29 de janeiro de 2015
21 de janeiro de 2015
Lição bíblica - 4ª lição de 2015
Lições Bíblicas CPAD
Adultos
1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de Deus
— Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias
Soares
Lição 4: Não farás
imagens de esculturas
Data: 25 de
Janeiro de 2015
TEXTO ÁUREO
“Portanto, meus
amados, fugi da idolatria” (1Co 10.14).
VERDADE PRÁTICA
O segundo
mandamento proíbe a idolatria, adoração de ídolo, imagem de um deus ou de
qualquer objeto de culto.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
- Lv 19.4
Deus proíbe a
fabricação de ídolos e deuses de fundição
Terça
- Dt 4.12
A adoração a Deus
deve ser sem imagens e sem figuras
Quarta
- Mt 4.10
Somente Deus deve
ser adorado e a Ele devemos servir
Quinta
- Jo 4.24
Deus é Espírito e
deve ser adorado em espírito e em verdade
Sexta
- At 17.24,25
Deus não habita em
templo feito por mãos humanas
Sábado
- 1Jo 5.21
O combate à
idolatria é mantido pelo apóstolo João
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo
20.4-6; Deuteronômio 4.15-19.
Êxodo 20
4 - Não
farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos
céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5 - Não
te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus
zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta
geração daqueles que me aborrecem
6 - e
faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 4
15 - Guardai, pois, com diligência a vossa
alma, pois semelhança nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, em
Horebe, falou convosco, do meio do fogo;
16 - para que não vos corrompais e vos façais
alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea;
17 - figura de algum animal que haja na terra,
figura de alguma ave alígera que voa pelos céus;
18 - figura de algum animal que anda de rastos
sobre a terra, figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra;
19 - e não levantes os teus olhos aos céus e
vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido
a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR, teu Deus,
repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.
OBJETIVO GERAL
Mostrar
que Deus se revela ao homem sem a necessidade de meras reproduções.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada
tópico.
Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I. Explicar a
proibição bíblica quanto à idolatria.
· II. Apresentar a
característica zelosa de Deus.
· III. Conscientizar sobre o verdadeiro culto a Deus.
· IV. Esclarecer quanto
à idolatria da teologia romana.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro
professor, a lição desta semana relembra-nos o caráter único de Deus. O nosso
Pai não aceita dar a sua glória a outrem. O ser humano religioso é vulnerável
quanto aos misticismos do mundo atual. Às vezes, uma coincidência na vida de
uma pessoa é interpretada como uma dádiva de um “santo” ou o benefício de um
“anjo”. Entretanto, a Bíblia apresenta o único intermediário entre Deus e a
humanidade: Jesus Cristo, o Homem (1Tm 2.5,6). O Senhor Jesus foi crucificado,
morto e ressuscitou ao terceiro dia, para nos dar vida suficiente. Ele rasgou o
véu e, por isso, não podemos tornar a costurá-lo devido a cultura ou a tradição
de um povo. Que o Senhor ilumine a nossa mente e resplandeça sobre nós o
conhecimento da sua Palavra. Boa aula!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O primeiro
mandamento estabelece a adoração somente a Deus e a mais ninguém. A ordem do
segundo mandamento é para adorar a Deus diretamente, sem mediação de qualquer
objeto. A idolatria é o primeiro dos três pecados capitais na tradição judaica,
“a idolatria, a impureza e o derramamento de sangue”. Os cristãos devem se
abster da contaminação dos ídolos (At 15.20).
PONTO CENTRAL
Deus se revelou ao homem sem
necessidade de mediações sob meras reproduções imagéticas e humanas.
I.
PROIBIÇÃO À IDOLATRIA
1.
Ídolo e imagem. O termo hebraico empregado aqui
para “imagem de escultura” (Êx 20.4; Dt 5.8) é péssel, usado no Antigo Testamento para
designar os deuses (Is 42.17), como Aserá, a divindade dos cananeus (2Rs 21.7, TB —
Tradução Brasileira). Esses ídolos eram esculpidos em pedra, madeira ou metal
(Lv 26.1; Is 45.20; Na 1.14). A Septuaginta traduz péssel pela palavra grega eidolon, “ídolo”, a mesma usada no Novo
Testamento (1Co 10.14; 1Jo 5.21). O ídolo é um objeto de culto visto pelos
idólatras como tendo poderes sobrenaturais e a imagem é a representação do
ídolo.
2.
Idolatria. O termo “idolatria” vem de eidolon, “ídolo”, e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração”.
