29 de setembro de 2016

LIÇÃO 1 - A SOBREVIVÊNCIA EM TEMPOS DE CRISE

LIÇÃO 1 - A SOBREVIVÊNCIA EM TEMPOS DE CRISE


TEXTO ÁUREO
"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (Jo 16.33)
VERDADE PRÁTICA:
As crises podem ser superadas com sabedoria, fé e com a ajuda de Deus.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda - Hc 1.1,2: O questionamento e o silêncio de Deus em meio à crise
Terça - Hc 1.3,4: Um profeta entristecido em meio à crise de violência e corrupção
Quarta - Hc 2.2: A resposta de Deus em meio à crise
Quinta- Hc 1.13: Deus usa o ímpio, em meio à crise, como  instrumento de correção
Sexta - Hc 3.17,18: A fé na provisão de Deus em tempos de crise
Sábado - Hc 3.19: Deus é a nossa força em tempos de crise
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Habacuque 1.1-17
1 - O peso que viu o profeta Habacuque.
2 - Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?
3 - Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.
4 - Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai o juízo pervertido.
5 - Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.
6 - Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e apressada, que marcha sobre a largura da terra, para possuir moradas não suas.
7 - Horrível e terrível é; dela mesma sairá o seu juízo e a sua grandeza.
8 - Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais perspicazes do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; sim, os seus cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se apressam à comida.
9 - Eles todos virão com violência; o seu rosto buscará o oriente, e eles congregarão os cativos como areia.
10 - E escarnecerão dos reis e dos príncipes farão zombarias; eles se rirão de todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomarão.
11 - Então, passarão como um vento, e pisarão, e se farão culpados, atribuindo este poder ao seu deus.
12 - Não és tu desde sempre, ó SENHOR, meu Deus, meu Santo? Nós não morreremos. Ó SENHOR, para juízo o puseste, e tu, ó Rocha, o fundaste para castigar.
13 - Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar; por que, pois, olhas para os que procedem aleivosamente e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele?
14 - E farias os homens como os peixes do mar, como os répteis, que não têm quem os governe?
15 - Ele a todos levanta com o anzol, e apanha-os com a sua rede, e os ajunta na sua rede varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.
16 - Por isso, sacrifica à sua rede e queima incenso à sua draga; porque, com elas, se engordou a sua porção, e se engrossou a sua comida.
17 - Porventura, por isso, esvaziará a sua rede e não deixaria de matar os povos continuamente?

OBJETIVO GERAL
Mostrar que as crises que enfrentamos em nossa nação e no mundo são resultado do mundo decaído.

HINOS SUGERIDOS: 50, 140, 474 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Reconhecer que a crise é uma realidade do mundo atual;
II.     Mostrar que a crise é consequência do pecado;
III.    Explicar o porquê das crises política, econômica e espiritual.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito das crises que nossa nação e o mundo vêm enfrentando: crise espiritual, política e econômica. O comentarista do trimestre é o pastor Elienai Cabral - escritor e conferencista da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Aproveite o tema do trimestre para mostrar aos seus alunos que o mundo está em crise, mas os céus não. Deus é Soberano e Senhor. Ele tem o suprimento para todos aqueles que nEle confiam.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos as crises que o mundo decaído vem enfrentando ao longo do tempo. Jesus nos alertou que no mundo teríamos aflições, mas prometeu estar conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Não estamos sozinhos em meio às crises. Sabemos que o Brasil enfrenta uma séria crise política, moral e econômica sem precedentes.

Já se fala em 11 milhões de desempregados. Muitas empresas estão fechando suas portas; a indústria não consegue escoar a produção, pois o comércio não tem para quem vender os produtos. E o resultado é a tão temida recessão econômica. A crise também tem afetado a área da saúde. Os que buscam os hospitais públicos sofrem nas filas de espera. Faltam médicos, remédios e leitos, e muitas pessoas morrem sem conseguir atendimento. A Educação também tem enfrentado crises. Vivemos em uma sociedade caótica, porém temos um Deus que cuida de nós. É o que veremos nesta lição.

