.52).

CONCLUSÃO
Escolhas precipitadas, feitas somente pela aparência, podem causar muitos males. Antes de tomar qualquer decisão, ore ao Senhor. Peça o seu conselho, pois Ele conhece o coração do homem e sabe aquilo que é realmente melhor para nós.
PARA REFLETIR
A respeito das consequências das escolhas precipitadas, responda:
1. A prosperidade de Abraão era resultado de quê?
De sua riqueza, obediência e confiança em Deus.
2. Por que Abraão teve que descer ao Egito?
Devido a uma grave crise de alimentos.
3. Por que Abraão e Ló tiveram que se separar?
Porque não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais.
4. Ló foi sábio em sua escolha ou ele foi precipitado?
Ló foi precipitado em sua escolha. Ele não honrou o seu tio como patriarca e não consultou ao Senhor.
5. O que Abraão fez quando soube que Ló havia sido capturado e levado cativo?
Ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho.


Fonte: Lições Bíblicas adultos – CPAD / Divulgação: http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br/