Idolatria é a forma pagã de adoração a ídolos, de adorar e servir a outros
deuses ou a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. É prática
incompatível com a fé judaico-cristã, pois nega o senhorio e a soberania de
Deus. Moisés e os profetas viam na idolatria a destruição de toda a base
religiosa e ética dos israelitas, além de negar a revelação (Dt 4.23-25).
3.
Semelhança ou figura. A frase “Nem semelhança alguma
do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”
(Êx 20.4b; Dt 5.8b), à luz de Deuteronômio 4.12,15, proíbe adorar o próprio
Deus verdadeiro por intermédio de qualquer objeto. A palavra hebraica para
“semelhança” é temunah,
“aparência, representação, manifestação, figura”. Sua ideia básica é de
aparência externa, ou seja, uma imagem vista numa visão (Nm 12.8; Dt 4.12,16-18;
Jó 4.16; Sl 17.15). Essa proibição inclui a representação de coisas materiais
como homens e mulheres, pássaros, animais terrestres, peixes e corpos celestes
(Dt 4.16-19).
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
Reproduzir
imagens humanas, de animais ou qualquer outra coisa, com a finalidade de
adorar, foi proibido ao povo de Deus.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, após
expor esse primeiro tópico, ressalte ao aluno que, diferentemente do Antigo
Testamento, a maioria dos ídolos do século XXI não é feita por mãos humanas,
mas se alimenta dos pensamentos e dos desejos das mentes e dos corações de
carne. Os ídolos atuais são invisíveis, pois na maioria das vezes não têm corpo
e sangue, nem ferro ou madeira. Os ídolos do século XXI alimentam-se das
ambições das pessoas, do desejo desenfreado e egoístico de ter mais e mais. Não
há como servir ao Senhor, nosso Deus, e, ao mesmo tempo, a “Mamon”.
II.
AMEAÇAS E PROMESSAS
1.
O Deus zeloso. O adjetivo hebraico qanna, “zeloso”, aparece apenas cinco
vezes no Antigo Testamento (Êx 20.5; 34.14; Dt 4.24; 5.9; 6.15) e está
associado ao nome divino el, “Deus”. O zelo de Jeová consiste no fato de ser
Ele o único para Israel, e este não deveria partilhar o amor e a adoração com
nenhuma divindade das nações. Esse direito de exclusividade era algo inusitado
na época e único na história das religiões, pois os cultos pagãos antigos eram
tolerantes em relação a outros deuses.
2.
As ameaças. A expressão “terceira e quarta
geração” (Êx 20.5; Dt 5.9) indica qualquer número ou plenitude e não se refere
necessariamente à numeração matemática, pois se trata de máxima comum na
literatura semítica (Am 1.3,6,11,13; 2.1,4,6; Pv 30.15,18,21,29). O objetivo
aqui é contrastar o castigo para “terceira e quarta geração” com o propósito de
Deus de abençoar a milhares de gerações.
3.
As promessas. Salta à vista de qualquer
leitor a diferença entre castigo e misericórdia. A ira divina vai até a quarta
geração, no entanto, a misericórdia de Deus chega a mil gerações sobre os que
guardam os mandamentos divinos (Êx 20.6; Dt 5.10). Muito cedo na história, o
nosso Deus revela que seu amor ultrapassa infinitamente o juízo.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Deus
é um Deus zeloso e não divide a sua glória com ninguém.
CONHEÇA MAIS
Abadia
de Westminster
Local onde foi
instituída a Assembleia de Westminster, isto é, na cidade de Westminster, em
Londres, na Inglaterra, em 1643. Em abril de 2011, o casal de príncipes
britânicos casou nesta Abadia. Em 1648 foi sancionada a Confissão de Fé e
aprovados os Catecismo Maior e o Breve Catecismo de orientação protestante. O
Catecismo é um documento de orientação de fé de determinada tradição cristã.
III.
O CULTO VERDADEIRO
1.
Adoração. O segundo mandamento proíbe
fazer imagem de escultura e também de se prostrar diante dela para adorá-la:
“não te encurvarás a elas, nem as servirás” (Êx 20.5; Dt 5.9). Adoração é serviço
sagrado, culto ou reverência a Deus por suas obras. É somente a Deus que se
deve adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9).
2.
Deus é espírito. O Catecismo Maior de
Westminster (1648) declara que “Deus é Espírito, em si e por si infinito em seu
ser” (Jo 4.24; Êx 3.14; Jó 11.7-9). O espírito é substância imaterial e
invisível, diferentemente da matéria. É também indestrutível, pois o “espírito
não tem carne nem ossos” (Lc 24.39). Além de a Bíblia afirmar que Deus é
espírito, declara também de maneira direta que Ele é invisível (Cl 1.15; 1Tm
1.17). Assim, a espiritualidade que tem Deus como alvo é incompatível com as
imagens dos ídolos.