PONTO CENTRAL
A crise espiritual, política e econômica que o mundo enfrenta é consequência do mundo decaído.

I - A CRISE COMO UMA REALIDADE

1. Deus criou um mundo perfeito.
Deus criou um mundo perfeito e nele colocou o homem, para cuidar da criação e com ela habitar. Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo.

Por um período de tempo (não sabemos quanto tempo), Adão e Eva viveram sem crise e em harmonia, governando o mundo. Todavia, Adão e Eva caíram na tentação do Diabo, desobedecendo à ordem de Deus. Com o pecado veio o juízo divino sobre Adão, Eva e a serpente. A terra também sofreu as consequências do pecado (Gn 3.17). O pecado deformou a raça humana e fez com que o mundo viesse experimentar as diferentes crises que temos visto.
A primeira crise que Adão enfrentou foi no seu relacionamento com sua esposa, Eva. Adão culpou a Deus e a mulher pelo seu erro (Gn 3.12). Em meio às crises, sejam elas de diferente ordem, temos a tendência de sempre culpar alguém.

2. Uma sociedade em crise.
Com a Queda, vieram os males e as crises, que assolam a Terra até os dias atuais. A apostasia tornou-se universal. Hoje parece não haver mais limites ao adultério, a imoralidade e a corrupção. O homem está cada dia mais distante de Deus e cometendo toda sorte de torpeza. Nossa geração assemelha-se a dos dias de Noé.

Contudo, Deus está no controle. O Dia do Senhor virá e a sua justiça será feita. Vivemos em uma sociedade corrupta e perversa, mas não pertencemos a este mundo, por isso, não podemos nos conformar com a sua maneira de pensar e agir (Rm 12.2).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A crise que atinge o mundo é real e é consequência da Queda.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Adão e Eva tentaram igualar-se a Deus e determinar seus próprios padrões de conduta (Gn 3.22). O ser humano, através da Queda, tornou-se até certo ponto independente de Deus, e começou a fazer o seu próprio julgamento entre o bem e o mal. Neste mundo, o julgamento ou discernimento humano, imperfeito e pervertido, constantemente decide sobre o que é bom ou mau. Tal coisa nunca foi da vontade de Deus, pois Ele pretendia que conhecêssemos somente o bem, e para isso, dependendo dEle e da sua palavra. Todos quantos confessam Cristo como Senhor, retornaram ao propósito original de Deus para a humanidade. Passam a depender da Palavra de Deus para determinarem o que é bom" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 38).

CONHEÇA MAIS

*Habacuque
"Habacuque profetizou a Judá entre a derrota dos assírios, em Nínive, e a invasão de Jerusalém pelos babilônios (605 - 597 a.C.). O livro é o único no seu gênero por não ser uma profecia dirigida diretamente a Israel, mas  sim a um diálogo entre o profeta e Deus. Habacuque queria saber por que Deus não fazia algo a respeito da iniquidade que predominava em Judá. Deus lhe responde, então, que enviaria os babilônios para castigar a Judá. Esta resposta deixou o profeta ainda mais confuso: 'Por que Deus castigaria o seu povo através  de uma nação mais ímpia do que ele?' No fim, Habacuque aprende a confiar em Deus, e a viver pela fé da maneira como Deus o requer: independentemente  das circunstâncias." Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1336.
 Noé repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado em seu coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio Noé.

II - A CRISE COMO UMA CONSEQUÊNCIA DO PECADO

1. A crise na sociedade antediluviana.
Depois da Queda, o pecado se alastrou pela raça humana como um vírus letal (Gn 6.5). Porém, o mundo antediluviano ainda não vivia o caos. Segundo as Escrituras Sagradas não havia fome e a saúde do homem era boa, pois a expectativa de vida era bem elevada, chegando quase a mil anos (Gn 5.27). Embora houvesse provisão, saúde e expectativa de vida, o homem continuava longe de Deus e entregue a toda a sorte de torpeza.

A terra encontrava-se corrompida  e cheia de violência (Gn 6.11). Muitos, erroneamente, acreditam que a violência é consequência da modernidade e do capitalismo. A violência é consequência do pecado e da dureza do coração do homem, que vive longe do Criador. Dizendo isso, não estamos negando que a pobreza, o desemprego e a falta de acesso à educação contribuem para o aumento da violência.

