Lições Bíblicas CPAD Adultos
1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de Deus
— Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias
Soares
Lição 1: Deus dá sua
Lei ao povo de Israel
Data: 4 de
Janeiro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Que são israelitas, dos quais é a
adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as
promessas” (Rm 9.4).
VERDADE PRÁTICA
Uma nova nação despontava no
horizonte e precisava de uma legislação que definisse as bases em que o povo
devia viver, isto é, fundamentado nas promessas feitas aos patriarcas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 34.27
A promulgação da lei é a cerimônia oficial do
concerto que Deus fez
Terça - Êx 19.8
Israel faz voto de fidelidade e obediência à lei de
Deus
Quarta - Gn 15.18
Deus já havia feito um concerto com Abraão
Quinta - Gn 26.28-30
Era comum celebrar um concerto com festa
Sexta - Rm 7.12
A lei é santa e veio de Deus, portanto, era preciso
observá-la
Sábado - Ne 8.1
A origem da lei é o próprio Deus, por isso era
preciso obedecer-lhe
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Êxodo 20.18-22,24; 24.4,6-8.
20.18 - E
todo o povo viu os trovões, e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte
fumegando; e o povo, vendo isso, retirou-se e pôs-se de longe.
19 - E
disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para
que não morramos.
20 - E
disse Moisés ao povo: Não temais, que Deus veio para provar-vos e para que o
seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis.
21 - E
o povo estava em pé de longe: Moisés, porém, se chegou à escuridade onde Deus
estava.
22 - Então,
disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que
eu falei convosco desde os céus.
24 - Um
altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas
ofertas pacíficas, e as tuas ovelhas, e as tuas vacas: em todo lugar onde eu
fizer celebrar a memória do meu nome, virei ali e te abençoarei.
24.4 - E
Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de
madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as
doze tribos de Israel;
6 - E
Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue
espargiu sobre o altar.
7 - E
tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o
que o SENHOR tem falado faremos e obedeceremos.
8 - Então,
tomou Moisés aquele sangue, e o espargiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o
sangue do concerto que o SENHOR tem feito convosco sobre todas estas palavras.
OBJETIVO GERAL
Explicar o processo de
desenvolvimento da Lei de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo 1 refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub
tópicos.
· 1. Conhecer como
a Lei foi promulgada.
· 2. Afirmar a
autoria de Moisés.
· 3. Conceituar “Concerto”
ou “Aliança”.
· 4. Classificar os
sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei.
INTERAGINDO COM
O PROFESSOR
Caro professor, uma nova revista foi
pensada, reformulada e elaborada especialmente para você. A equipe de Educação
Cristã da CPAD tem o prazer de apresentar uma revista com um formato novo a fim
de estudarmos a Bíblia.
A revista Lições Bíblicas do professor, traz as
seguintes seções como novidades: o objetivo geral da lição; os específicos; o
ponto central, e outros pontos específicos que podem ser explorados por você de
acordo com a realidade da sua classe. A criatividade do professor e sua
competência em sala de aula contarão muito para o trimestre ser um sucesso.
Para conhecer o restante das seções da revista, solicite a cartilha do novo
currículo CPAD. Ela pode ser encontrada nas livrarias CPAD, livrarias
colaboradoras e no site da Editora.
O tema desse primeiro trimestre é Os Dez Mandamentos — Valores Divinos para uma sociedade em
constante mudança. O comentarista da revista é o pastor Esequias
Soares, um dos mais renomados biblistas do pentecostalismo brasileiro, líder da
Assembleia de Deus em Jundiaí (SP) e presidente da Comissão de Apologética da
CGADB. Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas orientais e autor
de várias obras publicadas pela CPAD.
Desejamos um ótimo ano! Ótimo
trimestre!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
PONTO CENTRAL
Deus revelou a sua Lei aos homens através de
Moisés, o seu servo. Mas a revelação plena consiste em Cristo, o Filho de Deus.
O tema do presente trimestre são os
Dez Mandamentos, a base de toda a legislação mosaica. Aqui vamos iniciar com a
solenidade da promulgação da lei, no Sinai, a cerimônia do concerto que Deus
fez com Israel. O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num
ritual com profundas implicações messiânicas.
I. A PROMULGAÇÃO DA LEI
1. A solenidade. O ritual do concerto e da promulgação da lei
no pé do monte Sinai aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do
Egito (Êx 19.1-3). Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12).
A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O
livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o
discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os
acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade
a Deus (Dt 1.3; 4.1).
2. A credibilidade de Moisés. Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia
questionar a legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem
podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria
exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas
manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus
ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19).
As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é que
ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que
Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).