3.
Deus é imanente e transcendente. A
imanência é a forma de relacionamento de Deus com o mundo criado e
principalmente com os seres humanos e sua história. O Salmo 139 é um exemplo
clássico. A transcendência significa que Deus é um ser que não pertence à
criação, não faz parte dela, transcende a toda matéria e a tudo o que foi
criado (Jo 17.5,24; Cl 1.17; 1Tm 6.16). O exclusivismo da sua adoração é
natural porque Deus é incomparável; ninguém há como Ele no universo (Rm
11.33-36).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Deus
é Espírito e importa que o adoremos em espírito e em verdade.
IV.
AS IMAGENS E O CATOLICISMO ROMANO
1.
O que dizem os teólogos católicos romanos? A
edição brasileira do Catecismo da Igreja Católica, publicado em
1993, no período do pontificado do papa João Paulo II, afirma que o culto de
imagens não contradiz o mandamento que proíbe os ídolos. Os teólogos católicos
romanos ensinam que a confecção da arca da aliança com os querubins e a
serpente de metal no deserto (Êx 25.10-22; 1Rs 6.23-28; 7.23-26; Nm 21.8)
permitem o culto às imagens.
2.
Uma interpretação forçada. O argumento
da igreja católica é falacioso porque os antigos hebreus não cultuavam os
querubins nem a arca, menos ainda a serpente de metal. O povo não dirigia
orações a esses objetos. A arca e os querubins do propiciatório sequer eram
vistos pelo povo, pois ficavam no lugar santíssimo (Êx 26.33; Lv 16.2; Hb
9.3-5). Quando o povo começou a cultuar a serpente que foi construída no
deserto, o rei Ezequias mandou destruí-la (2Rs 18.4). As peças religiosas a que
os teólogos católicos romanos se referem serviam como figuras da redenção em
Cristo (Hb 9.5-9; Jo 3.14,15).
3.
O uso de figuras como símbolo de adoração. A
adoração ao Deus verdadeiro por meio de figura, símbolo ou imagem é idolatria.
Isso os israelitas fizeram no deserto (Êx 32.4-6). Mica e Jeroboão I, filho de
Nebate, procederam da mesma maneira (Jz 17.2-5; 18.31; 1Rs 12.28-33). Os ídolos
que a Bíblia condena não se restringem a animais, corpos celestes ou forças da
natureza, pois inclui também figuras humanas (Sl 115.4-8).
4.
Mariolatria. É o culto de Maria, mãe de
Jesus. Seus adeptos dirigem oração a ela, prostram-se diante de sua imagem e
acreditam que sua escultura é milagrosa. Isso é idolatria! Os devotos,
propagandeados pela mídia, atribuem a Maria uma posição que a Bíblia não lhe
confere. Nós reconhecemos o papel honroso da mãe de nosso Senhor Jesus Cristo,
mas ela mesma jamais aceitaria ser cultuada (Lc 1.46,47; 11.27, 28; 1Tm 2.5).
SÍNTESE
DO TÓPICO (IV)
Não
há base bíblica para praticar o que a teologia romana ensina à igreja.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, a
devoção às imagens e esculturas, no Brasil, é um fenômeno religioso poderoso.
Milhares de pessoas, ano a ano, pagam as suas promessas, subindo às mais altas
escadarias das catedrais para celebrar o santo. Mas é importante que
expliquemos aos alunos que, por trás da idolatria, há interesses econômicos
poderosos. O teólogo Lawrence Richards, comentando o capítulo 19 do livro de
Atos, explica com clareza a razão econômica da idolatria praticada em Éfeso:
“[...] Em Éfeso, Paulo arruina o negócio daqueles que fabricam e vendem imagens
da deusa Ártemis. Demétrio, presidente de um dos sindicatos locais, inicia uma
revolta entre os negociantes preocupados. ‘Precisamos parar este movimento’,
clama Demétrio, ‘ou todos ficaremos sem emprego’.
A preocupação
expressa pelas vítimas desse missionário cristão [ou seja, Paulo] é verdadeira.
Diariamente, os cidadãos americanos gastam mais de 80 milhões de dólares com o
ocultismo. Eles visitam cartomantes, com encantos e amuletos, contratam mágicos
para curar doenças ou amaldiçoar inimigos. Ora, toda indústria turística
americana está baseada nas pessoas visitando cidades como Éfeso, onde há
famosos templos e santuários.
Simplesmente
falando, o império não pode dar-se ao luxo de tolerar pessoas como Paulo, que
pregam contra a feitiçaria e a idolatria. Toda a nossa economia desmoronará se
estes fanáticos forem tolerados.