Deus é santo e não pode tolerar o pecado, por isso, decidiu frear a maldade do homem trazendo o dilúvio (Gn 6.13). Mas Deus também é misericordioso. Em sua bondade e misericórdia, Ele determinou que Noé construísse uma arca. A arca serviria para abrigar Noé e sua família, os animais e todos aqueles que acreditassem na pregação do servo de Deus. A arca era um refúgio contra a ira de Deus. Mas aquelas pessoas não creram nas advertências de Noé e não quiseram buscar refúgio em Deus. Somente Noé e sua família foram salvos das águas do dilúvio formando uma nova civilização.

2. Crise na sociedade pós-dilúvio.
Noé repovoou a terra, porém o homem continuou com a semente do pecado em seu coração. Não demorou muito para a crueldade adentrar na casa do próprio Noé. O servo do Senhor plantou uma vinha, fez vinho e se embriagou (Gn 9.20,21). Seu filho Cam, vendo o pai bêbado, expôs a sua nudez. Cam foi amaldiçoado por Noé (Gn 9.25), numa mostra clara de que o pecado traz maldição para a família e para a nação. Muitas vezes a crise é consequência do pecado.

Os homens se estabeleceram na antiga planície da Suméria e não demorou muito para iniciarem a construção de uma torre. Esse era um monumento para engrandecimento do homem. Era a busca pelo poder. Muitos, na atualidade estão construindo monumentos para si mesmo (casas, carros importados, joias, roupas de grife), mas não ajudam aqueles que estão necessitados. Deus não se agradou desse projeto arrogante e fez com que cada um falasse uma língua diferente, dificultando o ajuntamento das pessoas em um só lugar. A sociedade pós-diluviana não se tornou melhor do que a antediluviana, pois a iniquidade humana continuou a crescer.

3. Crise nos tempos de Jesus e na Igreja Primitiva.
Jesus nasceu na terra de Israel, em uma região conhecida como Palestina. O Filho de Deus veio ao mundo em um tempo em que o Império Romano dominava Israel. A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social, moral e espiritual. Mas, em meio às crises a luz raiou dissipando as trevas e trazendo esperança para a humanidade. Nos dias de Jesus, havia muitos pobres e necessitados. Por isso, o Mestre ensinava que era preciso cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías (Is 58.6,7). Não adiantava dizer que eram filhos de Abraão, caso não desfizessem o jugo do oprimido e repartissem o pão com o faminto. Isso nos faz lembrar que a fé sem as obras é morta (Tg 2.15-17).

A Igreja Primitiva enfrentou uma terrível perseguição. Havia muitos necessitados, todavia os irmãos acudiam os pobres e necessitados. Em tempos de crise, os bens eram partilhados (At 4.34,35). É em meio à crise que podemos ver o quanto as pessoas são generosas. A generosidade aliada à comunhão fazia com que muitos fossem atraídos a Jesus Cristo, contribuindo para o crescimento da igreja.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A crise é uma consequência do pecado. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Maldade e violência
Essas palavras são usadas para caracterizar os pecados que causaram o dilúvio de Gênesis. Maldade é rasab, atos criminosos que violam os direitos dos outros e tiram proveito do sofrimento deles. Violência é hamas, atos deliberadamente destrutivos que visam prejudicar outras pessoas. Quando qualquer sociedade é marcada por situações frequentes de maldade e violência corre o risco de receber o juízo de Deus.

Noé deve ser honrado por sua constante fidelidade. Ele trabalhou durante anos na construção da arca numa planície sem água (Gn 6.3). Ele deve ter sofrido zombaria sem piedade dos seus vizinhos, nenhum dos quais respondeu às suas advertências acerca do juízo divino. Contudo, Noé não deixou de confiar em Deus. Manteve uma postura obediente. Percebemos a qualidade de nossa fé quando passamos por provações" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 29).