3. A lei. A lei de Moisés é o alicerce de toda a
Bíblia, e os judeus a consideram “a expressão máxima da vontade de Deus”. O
termo hebraico torah aparece
no Antigo Testamento como “instrução, ensino, lei, decreto, código legal,
norma”, e vem da raiz de um verbo que significa “instruir, ensinar”. A
Septuaginta emprega a palavra grega nomos, “lei, norma”, usada também no Novo Testamento.
Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) — o Pentateuco (Lc
24.44; Jo 1.45) — indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34,35; Rm 3.19; 1Co
14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos contendo 248
mandamentos e 365 proibições.
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A Lei foi entregue a Moisés no Monte
Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de mediador entre a vontade de
Deus e o povo de Israel.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Prezado professor, neste tópico
consta a explicação do processo de promulgação da Lei de Deus ao seu servo,
Moisés. As perguntas “Como a Lei surgiu?”; “Quem a ditou?” e “Quem a recebeu?”
são pertinentes para ministrá-las na aula. Aqui, o autor propõe-se
respondê-las. Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande
importância para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o
conhecimento bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos
ao longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também, serem
esclarecidas para a classe; “Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da
Lei?”; “Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?”; “Qual é o significado da
palavra torah?”.
Sugerimos ao professor responder a
essas perguntas de modo que os alunos compreendam as informações básicas a
respeito da Lei revelada no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o
Pentateuco poderão auxiliá-lo.
II. OS CÓDIGOS
1. Classificação. Os críticos costumam fragmentar os escritos
de Moisés. Consideram a legislação mosaica uma coleção de diversos códigos
produzidos num longo lapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte:
os Dez Mandamentos encabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt
5.6-21). Em seguida, há o que eles denominam Código da Aliança (Êx
20.22-23.33). O que vem depois é o Código de Santidade (Lv 17-26). O Código
Sacerdotal é o restante do livro de Levítico e o Código Deuteronômico (Dt
12-26).
2. O que há de concreto? Estas seções ou códigos são realmente
identificáveis no Pentateuco; no entanto, é inaceitável a ideia de sua
existência independente de cada um deles na história. O argumento dos críticos
contraria todo o pensamento bíblico. Não existem provas bíblicas nem
extrabíblicas de qualquer código isolado no Antigo Israel. A Bíblia inteira
atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor Jesus Cristo chamava o
Pentateuco de “lei de Moisés” (Lc 24.44).
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Embora os críticos bíblicos afirmem que
os escritos atribuídos a Moisés são fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o
testemunho de Jesus Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc
24.44).
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“O Pentateuco apresenta-se
basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior profeta
do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés
de viva voz, como também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de
Moisés como escritor também é mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27,
Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).
[...] A razão de Moisés e os profetas
registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas em
entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1;
36.1-8; 51.60,61; 2Cr 21.12). Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la
para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a
fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da
tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos
uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante os maus
reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto por Hilquias, seus
ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2Rs 22-23;
2Cr 34).
Não podemos ter certeza de quanto
tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final. Entretanto,
vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi
possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse
atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também
incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um trecho proveniente de
uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado
canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao
lado da arca do concerto. Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita
depois da morte de Moisés” (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da
Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1998, pp.81-83).
III. O CONCERTO
1. O que é um concerto? O termo usado no Antigo Testamento para
“concerto” é berit,
“pacto, aliança”, que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos,
marido e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um
povo. Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, “pacto, aliança, testamento”, ou
seja, a mesma palavra usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor. O Antigo
Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com Israel no monte
Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx 24.8). O Novo Testamento fala do novo concerto que
o Senhor Jesus fez com toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).
2. Preparativos. Até este ponto na história dos israelitas,
Deus vinha agindo em cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão,
Isaque e Jacó (Gn 15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada
avante. Agora os filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e
essa multidão precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de
governo com estatutos que constituíssem sua lei.
3. O concerto do Sinai. O concerto do Sinai não era apenas a
ratificação da promessa feita a Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl
3.17). As duas partes envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: “se
diligentemente ouvirdes a minha voz” (ÊX 19.5); e, de outro, Israel: “Tudo o
que o SENHOR tem falado faremos” (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso
mais adiante (Êx 24.7). Era um concerto temporal, local e nacional com mediador
falível, ao passo que o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de
toda a raça humana e o Mediador era perfeito.
4. O livro do concerto. Moisés “tomou o livro do concerto e o leu aos
ouvidos do povo” (24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que
continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8).
Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra
dos amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de
ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto,
professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha
Êxodo 19—20.19 e 20.22—23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em
andamento.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Enquanto o Antigo Testamento fala de
três concertos — os de Noé, Abraão e Israel — o Novo revela uma nova e
suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.