Alguns podem
argumentar que a mensagem de Paulo é verdadeira, e que o poder de seu ‘Espírito
Santo’ e de ‘Jesus’ é maior do que o poder dos espíritos dos quais eles
dependem. Isso pode ser verdade. Mas, definitivamente, não ousamos nos
converter, tornando-nos cristãos. Há muita gente que ganha a vida com o
ocultismo. É uma indústria que o império simplesmente precisa apoiar” (RICHARD.
Lawrence. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ:
CPAD, p.275).
CONCLUSÃO
Devemos ter
discernimento para distinguir ídolos de objetos meramente decorativos. Tudo
aquilo que a pessoa ama mais do que a Deus torna-se idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5).
A Bíblia não proíbe as artes, nem a escultura em si mesma e nem a pintura. Deus
mesmo inspirou artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35.30-35). O rei
Salomão mandou esculpir querubins na parede e touros e leões para decorar o
templo (1Rs 6.29; 7.29) e o palácio real (1Rs 10.19,20), mas nunca com objetivo
de que tais objetos fossem adorados.
VOCABULÁRIO
Imagética: Que revela imaginação. Ocultismo: Crença na
ação ou influência dos poderes sobrenaturais ou supranormais.
PARA REFLETIR
A respeito da Idolatria:
É correto afirmar que a idolatria se
caracteriza apenas por imagens de esculturas?
Não. A idolatria se caracteriza por tudo
aquilo que toma o lugar de Deus no coração da pessoa.
Com a máxima semítica “terceira e
quarta geração”, o autor bíblico quer se referir ao número exato de vezes que
Deus castigará a geração?
Não. O objetivo é contrastar o castigo
para “terceira e quarta geração” com o propósito de Deus de abençoar a milhares
de gerações.
Por que não podemos ter uma atitude de
adoração ou devoção a Maria?
Em primeiro lugar, Maria, apesar de ser
a mãe de Jesus, era uma mulher igual às outras, mas achada graciosa pelo
Senhor. E ela jamais aceitaria ser cultuada, pois a glória deve ser dada
somente a Deus.
Ter objetos decorativos em casa é
idolatria?
Não. Não há nada na Bíblia que condene
ter objetos decorativos em casa.
A Bíblia proíbe as artes?
Não. Temos de ter discernimento para não
proibirmos o que a Bíblia não proíbe. Temos de distinguir os ídolos dos objetos
meramente decorativos e das artes e esculturas artísticas. Deus mesmo inspirou
artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35.30-35).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Não
farás imagens de esculturas
Hoje, no Brasil,
talvez fosse preciso um novo “Lutero” denunciar as indulgências nos diversos
púlpitos. Ainda não chegaram a prometer a salvação, mas prometem “carro”,
“casa”, “emprego”, “saúde”, “dinheiro” e tantas outras falsas promessas em
troca de dinheiro. É como se Deus fosse um Papai Noel do século 21. Na ânsia de
“tomar posse da bênção”, as pessoas passam a cultuar uma série de objetos que
nada têm haver com o Evangelho. É o “galho de arruda”, o “sal grosso”, a “rosa
ungida”, as “sementes”, o “carnê”, enfim, a razão da fé deixa de ser Jesus para
ser as tais imagens.
Quando Deus mandou
a nação israelita não reproduzir nenhuma imagem de culto em escultura, o
Libertador de Israel não queria que o povo atribui-se às falsas divindades a
sua poderosa ação. Num mundo amplamente politeísta, inclinar-se de novo para
outra divindade era um risco, pois o Deus de Moisés não se apresentou ao
legislador através de uma imagem concreta.
O Deus de Israel
não se deixa reproduzir em meras elaborações humanas: “O Deus que fez o mundo e
tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos
por mãos de homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que
necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, a
respiração e todas as coisas” (At 17.24,25). Foi como Jesus respondeu para a
mulher samaritana quando da pergunta sobre a região geográfica de onde se devia
prestar culto a Deus: “Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos
porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai
procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.22-24).
O Evangelho abriu
as portas do Céu. Estas estavam fechadas por causa do pecado da humanidade e da
sua desobediência à vontade de Deus. Mas Este estava em Cristo, reconciliando o
mundo consigo mesmo. O Calvário aponta para o livre acesso a fim de chegarmos
ao Trono da Graça de Deus. Em Jesus não há crendice, mas presença real de Deus
que opera em nós através do Espírito Santo Criador. Portanto, somos convidados
a não reproduzirmos falsas imagens que ousam representar Deus. Não há mente
humana que possa reproduzi-lo. Que o nosso cuidado não seja apenas com os
ídolos de escultura, mas igualmente em relação aqueles vivos, que cantam,
pregam e formam público em nome de Deus. Vigiai!
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