III - A CRISE

1. A crise política.
Israel enfrentou uma terrível crise política depois da morte de Salomão. Roboão, o filho sucessor, pede conselhos aos anciãos, mas ignora as orientações deles. Ele prefere seguir os conselhos de seus amigos (1 Rs 12.10). Roboão buscou fazer aquilo que era melhor para si e não para o seu povo. Os resultados foram os piores possíveis. A nação foi dividida, afastando o povo de Deus. Essa divisão perdurou por muito tempo trazendo dor e sofrimento para todos. Quando homens insensatos assumem o poder, toda a nação sofre as consequências.

Atualmente, o Brasil está enfrentando uma crise política sem precedentes. Ela tem sido destaque nos principais jornais do mundo. A cada dia surge um novo escândalo. Estamos vivendo um momento muito delicado. A corrupção tem se alastrado como um câncer, atingindo todos os poderes. Como Igreja do Senhor, temos que orar em favor da nossa nação e lutar contra toda a forma de corrupção, pois temos um Deus que é santo e que abomina tal condição. Quando escolhemos, de forma errada, uma pessoa para nos representar tanto no Executivo quanto no Legislativo, a injustiça se alastra e muitos problemas surgem, como os que ocorreram em Israel (Dt 16.18-20; Is 1.23).

2. A crise econômica.
Muitos países já enfrentaram terríveis crises econômicas ao longo dos anos. Nas Escrituras Sagradas, encontramos, no livro de Gênesis, a extraordinária crise de alimentos pela qual passou toda a terra (Gn 41.55,56). Porém, a crise foi revelada a Faraó por intermédio de um sonho (Gn 41.1-8). Deus deu a José a interpretação do sonho e ele foi levantado como governador do Egito. José recebeu de Deus sabedoria para administrar em tempos de crise. A crise foi tão intensa que pessoas de todas as terras se dirigiam ao Egito para comprar alimento (Gn 41.57).
No Brasil, a crise econômica que estamos enfrentando está diretamente ligada à crise política. Segundo alguns economistas, o "Brasil não sairá da crise econômica se não resolver a crise política e ética". Em meio à crise não podemos nos desesperar nem nos entristecer. Precisamos orar e confiar no Deus de toda provisão.

3. A crise espiritual.
No texto bíblico dessa lição, o profeta Habacuque, que viveu e ministrou em Judá, questionou a Deus a respeito da crise que seu povo estava enfrentando. O profeta estava em meio a uma sociedade agonizante, e por isso, desejava algumas respostas de Deus. Muitas vezes, como Habacuque, diante do caos também nos perguntamos: "Por que Senhor?" O profeta ficou perturbado ao ver que os ímpios prosperavam e os justos iam mal. Deus, entretanto, ouviu os questionamentos do profeta. Ele ouve e responde nossas indagações, embora nem sempre tenhamos as respostas no momento em que queremos. O Senhor não deixou Habacuque sem resposta (Hc 2.1,2). O Senhor falou que o seu julgamento viria sobre Judá. Deus não tolera o pecado. Para disciplinar seu povo, Ele usaria os babilônios (Hc 1.5-12).

Habacuque questiona a Deus, porém ele era um homem de fé. Suas indagações não eram resultado de dúvida ou incredulidade. Ele confiava que Deus poderia suprir as necessidades do seu povo mesmo não florescendo a figueira e não havendo fruto na vide (Hc 3.17). Mesmo que não houvesse provisão, ele continuaria confiando na fidelidade do Senhor. Confiar em Deus em tempos de abundância é relativamente fácil; difícil é continuar confiando na provisão em meio à escassez.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A crise que a nossa nação está enfrentando é espiritual, política e econômica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O profeta Habacuque viveu  em Judá, provavelmente durante o reinado de Josias. Todavia, apesar do verniz superficial da religião, essa sociedade foi arruinada pela injustiça.

No passado, muitos profetas já haviam identificado e condenado duramente a sociedade injusta de Judá, mas foi sobre o governo de Manassés, avô de Josias, que a sociedade hebraica comprometeu-se com a idolatria, atrelada aos males sociais. Josias, que assumira o trono aos oito anos de idade, conclamou a nação a que voltasse para Deus. Após ter encontrado um livro perdido da lei de Deus, extirpou a idolatria, restabeleceu o Culto no Templo e empenhou-se na administração da antiga lei de Deus. Muito embora, todos esses procedimentos não tenham conseguido eliminar a corrupção, profundamente enraizada entre o povo e suas instituições.