IV. O SACRIFÍCIO
1. Os holocaustos. A solenidade foi celebrada com sacrifícios de
animais (20.4). O holocausto, olah, em hebraico, significa “o que sobe”, pois a
queima subia em forma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste
sacrifício, a vítima era completamente queimada como sinal de consagração do
ofertante a Deus. A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: hotos, “inteiro, completo, total”, e kaustos, “queima”. Ou seja, uma oferta
totalmente queimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o mais
perfeito dos sacrifícios.
2. O sangue. Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do
concerto e aspergir o sangue sobre o altar e o povo (24.6,8). Todo o sistema
sacrifical fundamenta-se na ideia de substituição, e isso implica expiação,
redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue
aqui era o ponto de união entre Deus e seu povo; com ele, Israel começava uma
nova etapa em sua história (Sl 50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o
concerto do Sinai foi celebrado com sangue e faz uma analogia com a Nova
Aliança, porque o Senhor Jesus a selou com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).
3. A aspersão. Moisés colocou metade do sangue em bacias e
aspergiu outra metade sobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido
sobre o povo, como recipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue
do altar representa o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que sem
derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também um
prenúncio da redenção em Cristo.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Deus informou a Moisés, na Lei, a
constituição de sacrifícios santos: os holocaustos; derramamento de sangue;
aspersão do sangue.
CONCLUSÃO
A grandeza do acontecimento no Sinai
mostra a natureza sem igual da cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação
do próprio Deus de maneira explícita diante de todo o povo. O que devemos
aprender é que a observância meramente exterior, destituída de significado
interior, não passa de simples cerimônia. A riqueza espiritual e seu
significado residem na figura do Filho de Deus e no cumprimento do concerto em
Cristo.
VOCABULÁRIO
Promulgada: Publicada;
tornada pública.
PARA REFLETIR
Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:
Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés
ou a de Cristo?
Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o
Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema
mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do
sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais
importante mandamento (Rm 13.10).
É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?
Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo
como um “pedagogo” para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não
quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por
essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).
O sistema de sacrifício judaico tem algum
significado para os cristãos?
Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de
sacrifício do judaísmo fundamentava-se na ideia de substituição, expiação,
redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como
sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do
seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.
A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus?
Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo
Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).
Qual é o nosso maior modelo de vida?
Jesus Cristo (Fp 2.5-11).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Deus dá sua lei ao povo de Israel
Currículo novo, escola Dominical
nova! É o que deseja o Departamento de Educação Cristã neste Ano Novo de 2015.
Desafios modernos exigem uma nova maneira de se fazer a Educação Cristã em
nossa nação. Precisamos pensar a fé de forma a falar ao coração das pessoas,
desde as mais simples às mais doutas. Não é uma tarefa fácil, pois o currículo
da CPAD atende ao Brasil inteiro, um país continental. Por isso, temos
diferentes realidades em nosso país: as do Sudeste diferem das do Centro-Oeste;
as do Nordeste, das do Norte etc. Assim vamos proclamando e ensinando o
Evangelho, confiando em Deus e em você, professor. Sim, você é quem pode
contextualizar o que não é possível fazê-lo. É o professor quem conhece o
aluno, cada pessoa, cada vida, cada família. É você, professor, quem pode fazer
as lições da CPAD, principalmente a Bíblia, fazerem sentido para as pessoas,
desde ribeirinhas às grandes metrópoles. Muito nos honra chegar ao querido
professor!
Sobre a lição
A primeira lição do novo currículo
estuda “Os Dez Mandamentos”. Num tempo marcado pelas tentativas de
desconstrução da herança civilizatória ocidental (Jerusalém, Atenas e Roma) —
isto é, as contribuições das culturas judaica (noções morais), grega (a
filosofia, a política e a literatura) e romana (do direito e das instituições)
—, torna-se imperioso iniciarmos este novo ano estudando as leis divinas.
O que os Dez Mandamentos têm a nos
dizer hoje? Uma pergunta honesta que o professor deve fazer. Os princípios
descritos ali são tão atuais como os eram outrora? Quando lemos os Dez
Mandamentos, quase sempre, não paramos para refletir no contexto de libertação
em que o povo judeu estava situado. Geralmente olhamos para os mandamentos como
“leis fixas ou regras duras” e não damo-nos conta de que a existência deste código
divino tinha o objetivo de garantir a liberdade recém-conquistada pelos
israelitas.
Há pouco, o povo judeu fora liberto
da opressão dos egípcios. Os israelitas sofreram as influências da cultura, da
religião, da filosofia de vida egípcia, etc. Não há como ficar incólume sob 430
anos de influência em uma cultura majoritária como a do Egito Antigo. Por isso,
a providência divina foi a de estabelecer princípios divinos e de vida para os
judeus a fim de que o processo de libertação do povo não fosse em vão. Voltar
ao “espírito” do Egito, em pleno deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam
por 40 longos anos. Mas, Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa
sombra.
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