Habacuque, ao rogar a Deus por uma explicação do por que Ele permitiria que o iníquo pecasse e o inocente sofresse, recebe a resposta. Na época, Deus estava preparando os babilônios para ingressarem no rol das potências mundiais.

O Senhor usaria as forças armadas desses pagãos para que seu próprio povo fosse punido. Habacuque entendeu o plano de Deus, pois o uso de nações inimigas para disciplinar Israel e Judá era um precedente bem arquitetado. Não obstante, havia ainda um problema de ordem moral que perturbava o profeta. Como poderia Deus usar um povo menos justo para disciplinar o mais justo?  Desde o início, este tema palpitante tem causado preocupação aos crentes de uma forma ou de outra. Por que permitiria Deus que o iníquo alcançasse sucesso neste mundo?
Por que Ele não tomaria atitude alguma de sorte que os bons e não os ímpios prosperassem? As respostas que encontramos em Habacuque deixam evidente que o ímpio não será bem-sucedido, pois não há quem, bom ou mau, que possa evitar a mão disciplinadora do Senhor" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 560).

CONCLUSÃO
O mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é soberano e não perdeu o controle da situação. O governo está em suas mãos. O Dia do Senhor virá e os justos e ímpios terão a sua recompensa. Não desanime. Confie, pois em breve o Senhor virá em nosso socorro.

PARA REFLETIR
A respeito da sobrevivência em tempos de crise, responda:

1.    Qual era a missão de Adão antes da crise se instalar na Terra?
Adão recebeu do Criador a missão de governar a Terra e cultivar o solo.

2.    As crises enfrentadas no mundo são consequência de quê?
São consequência da Queda.

3 . A sociedade pós-diluviana tornou-se melhor que a antediluviana?
Não!  O homem continuou a pecar de forma deliberada contra Deus.

4. Quais eram as crises e conflitos no tempo de Jesus?
A tensão política e a instabilidade social eram grandes. Era um tempo de crise política, social, moral e espiritual.

5.   Quem Deus usou para administrar a crise de alimentos no Egito?
José recebeu de Deus sabedoria para administrar a crise.

19 de setembro de 2016

LIÇÃO 13: A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL NESTA ÚLTIMA HORA

LIÇÃO 13: A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL NESTA ÚLTIMA HORA



5 de Setembro de 2016
Texto Áureo
"E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!" (Mc. 16.20)

Verdade Prática
Falemos de Cristo a todos, em todo tempo e lugar, por todos os meios.


LEITURA DIÁRIA
Segunda – At 1.8: O plano-mestre de evangelização
Terça – Mc 15.20: A Grande Comissão
Quarta – At 13.1-4: A igreja missionária
Quinta – At 16.9: A visão missionária
Sexta – Mt 20.1-7: Os ceifeiros da última hora
Sábado – At 28.31: Pregando sem impedimento algum
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 24. 44- 53
44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.
45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos,
47 E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
48 E destas coisas sois vós testemunhas.
49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
50 E levou-os fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou.
51 E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu.
52 E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.
53 E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém.
HINOS SUGERIDOS: 653, 634, 636 DA HARPA CRISTÂ

OBJETIVO GERAL
Ressaltar a importância da evangelização integral nessa última hora,

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Mostrar o que é evangelização integral.
II. Conscientizar da importância do discipulado integral.
III. Compreender as características da igreja da evangelização integral.

* INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, com a graça de Deus chegamos ao final de mais um tri­mestre. Esperamos que as lições tenham causado um grande despertamento em seus alunos, contribuindo para que a Igreja cumpra a sua missão primordial nessa última hora.

Não precisamos de estratégias mirabolantes para dar cumprimento a nossa missão. Carecemos é de ser obedientes e cheios do poder do Espírito Santo. Sem Ele não podemos cumprir a nossa missão de modo integral.

Os discípulos de Jesus ficaram na cidade de Jerusalém até que do alto foram revestidos de poder. Depois, eles saíram e alcançaram Samaria, Judeia e os confins da terra, cumprindo com êxito a missão que lhes foi confiada pelo Senhor.
Jesus nos confiou uma importante missão, por isso, não sejamos negligentes, pois ainda existem muitos que precisam ouvir as Boas-Novas e se entregarem a Cristo. Esses aguardam por você.

INTRODUÇÃO
A Igreja Primitiva não precisou de mais do que uma geração para levar o Evangelho de Cristo aos confins do Im­pério Romano. Seguindo o modelo que lhes deixara o Senhor, os discípulos, no poder do Espírito Santo, evangelizaram simultaneamente Jerusalém, a Judeia e Samaria até chegarem à ca­pital de Roma, no Ocidente.

Se levarmos em conta o modelo autenticamente pentecostal de evangelização, cumpriremos, em tempo recorde, o programa divino para alcançar tanto o nosso bairro quanto as nações mais distantes. Mas, para isso, temos de nos voltar ao método de evangelização simples, mas eficaz, dos primeiros evangelistas e missionários.
I -  QUE É A EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
Não carecemos de nenhum método inovador, nem de fórmulas extravagantes, para cumprir plenamente o cronograma divino do anúncio universal do Evangelho.

1. Evangelização integral.
Con­siste na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural.
O modelo de Atos 1.8 implica uma ação conjunta, ou seja, evangelizando Samaria, Judeia e os confins da terra ao mesmo tempo. Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusa­lém, depois a Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. O seu plano-diretor era bem claro e objetivo: "e ser-me-eis tes­temunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra". Isso implica uma ação da Igreja (At 13.1-5).

A evangelização mundial, para ser bem-sucedida, tem de funcionar de acordo com o manual que nos deixou o Senhor Jesus no Novo Testamento.

2, Avivamento e evangelização.
Nenhum plano evangelístico, ainda que elaborado, terá êxito a menos que retornemos ao cenáculo. Sem o batismo com o Espírito Santo, não teremos o poder necessário para anunciar o evangelho de Cristo.
Evangelismo e pentecostes são temas gémeos, inseparáveis. O poder do alto é insubstituível na vida da igreja.

A evangelização integral requer o revestimento de poder daquele que se predispõe a falar de Cristo no bairro, idade, no país e no exterior.

SÍNTESE DO TÓPICO l
A evangelização integral é necessária e requer o revestimento de poder.

PONTO CENTRAL
A evangelização integral consiste na proclamação simul­tânea do Evangelho em todos os âmbitos.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abai­xo, Utilize-o para mostrar aos alunos o que é evangelização integral Explique que a evangelização integral vai além do anuncio das Boas-Novas. É preciso ter uma visão integral do homem (corpo, alma e espírito). Conclua enfatizado que a evangelização integral é uma ordenança de Jesus para a sua Igreja.

EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
O QUE É:
A proclamação simultânea do Evangelho em to­dos os âmbitos: local, nacional e transcultural.
PROPÓSITO:
Apresentar as Boas-Novas aos não crentes.
AÇÃO:
Proclamar o Evangelho em Jerusalém, Judeia,
Samaria e até aos confins da terra.

II-DISCIPULADO INTEGRAL
A evangelização integral deve ser acompanhada do discipulado integral, que compreende as seguintes ações: doutrinação, integração, treinamento e identificação.

l. Doutrinação.
A doutrinação do novo convertido consiste no ensino das verdades centrais dá fé crista, para que ele pense, aja e viva de acordo com o mandamento de Cristo. Dessa forma, poderá ele guardar todas as coisas ordenadas pelo Senhor, até o arreba­tamento da Igreja (Mt 28.20).

A doutrinação deve ser iniciada no ato da conversão, tendo continuidade durante toda a vida cristã (At 2.41-43).

2. Integração.
Sem a integração social do novo crente, sua doutrinação torna-se ineficaz. O novo convertido precisa sentir que é parte da família de Deus. Não se trata de um mero exercício sociológico, mas do compar­tilhamento do amor cristão (At 2.44).

João sabia que, se os cristãos não se amassem mutuamente, jamais se sentiriam parte do corpo de Cristo. Por isso, não cessava de exortar a Igreja. O amor que integra não compreende apenas palavras, mas ações efetivas (l Jo 3.18).
3. Treinamento.
Ainda na fase da doutrinação e da integração, o novo convertido deve ser treinado a fazer novos discípulos.
A libertação do endemoninhado gadareno ilustra muito bem esta etapa do discipulado radical. Tão logo Jesus o livrou daquela legião, recomendou-lhe: "Torna para tua casa e conta quão grandes coisas te fez Deus [...]" (Lc 8.39). E, no mesmo instante, o homem saiu a apregoar quão grandes coisas fizera-lhe o Senhor.

4. Identificação.
Esta fase somente será eficaz se as anteriores forem bem executadas. A plenitude do discipulado radical será levar o novo crente a ser conhecido, através de seu testemunho e postura, como seguidor de Cristo. Os crentes primitivos, em virtude de seu compromisso com Jesus, eram conhe­cidos como cristãos (At 11.26).

Hoje, mais do que nunca, devido à brevidade e a urgência destes dias, carecemos de homens, mulheres e crianças que sejam identificados como discípulos de Jesus Cristo (Jo 8.31).

SÍNTESE DO TÓPICO II
A evangelização integral deve ser acompanhada do discipulado integral.

CONHEÇA MAIS
Uma igreja missionária
"Sob a orientação do Espírito Santo, a igreja de Antioquia comissiona Barnabé e Paulo como os primeiros missionários oficiais do cristianismo (At 13.1-3). Sua aventura inicial acontece na ilha de Chipre, onde Paulo amal­diçoa um bruxo com cegueira e testemunha a conversão do procônsul romano (vv. 4-12). Em Antioquia da Psídia, Paulo prega primeiramen­te numa sinagoga judaica, onde sua mensagem sobre Jesus suscita grande interesse (vv. 13-43)". Para conhecer mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 720.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, reproduza o quadro abai­xo e utilize-o para mostrar aos alunos o que é o discipulado integral Explique que o novo convertido é alguém que experimentou o novo nascimento. Nin­guém pode fazer parte do Reino de Deus se não nascer de novo (Jo. 3.3). Mediante a fé em Jesus, experimentamos uma profunda transformação de vida. Essa mudança radical não é apenas exterior, mas interior, Temos visto que atualmente muitos apresentam um belo exterior, são bem apresentáveis, possuem uma boa oratória, mas interiormente estão cheios de podridão e imundícia. Segundo Jesus, |ltp& são como sepulcros caiados (Mt. 23.27). Eles acabam impedindo, devido ao mau testemunho, que muitos entrem no Reino de Deus e que a Igreja cumpra a sua missão integral.

Aqueles que experimentaram o novo nascimento precisam crescer na graça e no conhecimento de Cristo; para isso é preciso um discipulado eficiente.


DISCIPULADO INTEGRAL: CARACTERÍSTICAS
Doutrina:
Ensino das verdades centrais da fé cristã.
Integração:
O novo convertido precisa ser acolhido para que sinta que é parte da igreja.
Treinamento:
O novo convertido precisa ser treinado para al­cançar outros com as Boas-Novas.
Identificação:
Testemunho de vida. O novo convertido preci­sa ser identificado como seguidor de Cristo.

III. A IGREJA DA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL
A igreja da evangelização integral é caracterizada por três ações básicas na divulgação do Evangelho de Cristo: promoção, comissão e manutenção.

1. Promoção.
À semelhança de Antioquia, a igreja da evangelização integral não vive de si e para si. Antes, promove a proclamação de Cristo em todos os âmbitos (At 13.1-3). Ela é evangelística e missionária. Para ela, não existe maior evento do que evangelizar e fazer missões. Que o Senhor  avive nossas igrejas, impulsionando-as aos confins da Terra.

2. Comissão.
Na evangelização integral, a igreja tem de agir como a agência evangelizadora e missionária por excelência. Nenhuma organiza­ção pode substituí-la nessa tarefa. Discorrendo sobre os pressupostos da evangelização mundial, o apóstolo Paulo pergunta: Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?
E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pre­gue?
E como pregarão, se não forem enviados? [...]" (Rm 10.14.15).

3. Manutenção.
No auge da pros­peridade econômica do Brasil, o que fizemos em prol da evangelização mundial? Sabemos que algumas igrejas aproveitaram aquele momento para chegar aos confins da Terra. Outras, porém, viveram apenas para si, como se aquele instante não tivesse fim.

As igrejas da Macedônia, apesar de pobres, enriqueceram a muitos, sustentando obreiros e missionários (2 Co 8.1-7). Nesta crise que ora atra­vessamos, demonstremos a nossa fé, mantendo as frentes evangelísticas já iniciadas e abrindo outras.

SÍNTESE DO TÓPICO III
As principais características da igreja da evangelização integral são: promoção, comissão e manutenção.

SUBSIDIO Dl EDUCAÇÃO CRISTÃ
O QUE é A INTEGRAÇÃO TOTAL DO NOVO CONVERTIDO?

Integrar é juntar, incorporar, tornar parte.
Quando falamos em integrar o novo convertido, estamos falando simplesmente disto: fazê-lo parte do corpo visível do Senhor — a igreja local.

A sua união ao corpo místico de Cristo é obra do Espírito Santo; cabe-nos, entretanto, a missão de Ievá-lo pela mão em seus primeiros passos na fé, e de ajudá-lo a ocupar o seu lugar na comunidade dos salvos.

Na maioria das vezes, as igrejas limitam-se a orar pelas pessoas no ato da conversão, quando ela manifesta, de alguma forma, o desejo de receber a Jesus como Salvador, Os cuidados com o novo crente resumem-se a preencher uma ficha com seus dados pessoais, oferecer-lhe, às vezes, um Novo Testa­mento, e, quando muito, visitá-lo em casa depois de alguns dias.

O novo convertido dá os primeiros passos na vida cristã Já participando dos trabalhos tradicionais da igreja, tentando digerir o sólido mantimento' sem antes haver recebido o leite dos primeiros rudimentos da palavra de Deus (Hb 5.12).

Quanto desestímulo e prejuízo esse descaso poderá trazer, Â igreja precisa conscientizar-se da importância da integração total do novo convertido, para que ele não venha a sentir-se excluído ou desmotivado.

A recepção e os primeiros contatos servem para deixá-lo à vontade e des­pertar nele o interesse em voltar à casa de Deus. Contudo, o papel da igreja vai além; cabe-lhe promover a integração espiritual eclesiástica, doutrinária, social emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço cristão.
Isto é integração total (DORETO, Marli; DORETO, Maísa; DORETQ, Marta. Manyal de Integração do Novo Convertido, 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 19,20).

CONCLUSÃO
Que a evangelização integral caracterize nossas igrejas nesses dias difíceis e trabalhosos. A crise que perturba o nosso país poderá não ser a última. Outras mais agudas poderão surgir. Mas, amparados pelo Autor e Consumador da nossa fé, não desanime­mos. Caminhemos de vitória em vitória, evangelizando e fazendo missões, até que o Senhor nos venha buscar.

PARA REFLETIR
A respeito da evangelização integral, responda:
• O que é a evangelização integral?
Consiste na proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural.

• Por que a evangelização tem de ser simultânea e global?
Porque Jesus não ordenou aos discípulos evangelizar primeiro Jerusalém, depois a Judeia, em seguida Samaria e, finalmente, os confins da terra. O seu plano-diretor era bem claro e objetivo: "e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra".

• Quais as características da evangelização integral?
Doutrinação, integração, treinamento e identificação.

• O que é o discipulado integral?
Ë quando "a igreja promove a integração espiritual eclesiástica, doutriná­ria, social, emocional e cultural do novo crente, bem como envolvê-lo no serviço cristão".

• O que é uma evangelização autenticamente pentecostal?
É uma evangelização realizada pelos crentes cheios do Espírito Santo.

Fonte: CPAD